terça-feira, 16 de março de 2010

Ciclo II - Modulo I - Farmacologia (Parte I)

PROCESSOS REPARADORES QUÍMICOS




INTRODUÇÃO


Definição: é a ciência que estuda a ação dos fármacos nos sistemas biológicos.

Phármakon (grego=droga, medicamento)

lógos (grego=estudo, tratado)




Histórico:

- Papirus de Ébers (egito, 1550 A.C.)
- Hipócrates (460-370 A.C)
- Pedanios Dioscórides (60 A.C.; De materia medica), médico dos exércitos de Nero.


Samuel Hahnemann (1755-1843): homeopatia

Grande avanço no final do século XIX e início do século XX:

- Antipiréticos - 1886 (acetanilida e fenacetina) --> antitérmico
- Anti-histamínicos - 1938 --> reações alérgicas
- Penicilina - 1940 --> antibacteriano (antibiótico)
- Ansiolíticos, hipnóticos (benzodiazepínicos) - 1950 --> ansiedade
- Antidepressivos - 1980 (fluocetina)--> depressão





Noções Básicas

- Droga

droog (holândes), seco, substância dessecada;
Toda substância simples ou composta capaz de produzir alterações de natureza fisiológicas e bioquímicas, benéficas ou maléficas.

Ex: a cocaína é um anestésico.




- Medicamento
qualquer substância química empregada num organismo vivo, visando-se obter efeitos benéficos. Todo medicamento é uma droga, porém nem toda droga é um medicamento.



- Remédio
Todo agente que cura. O medicamento é um remédio, mas banho de sol, massagens, dietas são remédios e não medicamentos.



- Farmacodinâmica
Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos (mecanismo de ação). É o que o fármaco (o medicamento) faz com o organismo. O medicamento atua durante o tempo que está sendo absorvido.



- Farmacocinética
Estudo dos fenômenos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. É o que o organismo faz com o fármaco.


Medicamento:

Administração
Absorção
Distribuição
Biotransformação: transformação química que ocorre no fígado
Excreção: o medicamento é excretado pela urina.



- Farmacognosia

É o estudo de matérias-primas naturais (animal, vegetal ou mineral), quanto obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos. As pesquisas são realizadas durante 15 anos?


- Farmacologia clínica
É o estudo da avaliação da segurança e eficácia dos fármacos nos animais.


- Farmacoterapêutica
Refere-se ao uso de medicamento para o tratamento e prevenção das enfermidades.
Terapêutica é a mais abrngente, envolvendo o uso de medicamentos e outros meios como cirurgias, radiações, dietas, exercícios e etc...



- Toxicologia
É a parte da famacologia que estuda os efeitos adversos dos fármacos.
Não apenas os agentes terapêuticos, mas também os agentes tóxicos (venenos, poluentes, pesticidas), ou seja substâncias que provocam efeitos nocivos ao organismo.
São os efeitos colaterais.
Todo medicamento provoca um dano.


- Placebo (questão de prova)
Formulação ou substância que não contém o princípio ativo.

Necessidade psicológica, efeito placebo.
Usado também em ensaios clínicos controlados para determinar a eficácia de novos medicamentos.
Placebo é o nome dado a qualquer medicamento administrado mais para agradar do que beneficiar o paciente. O placebo pode ser eficaz porque pode reduzir a ansiedade do paciente, revertendo assim uma série de respostas orgânicas que dificultam a cura espontânea.




II - Classificação dos Medicamentos

Quanto à finalidade:


- Curativos: tem como objetivo eliminar o agente causal da doença. Ex: antibióticos, antiparasitários.


- Profiláticos: previnem o aparecimento da doença. Ex: vacinas.

- Sintomáticos: combatem apenas os sintomas (virus) produzidos pela enfermidade. Ex:antitérmicos, analgésicos.


- Dietéticos: visam a correção de um problema nutricional como causa primária ou secundária da doença. Quando tem alguma deficiência.

- Diagnósticos: auxiliam a realização de um procedimento diagnóstico. Ex: contrastes radiológicos. Medicamento para dar contraste.



Quanto ao mecanismo de ação:
Como os medicamentos funcionam?

- Etiológicos: eliminam o agente etiológico. Ex: antiparasitários (prova).
Atua no agente.

- Fisiopatológicos: estimulam ações fisiológicas quando elas se mostram deficientes. Ex: diuréticos e cardiotônicos.
Problema fisiológico que é corrigido pelo medicamento.
ICC --> insuficiência cardíaca congestiva
Depressão

- De reposição: repõem determinadas perdas do organismo. Ex: solução fisiológica. Ex: desidratação --> água; Falta de cálcio --> mais cálcio.



Quanto ao tipo de preparação:

- Oficinais: são aquelas encontradas em uma farmacopéia; são formulações definidas, consagradas pelo uso, possuindo denominação fixa. Ex: tintura de iodo, elixir paregórico. Consagrado pelo uso.

- Magistrais (manipulado): medicamento onde o clínico elabora a fórmula e a prepara ou manda aviar numa farmácia de manipulação. A qualidade dos produtos é inferior. Pode ter erro humano para dosar os componentes dos medicamentos.

- Especialidade farmacêuticas ou de referência: produtos comerciais fornecidos pela indústria farmacêutica, cujas fórmulas são aprovadas e registradas em órgãos governamentais. Medicamento de referência. Da indústria farmacêutica. Laboratórios de referência. É como montar um carro. Cada empresa fornece uma parte do medicamento --> princípio ativo e etc...
Na especialidade farmacêutica tem os produtos de melhor qualidade. Tem controle de qualidade e é fiscalizado.

- Similares: o similar não tem a mesma qualidade. O que precisa para compor o medicamento também compra dos mais baratos. A diferença é a matéria prima que é utilizada que não é certificada.

- Genéricos: é a mesma coisa do de referência (especialidade farmacêutica). Tem controle de qualidade e tudo só que não tem marketing e nem nome comercial.

- Fisioterápicos: extraídos de plantas


Quanto a constituição:

- Simples: constituídos somente por princípio ativo mais veículo. Constituído por apenas 1 princípio ativo.

- Composto: além da base e do veículo, tem outros componentes, que pode ser:
1) intermediário: melhora a solubilidade da base no veículo. Ex: iodeto de potássio na tintura de iodo;
2) adjuvante: auxilia de alguma maneira o efeito terapêutico da base principal. Ex: DMSO;
3) corretivo: corrige o gosto ou odor desagradável;
4) excipiente: dá corpo à base, aumentado seu volume.



Quanto à natureza:

De acordo com a sua origem, os medicamentos pode ser animais, vegetais, minerais, sintéticos ou semi-sintéticos. Podem ainda ser classificados em alopáticos e homeopáticos.



III - APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS




LÍQUIDAS


É absorvida mais rapidamente

Soluções: mistura homogêneas do soluto (base) com o solvente (veículo)

Suspensões: misturas heterogêneas entre soluto e solvente, sendo que o primeiro se deposita no fundo da solução, necessitando homogeinização. Não se mistura. Tem que homogenizar antes, misturar, balançar.

Emulsões: substâncias oleosas dispersas em meio aquoso: idem suspensões.

Xaropes: soluções aquosas onde o açucar em altas concentrações é utilizado como corretivo.

Elixires: forma em que entra álcool com veículo, glicerina e xarope.

Loções: solução aquosa ou alcoólicas para uso tópico.


SÓLIDAS

Comprimidos: mistura do princípio ativo, aglutinante e excipiente prensados mecanicamente. Como os comprimidos são ácidos, eles são absorvidos em meio ácido - estômago. O uso constante pode levar a uma gastrite.

Drágeas: similares aos comprimidos, mas com revestimento gelatinoso que protege o princípio ativo do pH estomacal, odor ou sabor desagradável. Tem um revestimento para tirar o gosto desagradável. Se protege do pH do estômago chegando ao intestino.

Cápsulas: o medicamento, geralmente de forma sólida, é colocado dentro de um envoltório gelatinoso. Será absorvido pelo fígado.

Supositório: apresentação semi-sólidas para uso retal. É mais rápido porque não é absorvido pelo fígado e por isso não sofre alterações.

Óvulo: apresentação semi-sólida para uso ginecológico.



PASTOSAS

Pomada ou unguento: o princípio ativo é misturado com substâncias gordurosas (vaselina, lanolina) ou resinosas (unguento). Ex: hipoglós.

Creme: semelhante à pomada, porém é feita uma emulsão, na qual se substitui a substância gordurosa por óleo.

Sistemas de liberação lenta:
Anticoncepcional (adesivos)
Adesivo para tratamento contra o fumo
Tem os implantes também anticoncepcionais duração de 3 a 5 anos.



LIPOSSOMAS



Possui um tipo de estrutura que reconhece o local da lesão. É usado hoje para a leishmaniose.





FARMACOCINÉTICA

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO


Absorção:

Sair de onde foi administrado e alcançar a circulação sanguínea. É a passagem do fármaco do local em que foi administrado para a circulação sistêmica. Constitui-se do transporte da substância através das membranas biológicas. Tratando-se da via de administração intavenosa, não se deve considerar a absorção, uma vez que, neste caso, o fármaco é administrado diretamente na corrente sangüínea.

Alguns fatores influenciam a absorção, tais como: características físico-quimicas da droga, veículo utilizado na formulação, perfusão sangüínea no local de absorção, área de absorção à qual o fármaco é exposto, via de administração, forma farmacêutica, entre outros.

As principais vias de administração de fármacos são: via oral (a mais usada), via intravenosa, via intramuscular, via subcutânea, via retal. Cada uma dessas vias possui características próprias, que influenciam na absorção.

Após a absorção do fármaco, um fração deste geralmente se liga a proteínas plasmáticas (principalmente a albumina) ou proteínas de tecidos, formando um complexo reversível. A outra fração circula livremente pelo fluido biológico. É importante frisar que apenas a porção livre, dissolvida no plasma, é farmacologicamente ativa. O complexo proteína-fármaco atua como um reservatório do fármaco no sangue. Esta relação droga ligada/ droga livre é definida por um equilíbrio. A ligação protéica geralmente é inespecífica, variando de acordo com a afinidade do fármaco pela proteína. Desse fato é que se explica o deslocamento de um fármaco por outro de maior afinidade pela proteina.


Distribuição:
corrente sanguinea.

