terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ciclo I - Modulo I - Anatomia

Digestão
Consiste na transformação dos alimentos tornando-os solúveis e sofrendo modificações químicas para serem absorvidos e assimilados.


Funções do Sistema Digestivo
Preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos e a expulsão dos resíduos eliminados sob a forma de fezes.


Divisão do Sistema Digestivo
Canal Alimentar: órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdomen e pelve
Órgãos Anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas


O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estômago, instestinos (delgado e grosso), para terminar no reto, que se abre no meio externo através do ânus.


Lingua
Órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra.


Dentes
São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades da maxila e da mandíbula, denominadas alvéolos dentários.


Glândulas salivares
São responsáveis pela secreção da saliva.


Faringe
A parte bucal da faringe comunica-se com a cavidade bucal propriamente dita.


Esôfago
É um tubo muscular que continua a faringe e é continuado pelo estômago. Se divide em: cervical, torácica e abdominal. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionado por contrações da musculatura de sua parede. Estes movimentos que são próprios de todo o restante do canal alimentar, são denominados peristálticos e à capacidade de realizá-los dá-se o nome de peristaltismo.


Diafragma
O abdome está separado do tórax, internamente pelo diafrágma.


Peritôneo
Membrana serosa que reveste os órgãos abdominais.
Peritôneo parietal: reveste as paredes da cavidade abdominal
Peritôneo visceral: envolve as vísceras


Estômago
É uma dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e a continua no intestino. Está situado logo abaixo do diafrágma com sua maior porção a esquerda do plano mediano. A forma e posição do estômago variam de acordo com a idade, tipo constitucional, tipo de alimentação, posição do indivíduo e o estado fisiológico do órgão.


Intestino
- Intestino Delgado
Divide-se em duodeno, jejuno e íleo. No duodeno desembocam os ductos colédoco (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática).
A mucosa do intestino delgado apresenta inúmeras pregas circulares que se salientam na luz intestinal e aumentam a superfície interna da víscera.

- Intestino Grosso
É a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado.


Anexos do Canal Alimentar

Fígado
É o mais volumoso órgão do sistema digestivo, localizando-se abaixo do diafragma e à direita, embora uma pequena porção ocupe tambémv a metade esquerda do abdome.
Desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, seja interferindo no metabolismo dos carboidratos, gordura e proteínas, seja secretando a bile e participando de mecanismos de defesa. Duas faces: diafragmática e visceral.

Pâncreas
Depois do fígado é a glândula mais volumosa do sistema digestivo. Situa-se posteriormente ao estômago. O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina. A secreção endócrina é a insulina e a exócrina é o suco pancreático.



Sistema Urinário

As atividades orgânicas resultam na composição de proteínas, lipideos e carboidratos, acompanhada de liberação de energia e formação de produtos que devem ser eliminados para o meio exterior. A urina é um dos veículos de excreção com que conta o organismo. Assim, o sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação de urina nos rins, e outros, a eles associados, destinados à eliminação da urina: ureter, bexiga urinária e uretra.


Rim
O rim do homem tem a forma de um grão de feijão.


Ureter
É definido como um tubo muscular que une o rim à bexiga. O tubo muscular é capaz de contrair-se e realizar movimentos peristálticos.


Bexiga
Funciona como reservatório da urina.. O fluxo contínuo da urina que chega pelos ureteres é transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção)
A forma, o tamanho, a situação e as relações da bexiga com órgãos vizinhos variam com as fases de vacuidade, plenitude ou intermediárias, com as mesmas fases em que se encontram os órgãos vizinhos e ainda com a idade e o sexo.
O músculo esfíncter da bexiga, bem como a camada muscular do órgão, estão envolvidos na micção.


Uretra
Constitui o último segmento das vias urinárias. É um tubo mediano que estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio exterior.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ciclo I - Módulo I - Histologia

TIPOS DE TECIDOS

Tecido Epitelial
Tecido Conjuntivo
Tecido Nervoso
Tecido Muscular


TECIDO EPITELIAL

O tecido epitelial reveste o corpo humano e suas cavidades. Compõem-se quase exclusivamente de células justapostas, ou seja, muito unidas, com pouca ou até nenhuma substância intercelular entre elas, aderidas firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares (estruturas associadas à membrana plasmática das células que contribuem para a coesão e comunicação entre as mesmas).

Característica do tecido epitelial: células justapostas pela pequena quantidade de material que está entre as células.