É a passagem que ocorre da corrente sanguínea para líquido intersticial e intracelular, essa passagem pode ser afetada por fatores fisiológicos e pelas propriedades físico-quimicas da substância, isso ocorre porque substâncias menos lipossolúveis têm mais dificuldade de atravessar as membranas biológicas, com isso acaba sofrendo restrições na distribuição. O contrário ocorre a substâncias muito lipossolúveis, que podem até acumular em tecidos adiposos o que prolonga a permanência do fármaco no organismo, além disso, a ligação com as proteínas pode alterar a distribuição do fármaco e limitar o acesso a locais de ação intracelular. Órgão com boa perfusão recebem a maior quantidade de fármaco.


Depois de absorvido pela corrente sangüínea, o medicamento circula rapidamente pelo corpo, porque o tempo de circulação do sangue é, em média, de 1 minuto. Mas a substância pode mover-se lentamente da corrente sangüínea até os tecidos do corpo.


Em geral, os medicamentos solúveis em gordura (lipossolúveis) atravessam as membranas celulares com mais rapidez que os medicamentos solúveis em água (hidrossolúveis).




Biotransformação: fígado.

Submete o fármaco a reações químicas, geralmente mediadas por enzimas, que o convertem em um composto diferente do originalmente administrado. Os fármacos mais lipossoluveis necessitam ser transformados antes da excreção. A biotransformação se processa principalmente no fígado e consiste em carregar eletricamente o fármaco para que, ao passar pelos túbulos renais, não seja reabsorvido.



Esse processo geralmente inativa o fármaco, pois, além de modificar pontos fundamentais de sua estrutura, diminui a possibilidade de que chege aos tecidos suscetíveis. A biotransformação é, para esses fármacos, sinômimo de eliminação. Algumas vezes, entretanto, originam-se metabólitos ativos ou até mais ativos que o fármaco administrado, então denominado pró-fármaco.



Alguns fármacos podem influenciar a biotransformação (propria e de outros fármacos lipossulúveis), diminuindo-a (inibidores metabólicos) ou aumentando-a (estimuladores metabólicos). No primeiro caso haverá maior permanência do fármaco ativo, com eventual aumento de toxidade, principalmente durante administração crônica.



Com a indução enzimática, acelera-se a biotransformação, acarretando redução em intensidade e duração da resposta farmacológica.



A duração do efeito terapéutico pode exceder a meia-vida de fármacos que gera metabólitos ativos. No caso de pró-fármacos, precursores sem atividade farmacológica ou que atingem o plasma em quantidades muitos pequenas, os metabólitos ativos são os responsáveis pela atividade farmacológica.



O fígado ainda é capaz de excretar ativamente fármacos por meio da bile para o lúmen intestinal, onde podem ser reabsorvidos pelo circuito êntero-hepático ou excretados pelas fezes. A reintrodução de composto ativo na circulação sistêmica pode prolongar os efeitos farmacológicos. Por essa via se excretam fármacos de alto peso molecular, os muito polares e aqueles que são ativamente englobados em micelas se de sais biliares, colesterol e fosfolipídios.


Eliminação: rins.

Os fármacos são reconhecidos como substâncias estranhas ao organismo, devendo ser eliminados após exercer sues seus efeitos terapêuticos. Os principais processos que determinam o fim de efeito dos fármacos são biotransformação hepática e excreção renal.



Excluindo-se o pulmão os órgãos excretores eliminam os compostos polarizados mais eficientemente que as substâncias com alta lipossolubilidade, assim os fármacos lipossolúveis não são prontamente eliminados até serem biotransformados em compostos mais polarizados.



A biotransformação contribui muito para eliminação final de fármacos do organismo. Poucas substâncias ativas são eliminadas quase totalmente inalteradas pelos rins. Alguns fármacos são excretados via bile; outros, particularmente substâncias voláteis, são excretados com a expiração. Contudo, para maioria dos fármacos a excreção é feita via renal.





Ideal: diretamente no local de ação
Administração à distância: absorção e distribuição. Tem que ser suficiente para ser administrado, absorvido, passar pela corrente sanguinea, para então chegar no loca. Se vai ser oral ou injetável, depende do caso.

Dose adequada: quantidade suficiente para atingir o sítio de ação. A concentração do fármaco: fluxo sanguineo, capacidade de difusão, ligação à proteínas plasmáticas.
O tratamento por medicamentos implica a introdução de uma substância no corpo (administração), para que chegue até a corrente sanguínea (absorção) e seja transportada até onde é necessária (distribuição). A substância deixa o corpo (eliminação) pela urina ou pela conversão em outra substância.




ADMINISTRAÇÃO

Os medicamentos podem ser administrados por diversas vias: pela boca (oral); por injeção em uma veia (intravenosa) ou em um músculo (intramuscular) ou sob a pele (subcutânea); inseridos no reto (retal); instilados no olho (ocular); borrifados dentro do nariz (nasal) ou dentro da boca (inalação); aplicados à pele para efeito local (tópica) ou sistêmico (transdérmica). Cada via tem finalidades, vantagens e desvantagens específicas.



CLASSIFICAÇÃO

Categorias
- Enteral: oral e retal - TGI (Trato Gastro Intestinal)
- Parenteral: fora do TGI (injeção nos músculos, na veia e subcutâneas)

- Percutânea: através da pele, olhos e nariz




TGI - TRATO GASTRO INTESTINAL

1 - Via oral Não ocorre 100% da absorção Horas para o pico máximo Absorção

Os medicamentos administrados por via oral são absorvidos pelo trato gastrointestinal. A absorção começa na boca e no estômago, mas ocorre principalmente no intestino delgado. Para chegar à circulação geral, o medicamento precisa primeiramente atravessar a parede intestinal e, em seguida, o fígado. A parede intestinal e o fígado alteram quimicamente (metabolizam) muitos medicamentos, diminuindo a quantidade absorvida. Em contraposição, os medicamentos injetados por via intravenosa chegam à circulação geral sem atravessar a parede intestinal e o fígado, e assim oferecem uma resposta mais rápida e consistente.

As outras vias geralmente são reservadas para situações em que o paciente não pode ingerir nada pela boca, em que o medicamento deve ser administrado rapidamente ou em dose muito precisa ou quando a droga é absorvida de forma deficiente e errática.

Intestino: 1/3 inicial no intestino delgado porque ele é ricamente irrigado e com vilosidades e é mais extenso o que o estômago. As vilosidades e microvilosidades aumentam a absorção do intestino e então absorve o medicamento. Precisa de algumas horas. Se for muscular é mais rápido.

Estômago: absorção pp de medicamento de natureza ácida (ex: penicilina)
Tempo de latência: vazio, cheio, água, carboidratos e outros. Se estiver com o estômago vazio a absorção será mais rápida do que com o estômago cheio. Porque senão o medicamento compete com o alimento para chegar nas microvilosidades. Maior absorção se o estômago estiver vazio.

Biodisponibilidade: as soluções são mais rápidas do que a suspensão, a suspensão mais rápida do que as cápsulas, as cápsulas mais rápidas do que os comprimidos e os comprimidos mais rápidos do que as drágeas.

Sonda nasogástrica:
é um tubo de cloreto de polivinila (PVC) que, quando prescrito pelo médico para drenagem ou alimentação por sonda, deve ser tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago.

Vantagens:
- facilidade
- Não é necessário assepsia (higiene para injetar o medicamento)

Desvantagens: - possibilidade de irritação --> vômitos e diarréias - destruição de medicamentos pelos sulcos digestivos ou biotransformação no fígado --> natureza protéica - impossibilidade de aplicação em pacientes com vômitos e diarréias.
Medicamentos protéicos (insulina, hormônios de crescimento) que são proteínas vai ser desnaturada no estômago e então não terá efeito.



2 - Via Retal

Vantagens: - uso em pacientes com vômitos - menor destruição pelo fígado
Usa-se em pacientes em coma e em recém nascidos.

Desvantagens: - uso esporádico - absorção rápida (vasta irrigação) - formas farmacêuticas especiais (enemas, supositórios)




VIAS PARENTERAIS

A administração por injeção (administração parenteral) compreende as vias subcutânea, intramuscular e intravenosa. No caso da via subcutânea, a agulha é inserida por baixo da pele. Depois de injetada, a droga chega aos pequenos vasos e é transportada pela corrente sangüínea. A via subcutânea é utilizada para muitos medicamentos protéicos, como a insulina, que poderiam ser digeridos no trato gastrointestinal se fossem tomados pela boca.


Vantagens:
- absorção mais rápida do que a via oral - organismo absorve praticamente 100% - poucos minutos para o pico máximo - maior correlação entre dose administrada e absorvida - boa via para pacientes com vômitos e diarréias

Desvantagens: - necessidade de assepsia (limpeza alcool 70%)



3 - Via Intramuscular (IM)

Vantagens: - ampla superfície de absorção e irrigação - poucas fibras sensitivas - absorção relativamente rápida: pico em torno de 30 min

Desvantagens: - possibilidade de lesar nervos - possibilidade de atingir vasos -> se puxar e vir sangue é vaso - necessidade de evitar soluções anisotônicas e irritantes, que podem provocar dor e edemas.

Nesse caso a agulha passa o epiderme, derme, tecido conjuntivo, músculo.



4 - Via sub-cutânea (SC)
- hipodérmica - agulha comprimento pequeno - evitar soluções anisotônicas (soluto diferente do sangue?) - absorção mais lenta do que a intramuscular - maior absorção: calor, massagem, vasodilatadores - menor absorção: vasoconstritores, formas especiais, soluções oleosas (menor miscivilidade)


Nesse caso a agulha passa o epiderme, derme e tecido celular subcutâneo.






5 - Intradêrmica



- usa-se processo de injeção ou escarificação



- volumes pequenos



- usos limitados: testes alérgicos e vacinações



Nesse caso, aplica na dermi.





6 - Intravenosa (IV)



Vantagens:



- efeito rápido e potente, sem necessidade de absorção porque já é colocado no sangue



- pode-se usar grandes volumes



- pode-se usar substâncias irritantes ou anisotônicas (gluconato de cálcio em tetania ou eclâmpsia). Porque não entra no tecido vai se misturar com o plasma



- usado em emergências (choque, toxemias, hemorragias)



- quando se deseja manter nível plasmático do fármaco (indução do parto com oxitocina)



Ex: anestesia geral e para retirar o sangue.



Desvantagens:



- superdosagem de difícil controle



- possibilidade de embolias (bolhas de ar, corpos estranhos, gotículas de óleo)



- possibilidade de ocorrer sobrecargas circulatórias.



- necessidade de forma farmacêutica apropriadas, que se misture com o sangue facilmente.



O óleo não se mistura com o sangue facilmente.



Esse caso, é injetado na veia.





Entravenosa (EV) - também é na veia.







VIA PERCUTÂNEA




Aplicação do medicamento na pele ou nas membranas mucosas




Os métodos incluem:


- unguentos, cremes, pós ou loções na pele


- instilação de soluções nas membranas mucosas da boca, olho, orelha, nariz e vagina.


- inalação de líquidos em aerosol ou gases (pulmão)


Exemplos: pomadas, bombinhas, colírios.




As preparações tópicas podem ser usada para:


- limpar e desbridar um ferimento


- reidratar a pele


- reduzir a inflamação


- aliviar sinais e sintomas locais (prurido e erupção)


- formar uma barreira protetora (hipoglós, pasta d´água)


- reduzir espessamento de pele (calo)









ABSORÇÃO




É a passagem da droga do seu local de administração até os líquidos de distribuição do organismo (plasma). Determina o tempo que levará para ser administrado e absorvido.




Prático:


- determinação do período entre o aparecimento do efeito farmacológico e a administração.


- determinação das doses dos medicamentos.






Mecanismos de Transporte de Fármacos:




Transporte através da membrana --> tem que atravessar a MP das células. Lembrar da parte de fisiologia (LIC, LEC, Difusão Passiva).






Transporte especializado:



  • (saturação, especialidade, gasto energético);


  • difusão facilitada


  • transporte ativo


  • difusão por poros


  • endocitose e exocitose




Difusão Passiva




- os medicamentos podem ser hidrossolúveis e lipossolúveis


- tamanho molecular: os medicamentos tem tamanhos diferentes. Quanto menor o medicamento, mais rápido a absorção


- viscosidade do fármaco em solução: quanto mais viscoso, mais lento


- magnitude do gradiente (concentração): se tiver mais concentrado, será absorvido mais rápido


- membrana (área e superfície): quanto maior a superfície, maior a absorção. Ex: pulmão.




INDICE TERAPÊUTICO:
- número que indica a margem de segurança do medicamento; quanto maior o número terapêutico, maior a margem de segurança. IDEAL >= 4
É uma comparação entre a quantidade de um agente terapêutico necessária para causar um efeito terapêutico e a quantidade que causa efeitos tóxico.

DE50 = dose efetiva 50%
A dose efetiva trata-se da quantidade de substância (em mg, g ou mL por Kg de peso corporal) que, em condições bem determinadas, produz um determinado efeito na metade de um grupo de animais de certa espécie. É a quantidade de medicação que produz resposta terapêutica em 50% das pessoas que a utilizam.

DE50 = DL50 = dose letal 50%
A dose letal é a dose calculada estatisticamente, em mg/Kg, de um determinado agente químico ou físico, necessária para matar 50% dos organismos vivos de uma população de animais, sob um conjunto de condições definidas. Os agentes químicos podem ser classificados, segundo cinco classes de toxicidade, de acordo com os valores de DL50.

IT = DL50 / DE50


Ex: tiopental --> anestesia geral. Se dosagem grande comprime o bulbo e a pessoa morre de parada respiratória.

Quanto maior for a distância da dose efetiva da dose letal mais seguro é o medicamento.







LIPOSSOLUBILIDADE

Em geral, os medicamentos solúveis

Atravessa a MP




- Coeficiente de partição (óleo / H2O)


Concentração maior de óleo e menor de água = lipossolúvel


Concentração menor de óleo e maior de água = hidrossolúvel




Vantagens e desvantagens: no paciente obeso, o medicamento (anestésico) lipossolúvel encontra muita gordura durante o caminho e acaba ficando retido nessa gordura. Sua ação é menor.




- Polaridade


H2O -> polar (quanto mais polar mais hidrossolúvel)


O2 --> apolar (quanto mais apolar o medicamento menos hidrossolúvel)




- Ionização (pH e pKa)


pH concentração de íons e hidrogêneo


pH do estômago = 1,5


pH neutro = 7,4


pH = quantidade de hidrogênio.




Equação Henderson-Hasselback


pKa: é o pH no qual 50% da substância está ionizada e 50% está na forma não-dissociada (molecular).


Quanto mais uma substância ácida for para um meio básico, mais ionizado ela vai ficar e consequentemente, quanto mais ácido for o meio, menos ionizado ela fica. A recíproca é verdadeira, se uma substância básica for colocada em um meio ácido, mais ionizado ela fica, e quanto mais básico for o meio, menos ionizado ela fica.



Equação Henerson-Hasselback




Medicamentos de natureza ácida:


- pH>pK: predomínio formas ionizadas


- pH



Medicamento forma básica:


- pH>pK: predomínio de forma não-ionizada


- pH


É a velocidade de absorção do fármaco a partir da forma farmacêutica de apresentação


Medicamento ácido é absorvido em meio ácido
Medicamento básico é absorvido em meio básico




Fatores que influenciam na absorção de fármacos:


- solubilidade


- área de superfície de absorção


- circulação local


- concentração do fármaco


- interação com alimentos


- dissolução





BIODISPONIBILIDADE



O conceito de biodisponibilidade refere-se à velocidade e ao grau de absorção de determinado medicamento pela corrente sangüínea. A biodisponibilidade depende de diversos fatores, como o modo com que foi concebido e manufaturado o produto farmacológico, as propriedades físicas e químicas do medicamento e a fisiologia da pessoa tratada.




É usado para determinar:


- quantidade absorvida


- velocidade de absorção





A biodisponibilidade é um termo que descreve a velocidade e o grau com que uma substância ativa ou a sua forma molecular terapeuticamente ativa é absorvida a partir de um medicamento e se torna disponível no local de ação. A avaliação da biodisponibilidade é realizada com base em parâmetros farmacocinéticos calculados a partir dos perfis de concentração plasmática do fármaco ao longo do tempo.



A biodisponibilidade é uma das ferramentas essenciais da famarcocinética, já que seu valor deve ser considerado quando se calcula as doses para administração de drogas por vias não-intravenosas.


Concentração Plasmática Máxima

Este parâmetro representa a maior concentração sanguinea alcançada pelo fármaco após administração oral, sendo, por isso, diretamente proporcional à absorção. Desta forma, depende diretamente da extensão e velocidade de absorção, porém, também da velocidade de eliminação, uma vez que esta inicia-se assim que o fármaco é introduzido no organismo.

Para efeito terapêutico ótimo e seguro, este parâmetro deve estar posicionado, na curva de concentração sanguínea X tempo, entre a concentração mínima efetiva (CME) e a concentração máxima tolerada (CMT).


NPE --> nível plasmático efetivo (dosagem mínima): é a quantidade mínima de droga capaz de provocar resposta farmacológica.

CMT --> concentração máxima tolerável (acima dele é tóxica): é a quantidade máxima de droga tolerada pelo organismo. Se essa concentração for ultrapassada, provoca efeito tóxico.




BIOEQUIVALÊNCIA

Dizemos que os produtos farmacológicos são bioequivalentes quando não apenas contêm o mesmo ingrediente ativo, mas também produzem virtualmente os mesmos níveis sangüíneos com o passar do tempo. Portanto, a bioequivalência garante a equivalência terapêutica, e produtos bioequivalentes são intercambiáveis. Alguns produtos são especialmente formulados para liberar o ingrediente ativo com lentidão, em geral durante doze horas ou mais.



É a aplicação dos conhecimentos de biodisponibilidade em estudos comparativos de duas ou mais formulações diferentes, contendo o mesmo princípio ativo, administrado na mesma dose.


Tem como objetivo comparar as biodisponibilidades de dois medicamentos considerados equivalentes farmacêuticos ou alternativas farmacêuticas e que tenham sido administrados na mesma dose molar. Entende-se por equivalentes farmacêuticos os medicamentos que contêm a mesma substância ativa, na mesma dose e na mesma forma farmacêutica.



Os medicamentos deveriam ter a mesma ação (bioequivalência).






BIOTRANSFORMAÇÃO


INTRODUÇÃO

É toda alteração química que os fármacos sofrem no organismo, geralmente por processos enzimáticos, visando favorecer sua eliminação.

A biotransformação é um mecanismo de defesa do organismo que acelera a eliminação de substâncias estranhas.

O principal local é o fígado, podendo ocorrer em outros tecidos, como:
- intestinos
- rins
- pulmões
- sangue

O fígado torna o medicamento mais hidrossolúvel e por isso ele será excretado porque tem mais dificuldade em atravessar a membrana (polar). Se tem problema no fígado ele pode não ativar algum medicamento e também não deixar o medicamento hidrossolúvel. Dessa forma, ele não será excretado e será reabsorvido. Quanto mais hidrossolúvel, nao será reabsorvido

O tylenol (paracetamol) é muito tóxico. Não pode tomar com intervalos menores do que 4 horas e nem em grandes quantidades.

Pró medicamentos:
Inativo -> torna-se ativo no fígado. Ex: losartana

Consequências:
- Término da ação do fármaco
- Formação de metabólico tóxico
- Modificação da ação
- Formação de pró-medicamentos
- Alteração do perfil farmacocinético

A presença de forma ativa do fármaco é essencial para se verificar o efeito terapêutico:
- a rápida metabolização acarreta redução de intensidade e duração;
- o retardamento demasiado pode ocasionar efeitos tóxicos ou colaterais.


Mecanismo:
- Durante a biotransformação aparecem metabólicos mais polares e mais hidrossolúveis, os quais são facilmente excretados pelos rins.


Fisiologicamente:
O metabolismo dos fármacos é geralmente dividido em dois tipos de reações, conhecidas como reações de Fase I e Fase II.

- O principal local é o fígado (pp pelo sistema citocromo P-450)
- Enzimas citocromo P450 proteínas do heme
- Propriedades redox (redução e oxidação) fundamentais para a sua ação
- 74 famílias genes 74 CYP


Exemplo:

Fígado -----> Citocromo P450 ------> enzimas (+ ou - 70 enzimas)

O P450 é o local com um número grande de enzimas que metabolizam o medicamento.
Algumas enzimas fazem a metabolização de + de um tipo de medicamento.