Definição: células justapostas mais matriz extracelular (pequena quantidade)

Tipos: Revestimento e Glandular

Funções:
Revestimento: absorção, revestimento, separação de compartimentos
Glandular: secreção

Qualquer glândula do nosso corpo é revestido por tecido epitelial glandular.

Secreção: elaborar e eliminar um produto

Na parte de cima da estrutura temos o tecido epitelial e na parte de baixo o conjuntivo.

Células justapostas: tecido epitelial

Células separadas: tecido conjuntivo

O tecido epitelial teve origem de 3 folhetos germinativos:

- Ectoderma: pele, boca, fossas nasais e ânus.

- Mesoderma: endotélio.

- Endoderma: árvore respiratória e tudo digestório.

Por ex: se estudarmos a boca, o tecido epitelial teve origem do ectoderma.


Componentes do tecido epitelial:

Lâmina Basal

Função da lâmina basal: separar e prender o tecido conjuntivo.

São formados por proteínas: colágeno IV, laminina, proteoglicanas e entactina.

Não dá para ver a lâmina basal no microscópio

Membrana Basal

É formado pela lâmina basal + fibras reticulares do tecido conjuntivo.

Dá para ver no microscópio.

Polaridade celular - basal e apical

Células epiteliais apresentam polaridade celular.

Estruturas de Adesão:

Faz parte das especializações das células que constituem o epitélio juntamente com os cílios, microvilos e estereocílios.


- Glicocálice ou Glicocálix: camada delgada (glicoprotéica) - defesa e facilita pinocitose (entrada de substâncias líquidas na célula).

Função da glicocálice: permitir adesão entre as células dos tecidos epiteliais.

A glicocálice é uma proteína associada com glicídeo (carboidrato) dos tecidos epiteliais.

- Interdigitações: superfície de contato.


Especializações intercelulares das células epiteliais:

- Junções de adesão: zônula de adesão (bolsa com presença de actina), desmossomos e hemidesmossomos. É um tipo de junção intercelular contínua que circunda toda a célula e contribui para a aderência entre células vizinhas. Uma característica importante dessa junção é a inserção de numerosos filamentos de actina em placas de material elétron-denso presentes no citplasma subjacente à membrana da junção. Apresenta material granular entre as membranas da junção (caderina) e, por isso, é sensível aos níveis de Ca+2.

- Junções impermeáveis: forma a estrutura da zônula de oclusão (sobreposição - impede a penetração de substâncias nocivas). As zsão as ônulas de oclusão estão localizadas na região apical da célula, acima da junção adesiva. A zona de oclusão consiste em uma rede de proteínas incrustadas na membrana plasmática e que, como a junção adesiva, situa-se em torno do ápice da célula. São as junções entre as camadas mais externas de células adjacentes (vizinhas), que estabelecem uma barreira à entrada de macromoléculas (lipídeos, proteínas) nas células. Tais células são encontradas em células epiteliais que revestem o intestino e outros órgãos, impedindo a passagem de produtos no espaço entre duas células (espaço intercelular). Com essa união, o alimento da cavidade intestinal, por exemplo, é obrigado a passar por dentro das células, o que garante o controle dos alimentos que devem ser absorvidos do lúmen intestinal pela membrana celular. Assim, as macromoléculas que passam pela zônula de oclusão apenas passam pelo interior de tais células, possibilitando um controle daquilo que as transpassa.

- Junções de comunicação: GAP. Junção Comunicante (canal que permite a comunicação). São pequenas regiões circulares em que as membranas de células adjacentes ficam muito próximas e são atravessadas por finíssimos tubos de um tipo especial de proteína (conexina). Esses tubos põem em contato direto o citoplasma de duas células vizinhas, permitindo o livre trânsito de pequenas moléculas e íons.

Outras observações:

Interdigitações: dobras que aumentam a superfície de contato.

Desmossomo: aglomerado de membranas laterais. São junções celulares constituídas por duas metades, uma em cada membrana das celulas adjacentes. Assim, os desmossomos consistem em duas placas circulares de proteínas especiais, uma em cada célula, é uma junção celular constituída por duas partes, uma delas na membrana de uma das células e a outra, na membrana da célula vizinha. De ambas as placas partem filamentos constituídos por outras proteínas, que atravessam as membranas plasmáticas e atingem espaço entre as células onde se associam. Essa associação dos filamentos no espaço intercelular mantém firmemente unidas as duas placas desmossômicas e, consequentemente, as células que as contêm. As partes das placas desmossômicas voltadas para o interior das células associam-se aos filamentos de queratina do citoesqueleto, promovendo o firme ancoramento do desmossomo em toda a estrutura celular.



Componentes especiais:

- Microvilos: projeções.

São projeções da membrana celular semelhantes a dedos de luva, que mantêm sua forma graças a microfilamentos de proteínas presentes em seu interior. As microvilosidades ampliam a superfícies de contato entre as células epiteliais e o meio, o que aumenta a capacidade de absorção do epitélio. Mantém sua forma graças a microfilamentos de proteínas no seu interior. As microvilosidades ampliam a superfície de contato entre as células epiteliais e o meio, o que aumenta a capacidade de absorção.

Função: absorção

Formato de dedo de luva

Somente dá para ver no microscópio eletrônico

Encontra-se no intestino delgado

- Estereocílios: prolongamentos extremamente longos e imóveis que podem ser vistos em microscópio óptico, são encontrados no epidídimo e canal diferente.

Função: abosorve nutrientes que irá proporcionar a maturação dos espermatozóides e também seguram os espermatozóides no centro de epidídimo.

Encontra-se no epidídimo

- Cílios: microtúbulos

São estruturas móveis em forma de pêlos microscópicos, presentes em epitélios que precisam remover constantemente muco e substâncias acumuladas. Prolongamentos celulares móveis que batem em rítmo ondular e sincrônico que propeli partículas superficiais.

Através de movimentos ordenados protege porque inibe substâncias nocivas

Nutrição: difusão (transporte passivo);

Oxigênio e nutrientes

Avascular: não tem vasos sanguineos próprio. Muito pouco e então depende do tecido conjuntivo (rico em vascularização)

Inervação: presença de terminações nervosas livres.

Permite a interlocomoção do tecido epitelial para o tecido nervoso. É independente do tecido conjuntivo (subjacente). Na constituição do tecido epitelial tem a presença de terminações nervosas livres.

Terminações nervosas: captação de estímulos

Existem 2 tipos de tecido epitelial:

Revestimento

O tecido epitelial fica separado do conjuntivo

Função: revestimento, absorção, separação de compartimento.


Glandular

O tecido epitelial fica junto (invade) o conjuntivo

Função: secreção. Ocorre na formação de glândulas.

Classificação do Tecido Epitelial de Revestimento:

Por número de camada de células:

- Simples: ovário (apenas 1 camada de célula) em contato com a lâmina. Pode ser classificada em pavimentosa, cúbicas e prismáticas ou colunar.

- Pseudo-estratificado: traquéia (parece que são varias camadas celulares mas é apenas 1 camada de célula, os núcleos são diferentes).

- Estratificado: pele (várias camadas de células).

Quanto a morfologia:

SIMPLES

- Pavimentoso (achatados): feixe vásculo-nervoso;

- Cúbico (quadrado): ovário;

- Prismático ou Colunar (cilíndrico): intestino delgado.

ESTRATIFICADO

- Pavimentoso: pele, boca e esôfago;

- Prismático: conjuntiva do olho;

- Transição (muda): bexiga - tem plasticidade. O tecido epitelial muda. Quando a bexiga retém urina é pavimentoso e quando libera ficam globosas (arredondas e grandes).

Classificação do Tecido Epitelial Glandular

As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente.

Se o tecido epitelial invade o tecido conjuntivov ele é glandular.

Função de lubrificar e proteger
Característica morfológica: invade o tecido subjacente

Quanto a organização:

- Unicelular: células caliciformes presentes na parede celular interna do intestino delgado ou do trato respiratório. Elabora e libera muco sozinha

- Pluricelular: restante das glândulas. Agrupamento de células. Produz e libera produtos em conjunto


Quanto à função:


- Merócrinas: pâncreas
Libera apenas produto de secreção
É renovada normalmente (por ex.: pâncreas (55 dias).

- Apócrinas: glândulas mamárias
Além do produto de secreção uma parte da célula é liberada também (porção apical)
É renovada mais lentamente

- Holócrinas: glândulas sebáceas
Além dos produtos, toda a célula é liberada durante a secreção
Tem que ser renovada rapidamente

Diferenciam-se através da morfologia (estão relacionadas com a origem)
Quanto ao local de excreção:

- Exócrinas (invasão descontínua): na invasão as células ficam separadas (forma o ducto excretor).
As glândulas exócrinas mantém sua conexão com o epitélio do qual se originaram através dos ductos tubulares formados por células epiteliais e através destes ductos as secreções são eliminadas. Este tipo de glândula tem uma porção secretora constituídas pelas células responsáveis pelo processo secretor e ductos que transportam a secreção eliminada das células.