FASE I

- Reações de oxidação, redução ou hidrólise (quebra o medicamento com H2O.
- Os produtos são, geralmente, mais reativos quimicamente
Princípio do processo que é mais reativo para permitir a Fase II.

1) Introduzem grupos polares (OH, SH, COOH, NH2)

2) Permitem ao composto sofrer conjugação com substâncias endógenas:
- ac. glicurônico, acetato, sulfato, aminoácidos.

== hidrossolúveis (inativos)




FASE II

- Reação de conjugação
- Resulta em compostos inativos
Uni alguma coisa do organismo com o medicamento tornando-o polar, hidrossolúvel.
Ex: aspirina

1) Reações sintéticas (conjugação)

2) Podem ocorrer quando uma droga ou metabólico da fase I contenha um grupamento químico (OH, SH, COOH, NH2) e ficam disponíveis para combinar-se com um composto endógeno.

== metabólicos polares hidrossolúveis

A fase I e II no fígado.




INTEFERENCIA DE FÁRMACOS NAS ATIVIDADES ENZIMÁTICAS

Fármacos podem alterar as atividades enzimáticas (induzindo ou inibindo) podendo afetar a duração de ação de medicamentos. Existem dois meios:

Podem ocorrer dois processos relacionados à essa fase:
Alguns medicamentos podem aumentar ou diminuir o número de enzima que metabolizam eles.


1 - INDUÇÃO ENZIMÁTICA

Ocorre quando pacientes são previamente tratados com fármacos lipossolúveis que aceleram a biotransformação de outros fármacos lipossolúveis e a deles próprios, estimulando a síntese de enzimas microssômicas.
Ex: griseofulvina e varfarina

Entre estas drogas dotadas de propriedade indutora, podem-se citar:

Ex: epilepsia
Fenobarbitae ----> CYP3A (enzima). Aumentam muitas. Se tomar outro medicamento que precisa ser metabolizado pela CYP3A não fará efeito porque teve interação desses medicamentos (interfere a ação do outro).

Tanto para aumentar como diminuir pode ser pelo uso ou tipo de medicamento. Como consequência não haverá efeito do medicamento dois.



2 - INDUTORES E INIBIDORES SELETIVOS

INDUTORES
CYP3A: barbitúricos, rifampicina, glicocoticóides
CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19: rifampicina e carbamazepina (antiepiléptico)

INIBIDORES
CYP3A: cetoconazol, itraconazol, verapamil (antidisrítmico)
CYP2D6: quinidina (antidisrítmico)



FATORES QUE INFLUENCIAM NA BIOTRANSFORMAÇÃO DOS FÁRMACOS

Fatores internos constitucionais:
- Idade: recém-nascidos (o fígado não funciona corretamente) e em idosos ocorre diminuição da atividade metabolizadora. Neste caso as doses tem que ser dosadas.
- Peso: fármacos lipossolúveis: menor efeito em obesos do que em magros e fármacos hidrossolúveis: menor efeito em magros do que em obesos. No obeso o efeito é menor porque quando o medicamento é lipossolúvel se acumula no tecido adiposo.
- Sexo: relacionado a ação anabólica dos hormônios sexuais masculinos.

Fatores internos condicionais:
- Diminuição da atividade dos sistemas enzimáticos em pacientes desnutridos: glicose --> glicogênio --> tecido adiposo --> músculo (degrada proteínas = enzimas). Enzimas do fígado degradadas e por isso o fígado não fara a biotransformação normalmente.
- Temperatura corporal: maior temperatura = maior biotransformação
- Estado patológico: diversas condições patológicas alteram a biotransformação (hepatite, cirrose, outras). É necessário ajuste na pasologia para evitar efeitos tóxicos.



ELIMINAÇÃO PRÉ-SISTÊMICA (EPS)

EPS é um processo que consiste na captação e metabolização de um fármaco por um ou mais órgãos, antes de sua entrada na circulação geral.

O medicamento via oral vai direto para o fígado e por isso ocorre uma eliminação pré-sistêmica do medicamento por ser biotransformado antes do medicamento alcançar a corrente sanguínea.


Importância

O medicamento que é ativo no fígado, é melhor ser oral porque se for intravenosa vai demorar muito para fazer ação (dará uma volta até chegar no fígado).

Bile --> sai pelas fezes

Tem medicamentos que não sofrem transformações (Fase I e Fase II).

EPS envolve o fígado e se ele apresenta distúrbios --> diminui doses para prevenção de efeitos tóxicos.

EPS no fígado (ac. Acetilsalicílico), intestino (metildigoxina) ou ambos (isoproterenol):
- efeito menor por via oral do que intravenosa
- quando metabólico do fármaco é o princípio ativo, a administração oral pode ser mais eficaz ou mais tóxica do que intravenosa.


EPS HEPÁTICA
- localização estratégica, grande porte, fluxo sanguineo intenso e arquitetura ímpar.

EPS PULMONAR
- possui larga área de superfície. Fármacos administrados por via oral, intravenosa ou inalatória passam inicialmente pelos pulmões antes de atingir a circulação arterial.



EXCREÇÃO DE FÁRMACOS

- A maior parte das drogas são eliminadas por uma combinação de processos de biotransformação e de excreção.

- Esta pode ocorrer tanto na forma original do fármaco como na forma de seus metabólicos.

- A via renal é a mais importante, sendo que alguns fármacos são eliminados pela bile.

- As outras vias de eliminação são: glândulas salivares, sudoríparas, mamárias, pulmões.


Excreção renal

- Principal via de medicamentos altamente ionizados e com pouca lipossolubilidade

- Existem 3 processos básicos:
filtração glomerular
secreção
reabsorção tubulares ativas

- Clearence (depuração): Limpagem do organismo.
Volume de plasma que é completamente depurados pelos rins por unidade de tempo (mL/min). Ex: inulina.

- Insuficiência renal:
acúmulo de fármacos e outras substâncias que dependem dos rins para sua excreção.


Meia-vida (t1/2)



Tempo que o medicamento leva para reduzir a sua concentração à metade da concentração anterior. Ex do gráfico: de 1 em 1 hora é o tempo que levou para reduzir a concentração à metade da concentração anterior.






Referências Bibliográficas:




Aulas apresentadas pelo professor IVAN CARLOS DOS SANTOS, na turma de nutrição (manhã) 3 período da UNA em 2010.









Ciclo II - Modulo I - Fisiologia (Parte II)

INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO



Ver: http://carolvillefort.blogspot.com/2007/04/tipos-de-neurnios.html

Mais de 100 bilhões de neurônios (células nervosas), estão intregrados no tecido estrutural e funcional que é o encéfalo.

O neurônio é a unidade básica do sistema nervoso e destina-se a:
- reagir aos estímulos;
- transmitir a excitação resultante com rapidez para outras partes da célula e para outros neurônios, células musculares e glandulares.

Os neurônios formam a estrutura e as funções do sistema nervoso.

Funções: capta os estímulos, reage e transmite esses estímulos influenciando e modificando as funções das células.





Dentro de um nervo tem vários axônios: pode ter axonio sensorial entrando no SNC e axonio motor saindo do SNC.



Classificação Funcional dos Neurônios:


- Sensorial ou Aferente: transmitem as informações captadas por receptores internos ou externos para o SNC. Captam os estímulos do corpo todo e transmitem para o SNC.
É pseudounipolar porque uma das extremidades ficam na pele e a outra extremidade no SNC. O corpo celular fica ou no SNC ou em um gânglio.


- Interneurônio ou Associativo: conecta outros neurônios dentro do SNC. É multipolar.

- Motora ou eferente: conduz as respostas do SNC para os órgãos efetores (músculos e glândulas).


É sempre multipolar porque o corpo celular fica no SNC e o axônio vai para o órgão. Sai do SNC e vai para a direção dos órgãos (músculos ou motores glândulas).

Ou seja, o neuronio motor traz do sistema nervoso central as ordens aos músculos ou glandulas para serem executadas.

O neuronio todo está localizado dentro do SNC. O neuronio sensorial e motor tem o corpo celular pequeno e o axônio grande.

Resumo:
O sensorial chega no sistema nervoso. Transmite os estímulos que foram percebidos na pele em direção ao SNC (medula ou encéfalo). Toda vez que recebe um estímulo do pescoço para baixo, o estímulo entra no SNC através da medula espinhal. Toda vez que recebe na cabeça ele entra pelo encéfalo. Quando o neurônio sensorial chega na medula espinhal ele faz uma sinapse com o neurônio motor ou aferente que irá responder o estímulo. Ex: a mão queima (sensorial) o nervo sensorial vai na medula espinhal faz a sinapse com o motor e então o neuronio motor vai na mão e faz com que ela saia do fogo.



Classificação morfológica dos neurônios:

Multipolar
Neurônio multipolar são os neurônios que apresentam mais de dois dendritos. A grande maioria dos neurônios é desse tipo.
Ou seja, o neuronio de associação presente na medula espinhal e encéfalo, faz a conexão entre 0 neuronio sensorial e o motor.

Pseudo multipolar
O neuronio pseudounipolar são os neurônios que apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo a periferia e outro para o sistema nervoso central. São encontrados nos gânglios espinhais.



Ou seja, o neurônio sensorial capta informações dos órgãos sensoriais para o SNC.



Existem dois tipos de células no Sistema nervoso:
1) Neurônios
2) Neuroglia (glia): são do SN mas não são excitáveis. Ou seja, não transmitem estímulos. Tem outras funções que dependem das células.

* Astrócito: é uma célula grande e tem uma região que se chama pé do astrócito que ficam grudados nos vasos sanguíneos. Funções:
- nutrição do sistema nervoso
- formam uma estrutura que se chama barreira hemato encéfalo
- essa barreira protege o SN porque não permite a entrada de substâncias impróprias do sangue entrarem no encéfalo


* Oligodendrócito: produz bainha de mielina nos neurônios do SNC (sistema nervoso central)

* Células de Schwamn: produz bainha de mielina nos neurônios do SNP (sistema nervoso periférico)

As células da glia que produzem a bainha dos axônios que estão dentro do SNC (interneuronios) são as oligadendrócitos. Já as que produzem no SNP são as células de Schwanm.