- Endócrinas (invasão contínua): na invasão as células ficam juntas. Não há ducto. O produto é secretado no sangue.

Disposição das células:
* cordonal: células em cordões. Ao invadir o tecido de forma contínua forma um formato de cordões.
* vesicular: células em vesículas. Ao invadir o tecido de forma contínua forma vesículas.
Ducto excretor: é o espaço (canal) que ocorre durante a invasão das células nos tecidos de forma descontínua. O ducto excretor transporta o produto de secreção.

No ducto excretor, as células epiteliais que ficam ao redor da porção secretora que contém actina e miosina que auxiliam no transporte porque se contraem levando a secreção para o ducto excretor. São essas células epiteliais que produzem os produtos de secreção. O produto sai da proção secretora e passa para o ducto excretor.

- Porção secretora ou adenômero das glândulas exócrenas: elaboração produtos de secreção.
Classificação por número de ductos:

- Simples: 1 único ducto. Não ramificado.

- Composta: ductos secretores ramificados. Por ex: glândula salivar.

Classificação por porção secretora:

- Acinosas ou alveolar: cachos de uva
- Tubulosas: túbulos alongados

- Tubuloacionosas: Tubulosas + Acinosas


Funções da Endócrina e Exócrina

Pâncreas:
- enzimas digestivas (exócrinas): produz as enzimas digestivas no pâncreas.
- enzimas e glucagon (endócrina): as glândulas endócrinas produz estes hormônios no pâncreas. A insulina e glucagon são hormônios para controlar a taxa de glicose no sangue. Um diminui e o outro aumenta a taxa de glicose no sangue.
Exócrina possui ducto excretor e porção excretora
Endócrina produz hormônios, as glândulas endócrinas produz os hormônios.

Tecido Conjuntivo

É amplamente distribuído em nosso corpo.

Logo depois do tecido epitelial vem o tecido conjuntivo (subjacente)

Funções:

- Preenchimento;

- Estabelece conexão entre os diversos tipos de tecidos ou órgãos

- Sustentação (ossos e cartilagens)

- Transporte de substâncias (sangue)

- Defesa (globulos brancos)

No conjuntivo as células (vários tipos de células) são separadas por causa da abundância de material intracelular. Ficam imersas em grande quantidade de substâncias intercelulares.

O material intercelular é constituído de: S.F.A (Substância Fundamental Amorfa) e fibras do conjuntivo.

As células que compõem o tecido conjuntivo são células mesenquimais (antes da diferenciação celular) camada intermediária (mesoderma).

Componentes do Tecido Conjuntivo:

Células, Fibras do conjuntivo e Substância Fundamental Amorfa se ligam a proteínas receptoras.

Contituição do Tecido Conjuntivo:
- varios tipos de células
- material intercelular: SFA (substância fundamental amorfa) e fibras do conjuntivo.

Origem: mesoderma

Tecido Conjuntivo:
- Fibroblastos
- Macrófagos
- Mastócitos
- Plasmócitos
- Leucócitos

Fibroblastos

Os fibroblastos são células que secretam as proteínas que formam as fibras e a substância intercelular do tecido conjuntivo. Tem forma ovóide assume forma estrelada e, com atividade metabólica constante. Os fibrócitos são os fibroblastos "velhos", uma vez que não sintetizam mais as fibras como os fibroblastos, no entanto em caso de lesão, os fibrócitos voltam a forma de fibroblastos para ajudar na síntese de fibras.

Função: células responsáveis pela síntese do meio intercelular ou seja, síntese de proteínas, ou seja, tem muito RER (Retículo Endoplasmático Rugoso) e CG (Complexo de Golgi). Tem o formato de uma estrela (vários prolongamentos). Por isso, consegue se deslocar, se locomover para participar nos processos de recuperação. Como os ribossomos estão no RER e quem sintetiza os ribossomos é o nucléolo, essa célula também possui nucléolo.