Mielinização


Bainha de mielina: revestimento de várias camadas de lípides e proteínas que envolvem os axônios da maioria dos neurônios, produzida por células da glia (oligadendrócitos)

A bainha de mielina aumenta a velocidade de condução do impulso

Os espaços dos axônios que não tem bainha chama-se de Modos de Ranvier

Um nervo possui vários axônios e cada axônio tem bainha de mielina.

Neuronio amielínico = sem bainha de mielina

Neuronio mielínico = com bainha

A bainha de mielina funciona como uma fita isolante. Os canais de sódio e potássio ficam nos nodos.

A bainha funciona como isolante elétrico fazendo com que os canais de íons se localizam apenas nos nodos de Ranvier (onde não tem bainha).

A bainha é importante por causa da velocidade da transmissão dos instintos.

Na mielina acontece uma transmissão saltatória, despolariza apenas onde não tem bainha fazendo com que a transmissão seja mais rápida já que a bainha isola o restante dos íons.


ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO



1 - Sistema Nervoso Central: comanda as funções dos órgãos - músculos (esquelético, cardíaco e liso), glândulas.

Encéfalo e Medula Espinhal

Encéfalo:
cérebro, diencéfalo, tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo), cerebelo.

O cérebro é responsável pelas atividades mais complexas e a medula espinhal por atividades mais simples.


Diferença entre medula espinhal e medula óssea:

- Medula significa alguma coisa que está dentro.

- Medula óssea é como um tecido, composto por células. Possui o osso esponjoso que é como um tecido, composto por células. O osso esponjoso se encontra nas epífises dos ossos longos e também nos ossos achatados.



2 - Sistema Nervoso Periférico: o SNP liga o SNC aos órgãos. São todas as partes que estão fora do SNC. Faz a conexão entre o SNC e os orgãos.

O SNP são todas as estruturas do SN que não está nem no encéfalo e nem na medula espinhal. O SNP faz a conexão entre os sistemas e órgãos efetores. Conecta a pele, os órgãos efetores (músculos e glândulas) ao SNC.

Orgãos efetores = musculos, glandulas e pele.

Nervos cranianos, nervos espinhais, gânglios, receptores sensoriais.




1 - SISTEMA NERVOSO CENTRAL


Recebe estímulos, analisa e integra esses estímulos, desencadeia respostas adequadas que serão realizadas pelos órgãos efetores.

Os estímulos são captados pelos receptores sensoriais, os neurônios sensoriais transmitem esses estímulos e são encaminhados pelos neurônios motor.


Medula Espinhal


Localizada no interior do canal vertebral. Tem uma forma cilíndrica achatada.

Vértebras:
- Cervicais: são 7 --> de C1 a C7
- Torácicas: são 12 --> de T1 a T12
- Lombares: são 5 --> de L1 a L5
- Sacro: são 5
- Cóccix: 1

A medula termina no nível da lombar (segunda vértebra)



Anatomia Interna

  • Quase cilíndrica, achatada antero-posterior. Se estende do bulbo até a 2 ª vértebra lombar no adulto
  • Intumescência cervical: espessamento a nível da 4 ª vértebra cervical até a 1 ª vertebra toracica, dá origem aos nervos espinhais aferentes e eferentes que inervam os membros superiores

  • Intumescência lombar: espessamento a nível da 9-12 ª vertebras toracicas, dá origem aos nervos espinhais aferentes e eferentes que inervam os membros inferiores

  • Cone medular: afilamento da medula, abaixo da intumescência lombar. Do cone medular existe o filamento terminal, extensão da pia mater que ancora a medula ao cóccix. Ligamentos denteados são espessamentos da pia mater que também protegem a medula de deslocamentos

  • Cauda equina: são raízes dos nervos espinhais que se angulam do nível em que emergem da medula até o forame intervertebral por onde saem

  • Fissura mediana anterior e sulco mediano posterior dividem a medula em metades direita e esquerda na face ventral e dorsal, respectivamente
  • Canal central da medula se estende por toda a medula, se comunicando com o 4º ventrículo, contem o LCR
  • A substância branca é constituída basicamente de feixes de neurônios mielínicos

  • A substância cinzenta consiste de corpos celulares de neurônios, tem forma de borboleta. É dividida em cornos: corno anterior ou ventral, contém corpos celulares de neurônios motores; corno dorsal ou posterior contém corpos celulares de neurônios sensoriais.

  • Feixes de axônios se estendem por longas distâncias ascendentes ou descendentes através da medula. Esses feixes formam tratos de substancia branca que propagam impulsos nervosos. Os nomes dos tratos se relacionam ao local onde começa e onde termina a transmissão do impulso (ex. trato espino-talâmico conduz impulsos sensoriais da medula em direção ao tálamo, trato córtico-espinhal transmite impulsos motores do córtex cerebral para a medula).

  • Os neurônios sensoriais mantém o Sistema nervoso informado sobre as alterações nos ambientes externo e interno. Eles transmitem as informações, os estímulos em direção ao SNC. Respostas a essas alterações são produzidas por sistemas motores, que permitem a reação física à alteração. Conforme a informação vai sendo transmitida pelos neurônios sensoriais, ela é integrada por interneurônios, em várias regiões do SNC, promovendo respostas motoras (contração de músculos ou secreção de glândulas), que são transmitidas pelos neurônios motores, produzidas em vários níveis.


Resumindo:

Substância branca (concentração dos axônios dos neurônios)
Substância cinzenta (concentração dos corpos dos neurônios)
Fissura mediana anterior (fica na frente)
Corno dorsal: região da medula por onde entram os neurônios sensoriais
Corno ventral: região da medula por onde saem os neurônios motores
A medula espinhal é protegida pelos ossos e pelas meninges (dura mater, aracnoide, pia mater). As meninges são revestimentos de tecido conjuntivo.

1 - Dura mater: tecido conjuntivo mais denso
2 - Aracnóide: tecido conjuntivo mais frouxo - parece uma teia de aranha
3 - Pia mater: grudada na medula; é a camada mais fina e mais interna e é muito vascularizada.

Entre as meninges existem espaços.

1 - Entre o osso e a dura mater: espaço peridural (gordura, tecido adiposo e os nervos)
2 - Entre a dura mater e a aracnóide: espaço subdural (vasos sanguíneos)
3 - Entre a aracnóide e a pia mater: espaço subaracnóide (líquor)
Depois da pia mater se encontra a medula.


LIQUOR

LCR: líquido cérebro raquidiano ou
LCE: líquido cérebro espinhal

O Líquor é produzido no cérebro e circula pelos ventrícolos e pelo espaço subaracnóide da medula e do encéfalo. Serve para amortecer impactos e também cria um ambiente favorável para os neurônios.

Meningite = alteração das meninges

Para fazer exames faz na região lombar: abaixo da terceira vértebra.



Plexo

Conjunto de nervos ramificados. Os 5 primeiros nervos cervicais formam o plexo cervical. São responsáveis pelas sensações.

Nervo frênico: faz o diafragma contrair (respiração). O bulbo manda o estímulo para esse nervo.

1 - Plexo Cervical: do C1 até C5
Pele e músculos da cabeça, parte superior dos ombros e peito, além do diafragma

2 - Plexo braquial: do C5 até T2
Inerva ombos e membros superiores

As vertebras torácicas não formam. Os nervos torácicos não se ramificam e então não formam plexo. Os nervos torácicos vão diretamente inervar cada músculo intercostal (das costelas) 12 ---> 12

3 - Plexo lombar: do L1 até L5
Responsáveis pelas sensações e movimentos abdominais, nádegas, genitais externos e a parte superior da coxa.

4 - Plexo Sacral: nervos sacros mais coccígeo.
Nádegas e parte inferior da perna. O nervo ciático faz parte do plexo sacral e é responsáveis pelas pernas (parte inferior).



Níveis do SNC

As informações sensitivas são integradas em todos os níveis do SN e determinam respostas motoras adequadas, iniciando-se na medula como reflexos, que se estendem ao tronco cerebral como respostas mais complicadas e finalmente alcançando o cérebro, onde respostas mais complexas são controladas.

Funções da medula:
- processar / realizar reflexos- integrar impulsos (ocorre as sinapses)
- vias de passagem da região do pescoço para baixo de impulsos sensoriais (entrando no SNC) e motores (saindo do SNC).

* O cérebro é responsável pela chegada de nossos estímulos.



Reflexos

Reflexos: A medula atua integrando informações sensoriais através de reflexos, que são respostas rápidas, automáticas às alterações do ambiente. Os reflexos habilitam o corpo a executar ajustes rápidos aos desequilíbrios homeostáticos. Alguns reflexos também podem ocorrer no tronco encefálico, envolvendo nervos cranianos e reflexos autonomos, inconscientes. Na resposta reflexa medular, o estímulo será conduzido até a medula espinhal por um neurônio sensorial, e fará sinapse imediata com um neurônio motor, localizado na própria medula. Esse neurônio motor transmite o comando do SNC para o órgão efetor (músculo esquelético) realizar a função (contrair). Nos reflexos, não há necessidade do estímulo ser transmitido até o cérebro para só então vir a resposta. A resposta motora vem da própria medula espinhal. Por isso ele é uma resposta tão rápida. Ao mesmo tempo, os estímulos continuam seu trajeto em direção ao cérebro, através de outras sinapses, e quando ele chega às áreas sensoriais do cérebro, será então percebido. Entretanto, a resposta reflexa já aconteceu. Os reflexos controlados pela medula são sempre motores, isto é, produzem movimentos corporais.

Respostas rápidas, automáticas às alterações do ambiente. Habilitam o corpo a executar ajustes rápidos aos desequilíbrios homeostáticos. Alguns ocorrem no tronco encefálico.