Tipos:

-Fibroblasto (síntese): fibroblasto são proteínas que compõem o material intracelular (reparação e regeneração). Prevalência de RER e CG por fazer síntese de proteína (RER) e nucléolo evidente
O nucléolo sintetiza RNA ribossômicos, os ribossomos no RER sintetiza proteínas. É por isso que o fibroblastos possui muito RER e CG e também possui muito RER e CG e também possui nucléolo evidente.

O fibroblasto produz substância intercelular e é responsável pela sintése do colágeno Tipo I. Responsável pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa chamada de substância fundamental amorfa.

- Fibroblastos inativos (FIBROCITO): não sintetiza proteína. Então possui pouco RER e CG. Quando é necessário (estímulo) ela passa a ser ativa. Há alterações morfológicas e funcionais.

- Miofibroblasto (cicatrização de feridas): célula intermediária
Mio (actina e miosina)


Macrófagos

Os macrófagos são células grandes e tem como função a limpeza dos tecidos através da fagocitose de agentes infecciosos como as bactérias e restos de células.

Morfologia: núcleo ovóide, superfície externa irregular e rico em lisossomos

Função: defesa (fagocitária) englobamento de substâncias sólidas.

Defende nosso organismo englobando substâncias sólidas e eliminam substâncias nocivas (lisossomos).


Mastócitos

Morfologia: globosas

Função: produção e armazenamento de MQ (mediadores químicos) dos processos inflamatórios.

MQ: são substâncias químicas que são liberadas nos processos inflamatórios

MQ: histamina (mais importante), heparina, sulfato de condroitina e fator quimiotático na anafilaxia (pré-formados).

Histamina (substância envolvida nos processos de reações alérgicas) e heparina (substância anti coagulante).

ECF - A: fator quimiotático dos eosinófilos na anafilaxia

Na constituição dos mastócitos tem receptores que váo se ligar na imunoglobina E para neutralização do antígeno. Se não há receptor a imunoglobina potencializa os antígenos destruindo uma parte da célula fazendo com que os MQ invadem a célula.

Choque anifilático (processo inflamatório sistêmico - todo o corpo) e anifilexia (inflamação da glote): se os mastócitos não tem receptores e por isso não há imunoglobina E a célula é invadida pelos mediadores químicos.

Plasmócitos

Os plasmócitos são células que produzem anticorpos contra substâncias estranhas que penetram no organismo. São células que migram do sangue num processo chamado diapedese.

São poucas no tecido conjuntivo normal mas abundantes em locais sujeitos a penetração de bactérias (pele e intestino) e onde existe inflamação crônica.

Morfologia: ovóides, ricos em RER, CG e nucléolo evidente

Função: síntese de anticorpos (imunoglobulina). Tem a capacidade de produzir anticorpos contra substâncias e organismos estranhos que casualmente invadam o tecido conjuntivo. São células antiinflamatórias.

Reação antígeno - anticorpo (reação para o corpo estranho)

Leucócitos

- Glóbulos brancos (5.000-10.000): no sangue e no tecido conjuntivo

- Função: defesa. Combate microorganismos causadores de doenças por meio de sua captura ou da produção de anticorpos. São independentes e unicelulares.

Tipos (atuam em processos diferentes):

- neutrófilos (infecção)
- eosinófilos (alergia e parasitoses)
- linfócitos (reação imunológica)

Leucocitose: taxa elevada
Leucotemia: taxa baixa


Material Intercelular

Fibras do Conjuntivo (parte estruturada):
- Colágenas
- Reticulares
- Elásticas

Tem distribuição desigual

Fibras Colágenas: colágeno do tipo I
As fibras colágenas são fibras constituídas pela proteína colágeno. Grossas e resistentes, distemdem-se pouco quando tencionadas.

- Glicoproteína mais abundante
- Colágeno do Tipo I é mais resistente

O Colágeno do Tipo I é a glicoproteína mais abundante do nosso organismo. Dá resistência ao tecido conjuntivo.

Tropocolágeno (origina o colágeno): molécula precursora que origina o colágeno através de reações químicas.

Fibras Reticulares: colágeno do tipo III
As fibras reticulares também são formadas por colágeno. Ligam o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.
São ramificações que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.

Função: suporte e sustentação da pele
- Forma de rede

Fibras Elásticas: elastina e microfibrilas (proteínas).

As fibras elásticas são fibras constituídas pela proteína elastina. São responsáveis pela elasticidade do tecido conjuntivo frouxo.

Flexibilidade e elasticidade. São constituídos de outras proteínas sem ser o colágeno.

Sao delgadas, não possui estriações.

Oxitalânicas e Eulamínicas: proteínas que constituem o meio intacelular.

Na derme, quando puxamos a pele e depois soltamos, são as fibras elásticas as responsáveis por devolver à pele sua forma inicial. O rompimento dessas fibras na pele resultam no aparecimento das estrias.


Substância Fundamental Amorfa

É na substância fundamental amorfa que o tecido conjuntivo e as células estão envoltos e se dá o seu desenvolvimento. É o seu ambiente metabólico.

Componente entre as fibras do conjuntivo

Função: preenche os espaços entre o tecido conjuntivo e proíbe entrada de substâncias nocivas. Preenchimento e defesa (barreira).

Constituição: proteoglicanas + água + glicoproteínas estruturais.

Características: viscosa, incolor e opticamente homogênea.

É classificada como a parte não estruturada do material intercelular. Não consegue visualizar no microscópio óptico.


S.F.A (EDEMA)

Edemas no Tecido Conjuntivo

Definição:

- pressão hidrostática
- pressão osmótica


Etiologia:

- obstrução vasos linfáticos
- obstrução venosa (capilares)
- desnutrição: baixa proteínas
- permeabilidade capilar

Trocas hídricas entre o capilar sanguíneo e o tecido conjuntivo, essa água é distribuída pela S.F.A.
Existem 2 pressões que ocorrem nos capilares. Uma pressão (osmótica ou coloidosmótica) absorve agua do tecido conjuntivo para os capilares. Através das proteínas plasmáticas. A outra pressão (hidrostática) joga água dos capilares para o tecido conjuntivo. Através do batimento (pressão) do coração.

No tecido conjuntivo existe o capilar linfático para drenar (equilibrar) o excesso de água no tecido conjuntivo.

O SFA é que leva a água para essa troca.

Variedades do Tecido Conjuntivo
- Frouxo: tecido conjuntivo propriamente dito
- Denso: tecido conjuntivo propriamente dito
- Elástico
- Reticular = hemocitopoético
- Mucoso
- Adiposo
- Cartilaginoso
- Óssea


Tecido Conjuntivo Frouxo

Está presente em praticamente todos os órgãos.

Fica sob a pele e é rico em fibras e em células que armazenam gordura.

Composto por células, fibras e substâncias intercelulares.

- Características:

disperso, solto

- Localização:
feixes musculares
vasos sanguíneos e linfáticos
mucosas, pele e glândulas

- Funções:
revestimento e nutrição do tecido epitelial
Tem distribuição mais ampla pelo corpo e está presente praticamente em todos os órgãos.

Tecido Conjuntivo Denso

Presente nos ligamentos que unem o osso ao outro e nos tendões.
- Características:
forte (possui colágeno I)
são aglomerados de fibras colágenas.

- Tipos:
Modelado (segue uma única direção) ou ordenado: tendões (unidirecional) --> direção das fibras. O modelado é resistente e forte mas pouco elásticas. Forma os tendões que ligam os ossos aos músculos e os ligamentos que ligam os ossos entre si.
Não-modelado ou desordenado: derme (tridimensional) e sem orientação fixa. O não-modelado é condensado e compactado. São resistentes e elásticas, moldam-se aos órgãos que reveste. Ex: baço, fígado e testículos.

É caracterizado pela abundância de fibras colágenas, o que lhe dá grande resistência.

Tecido Conjuntivo Elástico

Constituído por fibras elásticas
- Características: com propriedades especiais. Elasticidade e flexibilidade
- Localização: ligamento da coluna vertebral. Microfibilas e elasticina

Tecido Conjuntivo Reticular

Constituído por fibras reticulares em forma de rede.
- Função: suporte e sustentação
- Características: com propriedades especiais
- Localização:
médula óssea
órgãos linfóides
Compõem orgãos produtores de células sanguíneas.

Tecido Conjuntivo Mucoso

Elemento de maior quantidade: substância fundamental amorfa. Tem grande quantidade de parte em branco.