As funções dos reflexos são controladas pelas áreas inferiores do SN porque é automático e rápido. Colocar e tirar a mão do fogo é um reflexo. O reflexo é controlado pela medula espinhal. Para ser controlado pelo encéfalo (cérebro) deve haver pensamento, análise.
  • Arco-reflexo: É a via percorrida por impulsos nervosos produtores de reflexo

  • Componentes

  1. Receptor sensorial: pode ser dendrito ou receptor, capta estímulos específicos do ambiente interno ou externo, produzindo potencial graduado (PEPS ou PIPS). Se o limiar de ativação for atingido, o estímulo se propaga

  2. Neurônio sensorial: propaga o impulso até os terminais do axônio localizados na substância cinzenta da medula ou tronco encefálico

  3. Centro integrador: Pode ser constituído por interneurônios, que integram os impulsos entre o neuronio sensorial e motor

  4. Neuronio motor: Propaga os impulsos produzidos no centor integrador para fora do SNC, para o órgão efetor

  5. Efetor: parte do corpo que responde ao impulso do neuronio motor. Se o efetor for um músculo esquelético, o reflexo é voluntário; se for musculo liso, cardíaco ou glândulas, o reflexo é visceral ou autônomo


Reflexo medular

Vai entrar na medula na região do plexo braquial. Receptores da pele captam o estímulo que chega na medula, na medula ocorre uma sinapse entre o sensorial e o motor e então o neuronio motor estimula o músculo. Não envolve o cérebro (a retirada da mão é uma resposta reflexa).

O cérebro é envolvido para sentirmos a dor relacionada ao fato de colocarmos a mão no fogo e não para podermos tirá-la do fogo. Ocorre na medula.


Tipos de reflexos medular:

1 - Reflexo de flexão ou reflexo de retirada: é o exemplo do fogo (flexiona o membro e retira-o da flexão). É muito importante para a nossa proteção. É protetor.

Característica desse reflexo: ipsilateral (do mesmo lado). Se colocarmos a mão direita no fogo eu tiro a mão direita. Isso acontece porque o neurônio sensorial entra de um lado e o motor sai do mesmo lado. Causa a retirada do membro em resposta a estimulo doloroso.

2 - Reflexo de estiramento (patelar ou em qualquer articulação móvel - cotovelo por ex.): o estímulo é dado na patela (osso do joelho). É do mesmo jeito do de flexão. Como ocorre:

Para ter um reflexo de estiramento:
- bate no joelho (percussão) faz com que o músculo fique esticado (estirado) o neurônio sensorial manda esse estímulo para a medula e a resposta vai ser a contração do músculo. Esse teste é usado para avaliar a função da medula espinhal. Avalia essa integração. É muito importante também.
Ou seja,
- receptor sensorial captar o estímulo através do neurônio sensorial
- entrar no corno dorsal
- se integrar na medula
- o neurônio motor sair pelo corno ventral
- chegar no músculo

No caso de reflexos medulares quem executa a função é o músculo esquelético.
Quando o reflexo é medular sempre produzem movimentos.


Tronco encefálico


Reflexo pupilar
Pupila:

Quando tem muita luz na pupila, ela contrai. Quando tem pouca luz na pupila, ela dilata.
É controlado pelo tronco encefálico. Os neurônios chegam no bulbo e o bulbo envia o neurônio motor para a pupila.

Outros reflexos controlados pelo tronco encefálico: espirro, tosse e vômito.



Encéfalo


Tronco Encefálico (Bulbo, Ponte, Mesencéfalo)
Diencéfalo
Cerebelo



Tronco Encefálico


1 - Bulbo:

Controla a respiração e a função cardiovascular. O nervo frênico estimula o diafragma. O bulbo comanda o estímulo para o nervo frênico e então o nervo estimula o diafrágma.

Se existe uma lesão acima da terceira vertebra a pessoa não consegue respirar sozinha.

O nervo vago também sai do bulbo para estimular o coração.

2 - Ponte:

É uma forma de comunicação entre comunicações inferiores, superiores e como o cerebelo. Também contribui para controlar a respiração.


3 - Mesencéfalo:

É mais uma região de entrada e saída de neurônios sensoriais e motores.

Reflexos de movimentos rápidos da cabeça são controlados pelo mesencéfalo.


Cerebelo

Equilíbrio corporal e coordenação motora (andar, escrever e falar por exemplo)

Parte interna do ouvido - labirinto: possui um nervo craniano (vestíbulo troclear) liga o que acontece no labirinto ao cerebelo.

O cerebelo influencia movimentos que existem coordenação e habilidade.

Os braços movimentam ao contrário das pernas para manter o equilíbrio.


Origem dos movimentos -> cérebro


Equilíbrio e coordenação motora --> cerebelo


Diencéfalo


Fica situado bem perto do cérebro. Quanto mais superior mais complexas são suas funções. Possui quatro regiões mas as mais importantes são:

1 - Tálamo: formado por substância branca por causa da bainha de mielina. Tem muito axônio de neurônios. É uma massa branca do tamanho de uma bola de ping pong.


Função principal do tálamo: área retransmissora do SNC (faz a distribuição como um correio). Redistribui os estímulos para as regiões próprias do cérebro.

Todo estímulo sensorial proveniente de qualquer parte do corpo no trajeto dele ele faz uma parada no tálamo (estímulo sensorial, visual, auditivo entram no tálamo).


2 - Hipotálamo

Ele que controla a glândula hipófise

Estabelece uma ligação entre o SN e o Sistema Endócrino.

Faz parte de uma região do cérebro que se chama Sistema Límbico. Esse sistema controla as emoções (raiva, alegria e medo).

Ou seja, o hipotálamo controla as emoções e também a temperatura corporal. A febre é resultado de um desajuste do hipotálamo. Também é o centro de controle da fome e da saciedade. Controla a sensação de sede.

Também controla o SNA. O SNA controla as glândulas, coração e intestino.


Observações:

A medula espinhal contém a substância cinzenta (corpo do neurônio) e a substância branca (axônios dos neurônios)

O cérebro contém a substância cinzenta que fica na parte externa (córtex cerebral)


Encéfalo:

Giro pré central --> lobo frontal. É a área motora primária do cérebro

Giro pós central --> lobo parietal. É a área sensorial primária

Sistema límbico --> hipotálamo (amigdala, giro cíngulo e etc...)

Todas as partes se interagem (occipital, fronta, temporal e etc...)

Existem associações entre as áreas visuais, olfatativas e etc...

Derrame --> acidente vascular encefálico. Depende da área do cérebro que foi lesada para ter as sequelas relacionadas.

Área de Broca: pesquisador francês que descobriu a função dessa área. Essa área é a área motora da fala. Capazes de liberar e articular o som da fala. Fica no lobo frontal.

Área de Wernicke: área sensorial da linguagem. Faz a conexão entre as palavras e o significado das palavras. Fica no lobo parietal.

Lado direito do cérebro recebe os estímulos e controlam os movimentos do lado esquerdo e vice-versa.


Os neurônios que recebem os estímulos e entam no SNC é a sinapse primária ou neurônio primário.

Quando ele fa a sinapse com o outro neurônio que sobe para o tálamo.

Se é um estímulo sensorial ele vai para o giro pós central.


Decusassão --> cruzamento. O neurônio cruza a linha média (seja da medula ou do bulbo). O lado direito do cérebro recebe estímulo que vieram do lado esquerdo e vice-versa.

Depois ele responderá ao estímulo através do giro pré-central, mandando o músculo se movimentar.



Cérebro


  • Apoiado no diencéfalo e no tronco encefálico. A camada superficial de substância cinzenta é o córtex cerebral, que contém bilhões de neurônios. Internamente, Abaixo do córtex está a substância branca, formada pelos axônios dos neuronios. É o cérebro que nos dá capacidade de ler, escrever, falar, cálculos, lembranças, inteligência, memória e aprendizagem.
  • No desenvolvimento embrionário, a substância cinzenta aumenta mais rapidamente que a substância branca, então o córtex se enrola e dobra sobre si mesma. As dobras são os giros e as pregas profundas e rasas entre os giros são as fissuras e sulcos.
  • Lobos do cérebro: Cada hemisfério cerebral é dividido em 4 lobos: frontal, parietal, temporal, occipital. O sulco central separa lobo frontal e parietal. O giro pré central, à frente do sulco central é a área motora primária do córtex. O giro pós central, posterior ao sulco central, contém area sensorial primária.
  • Substância branca cerebral: Consiste em axônios, mielinizados, organizados em tratos, que transmitem impulsos entre os hemisférios (fibras comissurais), entre o cérebro e outras partes do encéfalo (fibras de projeção) e entre giros do mesmo hemisfério (fibras associação)

  • Gânglios da base: Consistem de vários pares de núcleos (grupos de corpos celulares de neurônios). Os elementos de cada par situam-se em hemisférios cerebrais opostos. Participam de movimentos automáticos dos músculos esqueléticos, como balanço dos braços durante a marcha e da regulação do tônus muscular.

  • Sistema Límbico: É um anel de estruturas que circundam a parte superior do tronco encefálico e o corpo caloso. Constitui o “encéfalo emocional “, desempenha papel primário nas emoções, incluindo dor, prazer, afeição, raiva, docilidade, agressão, dependendo da área estimulada.

Aspectos funcionais do córtex : As áreas sensoriais do cérebro recebem e interpretam impulsos sensoriais, as áreas motoras iniciam movimentos e as areas associativas executam funções integrativas mais complexas de memória, emoções, raciocínio, vontade, julgamento, inteligência.

  • Áreas sensoriais: Impulsos sensoriais chegam ao cérebro na região posterior ao sulco central (giro pós central). As áreas sensoriais primárias tem conexões diretas com os receptores periféricos e as áreas secundárias e associativas integram as experiências sensoriais gerando padrões de reconhecimento e consciência. Somente quando os estímulos provenientes de qualquer parte do corpo chegam às áreas sensoriais do cérebro, nós conseguimos identificá-los e ter consciência deles.

  • Area somatosensorial 1ª: Recebe impulsos de tato, propriocepção, dor, temperatura. Cada ponto recebe sensações originadas em parte específicas do corpo. Localiza exatamente os pontos do corpo onde se originaram as sensações

  • Area visual 1ª: No lobo occipital, recebe impulsos que identificam forma, cores e movimentos de estímulos visuais

  • Area auditiva 1ª: No lobo temporal, interpreta características do som, altura e ritmo

  • Area gustatória 1ª: Na base do giro pós central, recebe impulsos relacionados ao paladar

  • Area olfatória 1ª: No lobo temporal, internamente, recebe impulsos relacionados ao olfato

  • Areas motoras: as saidas motoras fluem da parte anterior dos hemisférios; todos os movimentos corporais voluntários (realizados pelos músculos esqueléticos), são controlados por neurônios que partem das regiões motoras do cérebro.