Características: com propriedades especiais
Localização:
cordão umbilical
polpa dental jovem
Tecido Adiposo
É o tecido conjuntivo com propriedades especiais. Ou seja, o tecido adiposo é um tecido conjuntivo com propriedades especiais. Se divide em tecido adiposo unilocular e multilocular.
Predomínio de células adiposas (adipócitos).
Grande depósito de energia (triglicérides renováveis).
Tipos:
- Tecido Adiposo Unilocular:
a gordura cobre a maior parte da célula
maior quantidade em adulto
o triglicerídeo fica no meio da célula e o núcleo na extremidade
apenas uma gota de triglicerídeos
Ou seja,
- células volumosas (citoplasma e núcleo periférico)
- reserva de energia, proteção contra o frio, contra choques, preenchimento e secretor.
Uma das funções do tecido adiposo unilocular é diferenciar o corpo do homem e da mulher. Nas mulheres acumula no quadril e na coxa e nos homens acumula no abdome.
- Tecido Adiposo Multilocular:
a maior quantidade em adulto
as gotículas de gordura são menores e ficam na periferia
várias gotas de triglicerídeos
Ou seja,
- células menores, forma poligonal e com várias gotas de gordura no citoplasma e núcleo centraol
- auxilia na termorregulação (feto e recém-nascido).
Uma das funções do tecido adiposo multilocular é a produção da temperatura. Lembrar que bebês tem mais porque precisa produzir a temperatura para ficar ideal (36 graus).
Secreção de lectina: dá sensação de satisfação alimentar (sabemos que estamos cheios).
Tecido Cartilaginoso
- Tecido conjuntivo com propriedades especiais.
- Sua célula principal é o condrócito que se localiza dentro da lacuna.
- Pode possuir pericôndrio (tecido conjuntivo denso modelado). O pericôndrio existe em apenas alguns tipos de cartilagens. Função do pericôndrio: nutrição, oxigenação e eliminação de substâncias nocivas.
- Camada de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas tipo I.
- Fonte de novos condrócitos.
- Funções: nutrição, oxigenação e eliminação de resíduos.
O tecido conjuntivo denso está revestindo o cartilaginoso. Os condrócitos ficam entre as lacunas.
Grupos isógenos = grupos de condrócitos.
Células que compõem o tecido cartilaginoso:
- condroblastos: localizadas na periferia da cartilagem e no pericôndrio: + alongados. Sintetizam colágeno, principalmente tipo II, proteoglicanas e glicoproteínas.
Os condroblastos são células jovens do tecido cartilaginoso e responsável pela síntese do material que se encontra entre as células do tecido cartilaginoso. Ou seja, síntese de proteínas. Quando o condroblastos fica próximo do pericôndrio fica mais alongado.
- condrócitos: células maduras que ficam nas lacunas, sintetizam e renovam a matriz cartilaginosa. Localizam dentro das lacunas.
Funções do tecido cartilaginoso:
- Suporte / sustentação
- Forma o primeiro esqueleto do embrião.
- Sustentação, modelação e suporte corporal.
- Reveste articulações e facilita movimentos ósseos. Reveste superfícies articulares dos ossos longos.
- Serve de modelo para processo de ossificação.
Crescimento da cartilagem:
- Intersticial: dentro dos tecidos. A partir da divisão mitótica dos condrócitos pré-existentes. Ocorre normalmente nas primeiras fases de vida.
- Aposicional: os condoblastos do pericôndrio multiplicam-se por divisão e diferenciam-se em condrócitos. A cartilagem cresce através das células dentro do pericôndrio (membrana envoltória) através da diferenciação das células do pericôndrio. Porém, tecido cartilaginoso que tem pericôndrio cresce através do crescimento aposicional.
Tipos de cartilagem:
- Cartilagem hialina:
É o material que fica entre as células (entre as lacunas e condrócitos?). Forma o nosso primeiro esqueleto e formação dos ossos longos.
Tipo mais frequente encontrado no corpo.
Forma o primeiro esqueleto do embrião.
Constituída por 40% de fibrilas colágenas tipo II associadas a proteoglicanas muito hidratadas e glicoproteínas adesivas (condroitina).
Onde se encontra: parede das fossas nasais, traquéia, brônquios, extremidade ventral das costelas, superfície articular do osso longo.
Artrose: degenerção da hialina em cartilagens. A hialina possibilita o deslocamento dos ossos.
- Cartilagem elástica:
Colágeno Tipo II e fibras elásticas (elemento característico) em maiorr teor.
Menos sujeita a processos degenerativos
Possui pericôndrio
Função: elasticidade e flexibilidade
Onde se encontra: orelha, laringe, epiglote, ouvido externo e interno.