  • Area motora 1ª : No giro pre central, controla as contrações voluntárias de músculos específicos

  • Area de fala da broca: No lobo frontal, esquerdo na maioria. A fala e a compreensão da linguagem são complexas e envolvem áreas sensoriais, motoras e associativas.

  • Áreas associativas: areas sensoriais e motoras conectadas entre si por tratos associativos

  • Area associativa somatossensorial: integra e interpreta as sensações, armazena memória de experiências sensoriais passadas

  • Area associativa visual: relaciona experiências visuais presentes e passadas, reconhecimento e avaliação

  • Area de Wernicke (posterior da linguagem): Mais presente no hemisfério esquerdo; interpreta o significado da fala, reconhece as palavras. No hemisfério direito, as áreas correspondentes contribuem para o conteúdo emocional à linguagem, tom de voz

  • Area interpretativa comum: Recebe impulsos das areas associativas somatossensoriais, visual, auditiva, gustatória, olfatória primárias, do tálamo, tronco, integrando todas as interpretações sensoriais permitindo que os pensamentos sejam formados e respostas apropriadas sejam produzidas.

  • Area pré motora: Se comunica com o córtex motor 1ª, processando atividades motoras aprendidas e complexas, que dependem de habilidade (ex. escrever)

  • Area campos oculares frontais: controla movimentos voluntários de busca dos olhos

  • Areas da linguagem: Da area de fala da broca, impulsos passam para regiões pre motoras que controlam musculos da laringe, faringe, boca, produzindo contrações coordenadas e específicas que permitem a fala e para areas motoras primárias controlando musculos respiratórios, regulando o fluxo adequado de ar para as cordas vocais.

  • Lateralização hemisférica: embora o encéfalo seja bastante simétrico, há diferenças sutis entre os dois hemisférios. A área de Wernicke é 50% maior do lado esquerdo em 2/3 da população. Os dois hemisférios participam do desempenho de muitas funções, mas cada um se especializa no desempenho de funções específicas – é a lateralização hemisférica

  • hemisfério esquerdo: recebe sinais sensoriais do lado direito do corpo e o controla. Mais importante na linguagem falada e escrita, capacidade científica e numérica, raciocínio
  • hemisfério direito: importante para conhecimento musical, artístico, conteúdo emocional da linguagem, reconhecimento de faces e conteúdo emocional das expressões faciais.

  • Ondas encefálicas: São sinais elétricos gerados nos neurônios (potenciais de ação e potenciais graduados). Sensores podem detectar as ondas encefálicas geradas próximas à superfície do encéfalo. Esse registro é o eletroencéfalograma (EEG), útil para o estudo da função normal do encéfalo, variações no sono, diagnóstico de distúrbios, tumores, etc.

  • Nervos cranianos: Como os nervos espinhais, os nervos cranianos fazem parte do sistema nervoso periférico. São designados por números romanos e por nomes que indicam sua distribuição e localização.



Acidente Vascular Encefálico


Acidente no vaso sanguíneo do encéfalo. Pode ser de dois tipos (diferença deles é na causa do acidente):

1 - AVE hemorrágico


É causado pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos provocando saída do sangue do vaso. As células não recebem o oxigênio e o sangue vai para o tecido aumentando a pressão. A pressão alta é a maior causa porque rompe o vaso.

Se for na artéria carótida falta O2 para todo o encéfalo. Se for apenas em algum vaso, vai lesar a parte correspondente do encéfalo.

Lembrando que a artéria leva o oxigênio para o tecido e a veia trás o sangue (pobre em oxigênio).



2 - AVE isquêmico

É causado também pela falta de O2 no tecido (pode ser chamado de AV obiscrutivo. Obscrução de algum vaso.


2 - SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO


Constituído pelas vias que conduzem os estímulos ao SNC ou que levam as ordens do SNC para os orgãos efetores.

- Nervos cranianos e espinhais: são fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo, que levam ou trazem impulsos ao (para) o SNC.
- Receptores sensoriais ou terminações nervosas: captam os estímulos que serão conduzidos.
- Ganglios: são locais onde se localizam os corpos dos neuronios fora do SNC


Nervos Cranianos

Sãoos nervos que se encontram na região do encéfalo. Levam o nervo sensorial para o encéfalo e dessa maneira, responsáveis pelas sensibilidades e movimentos da cabeça (estímulos sensoriais e motores). São 12 pares sendo que o primeiro par é o mais superior e o ultimo par (12) é o mais inferior.

Os nervos cranianos tem como função dar sensibilidade para sentir. São responsáveis pelas sensações principalmente na região da cabeça.

Os nervos mistos: dentro do mesmo nervo existe o sensorial saindo para o SNC e o motor indo para os órgãos.

I - Olfatório (S): olfato
Transmite apenas a sensação.
Cavidade nasal: existem receptores que recebem os estímulos. Tem o nervo olfatório que transmite a sensação para o cérebro.

II - Óptico (S): visão
Está na nossa retina. Os receptores estão na retina e o nervo leva para o lobo occipital.


III - Oculomotor (M): sensibilidade muscular, movimentos da pálpebra e globo ocular, acomodações do cristalino, constricção da pupila. Movimentos dos olhos, pálpebras (piscar).


IV - Troclear (M): sensibilidade muscular, movimentos do globo ocular


V - Trigemio (M): tato, dor, temperatura e sensibilidade muscular, mastigação. Responsável pela sensibilidade do rosto e movimentos dos músculos da face. Senti dor, frio. Esse nervo que faz.
Neuragia do trigêmio: doença que senti muita dor (compressão desse nervo).


VI - Abducente (M / M): sensibilidade muscular, movimento do globo ocular


VII - Facial (M): sensibilidade muscular, expressão facial, secreção de saliva e lágrimas. Principalmente expressões faciais. Contrações mais finas. Também tem sensibilidade mas é maior no trigêmio. As ramificações desses nervos também são responsáveis pelas lágrimas e salivas.


VIII - Vestíbulo-coclear (M): equilíbrio, audição


IX - Glossofaríngeo (M): sensação gustatória e somática da lingua, eleva faringe na deglutição, estimula saliva. Sensiblilidade dos sabores através dos receptores nas pupilas gustativas e movimentação da lingua e para engolir.


X - Vago (M): sensiblidade gustatória e somática da faringe e laringe, monitora PA, O2 e CO2, sensações órgãos viscerais no tórax e abdomen, deglutição, tosse.
É super importante pois controla as seguintes funções:

- Sai do bulbo e desce em direção ao tórax para controlar as funções do coração, pulmão e vasos sanguíneos. É um dos principais nervos parassintáticos.

- Estimulação vagal --> estimulação do nervo vago.



XI - Acessório (M): sensibilidade muscular, faringe, laringe, palato mole, deglutição, movimentos da cabeça e ombros. Responsável pela sensibilidade faringíca e laríngica. Tanto sensibilidade como respostas também.


XII - Hipoglosso (M): sensibilidade muscular, movimentos da língua na deglutição e fala.



Tipos de Receptores:

Receptor sensorial:

célula especializada ou dendritos de neuronios sensoriais (terminações nervosas livres) que monitoram uma condição particular do ambiente. Cada tipo de receptor sensorial é sensível a estímulos para uma modalidade sensorial.

Tipos de receptores sensoriais:
- quanto ao tipo de estímulo que detectam

* Mecanoceptores: detectam pressão mecânica ou estiramento. Sua ativação produz percepção de tato, pressão, vibração, audição e equilíbrio. Detectam também sensações de prurido e cócegas.
Estímulos mecânicos. Se encontram principalmente na pele e músculos dos dendões.

* Termoceptores: detectam alterações de temperatura.
Estímulos térmicos. Variações de temperatura:
10 a 48 graus (estímulos de calor) térmicos
maior que 48 graus (estímulos de dor) outros tipos de receptores

* Proprioceptores (grau de contração muscular tensão sobre tendões, posição de articulações). Tem nos musculos para manter o músculo esquelético na posição ideal.

- fusos musculares
- órgãos tendionoso

* Quimioceptores: detectam gostos, odores, nível de gases no sangue, osmolaridades nos líquidos corporais. Tem nos vasos sanguineos (captam traços químicos).

* Fotoceptores: detectam luz na retina. Tem na retina.

* Noniceptores: terminações nervosas livres. Estímulos mecânicos, térmicos ou químicos intensos podem ativá-los. Lesão tecidual libera substâncias químicas que estimulam os nociceptores.
Captam estímulos nocivos (de dor). Estímulos de dor é sempre mecânico, térmico ou químico. É sempre uma terminação nervosa livre (dendritos).



Transmissão dos impulsos no Sistema Nervoso




3 - SISTEMA NERVOSO AUTONOMO



Organização do SN:

SNC e SNP
SNP --> SNS e SNA
SNS (somático - os nervos) --> músculo esquelético
SNA (autônomo - os nervos) --> músculo liso, cardíaco e glândulas


Os nervos do Sistema Nervoso Somático tem funções voluntárias

Os nervos do SNA tem funções involuntárias - é autônomo


Órgãos efetores:

SN Somático: músculo esquelético
SN Autônomo: músculo liso, músculo cardíaco e glândula


O Sistema Nervoso Autônomo possui duas divisões:
1 - Sistema Simpático: os nervos saem do sistema nervoso centra e vão para os órgãos.
2 - Sistema Parassimpático: são nervos - neurônios
No sistema simpático sai nervo de toda a medula, já o parassimpático é no início e no final da medula.



Sistema Nervoso Simpático

O corpo celular do neurônio simpático sai da região lombar e toráxica da medula. Eles são neurônios curtos. Sai da medula (pré ganglionar) --> chega no gânglio --> sai do gânglio --> chega nos órgãos (pós ganglionar).


O neurônio pré-ganglionar sempre libera AcetilColina que vai se ligar no receptor nicotínico do ganglio (estimula o neuronio pós-ganglionar). Já o neuronio pós-ganglionar do simpático libera (quando chega nos órgãos) a noradrenalina. O efeito do neurônio simpático é liberar a noradrenalina (tem que relembrar o que a noradrenalina faz nas sinapses) quando se liga nos receptores alfa e beta.

Ou seja, sempre que for um neurônio simpático ele sempre libera noradrenalina. Tem apenas uma exceção: quando for para a glândula sudorípara (suor) o neurônio simpático vai liberar AcetilColina.