- Cartilagem fibrosa:
É resistente a trações e por isso o material entre as células será colágeno do tipo I
Fibrocartilagem: amortece os impactos impedindo que uma vértebra bate na outra.
Fibras colágenas espessas tipo I (principalmente) e tipo II
Não possui pericôndrio
Não tem crescimento aposicional
A partir dos pondrócitos, essas células (fibrocartilagem) vai passar por divisão e levar ao crescimento.
Onde se encontra: disco invertebral, locais de inserção dos ossos e sínfise pubiana (cartilagem forte na hora do parto).
Tecido Ósseo
É o mais resistente e duro, constitui o esqueleto. É mais duro porque o material entre as céljulas é calcificado (íons).
Extremamente vascularizado.
Revestido pelas seguintes membranas envoltórias:
- Periósteo (parte externa)
- Endósteo (parte interna)
O tecido ósseo é um tecido conjuntivo com propriedades especiais.
Funções:
1 - Mecânica: sustentação, locomoção, movimento, proteção.
2 - Metabólica: armazenamento e controle de íons (principalmente cálcio e fosfato)
O material entre as células do tecido ósseo armazena íons (cálcio e fosfato).
Tipos de células:
- Osteogênicas: deu origem ao tecido ósseo. São células indiferenciadas
- Osteoblastos: podem ser ativos (sintetiza - cubóides) ou em repouso (achatados). Fazem a síntese do material entre o tecido ósseo. Tambem produz parte da matriz óssea, sintetiza matriz orgânica (colágeno tipo I), proteoglicanas e glicoproteínas.
- Osteóide: produz a parte orgânica. Matriz óssea não calcificada (células jovens) recém formada por osteoblastos.
- Osteócitos: células maduras que já vão estar calcificadas. São achatados, localizados no interior das lacunas na matriz óssea. Tem pouca quantidade de RE rugoso, Golgi pequeno, porém ativos. Também possuem prolongamentos que atravessam os canalículos (fluxo intercelular). Retiram do sangue nutrientes (ex: cálcio) essenciais para manutenção da matriz. A manutenção das células que estão entre o tecido ósseo para que continuem calcificadas dependem dos osteócitos. Essa manutençaõ é feita pelas osteócitos.
- Osteoclastos: células jovens?? Retira o excesso de tecido ósseo. São células gigantes e multinucleadas (tem mais de um núcleo por célula). Tem como função reabsorção óssea (liberação de Ca2+). Retira o excesso do tecido ósseo e manda cálcio para o sangue.
A matriz orgânica passa para inorgânica quando os feixes de colágenos são substituídos por íons. Ou seja, armazenamento de íons (proteínas).
Matriz Orgânica (viva):
- 95% de fibras colágenas (I);
- aparece primeiro e depois é mineralizada
Matriz Inorgânica (morta):
- cálcio e fosfato --> cristais de hidroxiapatita --> depositado nas regiões lacunares do colágeno (estimulado pela fosfoproteína).
Osteoporose: hiperatividade de osteoclastos: sintetiza a membrana orgânica (matriz protéica).
Tecido Nervoso
Constituintes:
- Material Intercelular
- Células:
Neurônios (excitáveis): recebem, interpretam e respondem à estímulos sensoriais (impulsos nervosos).
Células da neuróglia (cola dos neurônios): células que ficam ao redor dos neurônios e que tem como função principal dar suporte metabólico aos neurônios.
A contração muscular depende do tecido nervoso. Existe material entre as células que são pequenos mais essenciais.
Tecido nervoso: controla.
Neurônios ou células nervosas
Componentes:
- corpo celular (pericárdio ou soma): é o local do neurônio onde tem intensa atividade metabólica e síntese de substâncias (proteínas). No caso dos neurônios, os RER formam aglomerados (manchas no corpo (citoplasma) dessa célula), essas manchas tem o nome de corpúsculo de nissl. Sempre apresenta núcleo (um único núcleo por célula) que fica no centro da célula. No corpo celular também tem várias ramificações. Centro trófico = intensa síntese de substâncias.
- dendritos: ramificações (prolongamentos) que saem do corpo celular. Função: captação de estímulos, onde os estímulos sensoriais são integrados e interpretados. As ramificações dos dendritos existem para intensificar sua função. Integram os axônios para interpretar os estímulos sensoriais. Capta os estímulos.
- axônios: o axônio é encontrado no corpo celular. Cone de implantação permite a implantação do axônio. Faz a integração e interpretação dos estímulos sensoriais. Função: transmissão dos I. N.
(transfere os estímulos sensoriais).
O neurônio comunica com neurônios e outras células. Os neurônios são células permanentes.