Os neurônios pré-ganglionar são menores do que os pós-ganglionar (são maiores porque os gânglios estão próximos da medula, próximos do pré-ganglionar) então estes não precisam ser grandes.



Sistema Nervoso

Ativação do Simpático são todas essas ações anteriores de sinapases até a liberação de noradrenalina nos órgãos e a glândula supra renal ou adrenal libra o hormônio (adrenalina) no sangue.

Ações:

- Olhos: músculo liso da pupila (causa dilatação da pupila - midríase)

- Coração: aumenta a frequencia cardíaca e força do coração

- Vasos sanguíneos: também tem músculo liso para relaxar e contrair porque em estress eu preciso de mais sangue internamente:

Nos grandes vasos e vasos sanguíneos - músculos esqueléticos (VASODILATAÇÃO)
Nos vasos periféricos - pele, mucosa e vísceras (CONSTRIÇÃO)

- Bronquios: BRONCODILATAÇÃO



Sistema Nervoso Parassimpático

Sai do tronco encefálico e região sacral. Vão para as partes mais superiores e inferiores do corpo. O neuronio pré-ganglionar faz a sinápse com o pós ganglionar. Neste caso, o neuronio pré-ganglionar é maior pois o pós-ganglionar está mais perto dos órgãos do que da medula espinhal. O pré-ganglionar sempre vai liberar AcetilColina também faz sinapse com o receptor do gânglio (nicotínico). Já o pós-ganglionar libera o AcetilColina e se liga no receptor (muscarínico).

No coração e em todos os órgãos chegam tanto os neurônios simpáticos liberando noradrenalina e como parassimpático liberando acetilcolina.

Ações:

- Olhos: miose (contração da pupila)

- Coração: diminui a frequencia cardíaca e a força do coração

- Vasos sanguíneos: não tem função, não tem nervos parassimpáticos chegando nesses nervos.

- Bronquios: BRONCOCONSTRIÇÃO

- Sistema Digestório (estômago, esôfago, intestino, bexiga, fígado e etc): estimula todas as funções aumentando as contrações e secreções.

Todos os órgãos tem parede de músculo liso.



Sistema Nervoso Simpático --> luta e fuga (medo, atividade física intensa, estress)


Sistema Nervoso Parassimpático --> repouso e depois da refeições (digestão)





4 - SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO


TECIDO MUSCULAR


Células musculares: realiza a contração e relaxamento que vão induzir o efeito nos órgãos.

Músculo esquelético: a contração e relaxamento é responsável como uma bomba (função do coração).
Músculo liso: a contração e relaxamento vai servir para facilitar o fluxo de sangue dentro dos vasos.

Os vasos sanguíneos, órgãos internos tem uma pequena quantidade de músculo liso, esôfago, estômago.



Músculo Estriado Cardíaco
Músculo Estriado Esquelético. Ex: bíceps
Músculo Liso. Ex: estômago
(faixas claras e escuras)

Formado por várias células muscular esquelética

Retículo Sarcoplasmático: parece bolsas, tem função de armazenar cálcio.

As células musculares esqueléticas tem membrana que faz umas invaginações por dentro do citoplasma (túbulos transversais).

Sarcômero: nosso músculo esquelético sempre se organizam desta forma.

Proteínas de sustentação organizam as fibras estriadas.

O cálcio está sempre em maior quantidade na parte extra celular.

Cálcio: quando ele está dentro do Retículo Sarcoplasmático ele fica dentro do músculo fazendo contração e relaxamento.


Proteínas do Músculo:

São três tipos principais:

* Contráteis: responsáveis pela contração do músculo, são as actinas e miosinas.
* Reguladoras: controlam contração. São resposáveis pela função do cálcio (troponina e tropomiosina).
* Sustentação: responsável pela sustentação da estrutura (titina, distrofina).

Actina:

Proteína muito fina, delicada. Ela é globular. Como elas se organizam no músculo esquelético.


Miosina:

Proteína grossa, filamento grosso. Ela tem uma haste e cabeça.

ATPase --> quebra o ATP gerando energia.

A traponina e a trapomiosina ficam juntas com a actina

* Se o músculo estiver relaxado a actina e miosina vão estar separadas uma da outra.
* A cabeça da miosina tem que se encaixar com a actina para ter a contração.

No momento que a cabeça da miosina encontra-se com a actina, o músculo está contraído. Nesse momento ocorre a sinapse.



Junção Neuro-muscular (JNM) ou placa motora:

É a sinapse entre o neurônio motor e o músculo esquelético. São os neurônios motores dos nervos cranianos e espinhais. Este neurônio comanda os movimentos corporais.

O axônio do neurônio chega perto da fibra muscular e libera o NT (AcetilColina) que se liga no receptor nicotínico.

Lembrando que o nicotínico é apenas para gânglios e músculos.




Quando o neurônio libera AcetilColina e se liga no receptor nicotínico vai abrir canais de sódio na membrana --> o sódio entra --> despolarização da célula muscular --> deixa-a positiva. Nesse momento da despolarização influencia no Retículo Sarcoplasmático fazendo com que os canais de Ca++ se abrem. O Ca++ sai do Retículo Sarcoplasmático e se espalha (fica livre) no Citoplasma da célula. O Ca++ se liga na troponina???? e então a cabeça da miosina encosta na actina. O cálcio é fundamental porque a presença dele no citoplasma faz com que o cálcio se ligue na troponina que promove a união da cabeça da miosina com a actina e aí o músculo se contrai.

A cabeça da miosina tem a capacidade de quebrar ATP produzindo energia para que ela possa puxar a actina. E é esse deslizamento da miosina na actina que é a contração muscular. A quebra do ATP é que permite que a cabeça da miosina se desliza na actina. Isso é a contração muscular.

A cabeça da miosina vai puxando a actina para dentro.

OBS: devemos lembrar que até para piscar o músculo dos olhos se contrai.

Quando a enzima quebra a ligação do AcetilCoA com o receptor nicotínico, a célula muscular se repolariza, o cálcio volta para o Retículo Sarcoplasmático através da bomba de Ca++. E aí a miosina e actina se separam.

Para a contração muscular há um grande gasto de energia.

Para o músculo esquelético contrair, ele precisa receber um estímulo. Se o neurônio motor for interrompido, o músculo não contrai.



Farmacologia da JNM:

1) Toxina botulínica (bactéria presente em alimentos mal conservados)
Pode levar até a morte --> botulismo
O efeito dela é nas sinapses --> impede/bloqueia a liberação da ACh pela vesícula. Em grandes quantidades pode causar a morte principalmente pela parada respiratória (no diafrágma) --> impede a contração do diafrágma.

Em pequenas quantidades é usada como tratamento (desde que seja específica - no local lesado). Por ex: na estética (botox).
A ruga é resultado da contração muscular. O botox impede a contração ou seja, faz o relaxamento das rugas.
Dura de 4 a 6 meses até que os axônios criem novas formas de liberar AcetilCoA.

Outro exemplo de pequenas quantidades: quem produz muito suor em uma região do corpo é aplicado botox para não produzir suor = hiperhidrose. A glândula sudoripa precisa de estímulo, então quem tem hiperhidrose, usa botox para bloquear a produção de suor.

2) Curare (bloqueia receptores nicotínicos de ACh), então o músculo esquelético não contrai.
Quando é necessário uma anestesia geral (entubar) é aplicado um relaxante muscular para conseguir intubar para respirar porque no momento da anestesia o nosso pulmão não funciona (não contrai) e por isso precisa intubar.

3) Drogas anti-colinérgicas
Fica contraído porque não há quebra da ligação entre AcetilCoA e nicotínico

4) Agonistas colinérgicos
Estimulam a contração



Rigor Mortis

Logo após a morte o corpo fica rígido (os músculos ficam contraídos). Ocorre algumas horas após a morte (de 3 a 4 horas após). A rigidez acaba após 24 horas. Se o corpo não está no estado de rigidez tem mais tempo que a pessoa morreu. O que acontece;
- as membranas param de funcionar. Deixa entrar e sair substâncias;
- o cálcio sai do Retículo Sarcoplasmático;
- se liga e como não tem ATP, a actina e miosina ficam grudadas (contraídas);
- após 24 horas o corpo libera enzimas proteolíticas que quebram a actina e miosina. O corpo relaxa.




Estudo Dirigido:


1 - O acidente vascular encefálico (AVE), popularmente conhecido como derrame, resulta do comprometimento súbito da circulação cerebral em um ou mais vasos sanguineos, levando à redução do suprimento de oxigênio e comprometimento da função neuronal. Se um paciente, após sofrer AVE, não consegue movimentar o braço direito e apresenta problemas na visão, quais as áreas do cérebro possivelmente foram lesadas? Justifique.

R --> no giro pré-central do lobo frontal do lado esquerdo, e o lobo occiptal. Porque as saídas motoras surgem da parte anterior dos hemisférios, todos os movimentos corporais voluntários, neste caso o lado direito é controlado por neurônios que partem do lado esquerdo do cérebro.


2 - O sistema nervoso central é responsável pela integração de todos os tipos de informações sensoriais que chegam a ele, pela promoção de respostas motoras dos orgãos efetores, além de ser o local onde ocorrem os pensamentos, emoções e memória. Devido à sua importância na manutenção da homeostasia, o SNC é revestido por estruturas protetoras - ossos, meninges - além do liquido cefaloraquiadiano (liquor), que também funciona como um amortecedor de choques. Pergunta-se:

a - Onde é produzido o liquido cefaloraquidiano? Qual a sua relação com as meninges?

R --> O liquor é produzido no cérebro e circula pelos ventrícolos e pelo espaço subaracnóide da medula e do encéfalo. Serve para amortecer impactos. E também cria um ambiente favorável para os neurônios. O liquor passa pelo espaço subaracnóide da medula para criar um ambiente adequado.


b - Em algumas circunstâncias, torna-se necessário a realização de uma punção do líquor para a realização de exqames diagnósticos. Neste caso, qual seria o melhor local no SNC para a realização desta punção? Por que?

R --> Espaço aracnóide embaixo da região lombar, abaixo da terceira vértebra. Para não correr o risco de atingir a medula espinhal.





Referências Bibliográficas:


CONTEÚDO DA PROFESSORA DANIELA dado na aula de Nutrição - 3 período - UNA em 2010. Sobre Fisiologia.

TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. 718p.