quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ciclo II - Módulo I - Patologia (Parte II)

MORTE GERAL

Morte: parada completa, definitiva e irreversível dos processos metabólicos, das funções orgânicas e das atividades vitais. A morte pode afetar parcial ou totalmente o organismo:

Morte Cerebral, Geral ou Somática ou Clínica: afetando o indivíduo como um todo

Morte celular programada ou apoptose: afetando células individualizadamente

Morte celular acidental ou morte tissular ou necrose: afetando células ou grupo de células.

Na parte 1 o que vimos são lesões reversíveis e agora estamos vendo as lesões irreversíveis (morte).


A morte de um ser humano é a morte encefálica ou somática.

O coração vive 30 minutos sem oxigênio já os neurônios apenas 3 minutos.

A autólise é a autodestruição celular por ativação das lisozimas em decorrência da falta de nutrientes e O2. É a desorganização progressiva até a desintegração completa.

Existem dois tipos de morte celular que ocorrem enquanto estamos vivos:


NECROSE e APOPTOSE


NECROSE

Infarto, cárie, úlcera são exemplos de necrose.

Necrose é o "ponto final" das alterações celulares - morte celular. É um tipo de morte acidental sempre patológica. A célula estava bem mas por algum motivo ela morre. Ex: passou de três minutos com falta de oxigênio nos neurônios, os lisossomos se rompem e as enzimas digestivas digeri toda a célula, as organelas saem da célula.

Sendo uma consequencia comum de inflamações, de processos degenerativos e infiltrativos e de muitas alterações circulatórias.


É o resultado de uma injuria celular irreversível.


Esse rompimento se chama LISE (ruptura). Quando as organelas saem da célula, quando as células morrem, as células de defesa fazem a resposta inflamatória (inflamação).

Cada tipo de célula vive um tempo:
- células da pele: dias
- céluas de defesa: 3 horas
- células de neurônios: 3 minutos

Quando as enzimas (fosfolipaze, proteinaze) dos lisossomos se rompem, começam a quebrar a membrana plasmática. VER FIGURA NA SEGUNDA PÁGINA

No acúmulo de triglicérides, a célula vai perdendo a função e rompe a membrana plasmática. Ex: esteatose --> necrose --> cirrose

Necrobiose: é um termo que não é mais utilizado e que significa morte celular em indivíduos vivos.


TECIDOS DUROS

Exemplos:

Dentes:
Tipo de necrose dos dentes: cárie (por bactéria). Limpa e coloca a massa no local da necrose. Canal -> morte do dente
Abturação --> uma parte do dente.

No osso: osteaporose



INFARTO

Necrose por falta de fluxo sanguíneo arterial.

Fígado: necrose porque houve obstrução de uma artéria (diminui corrente sanguínea, diminui O2...)

SNC: quando a necrose ocorre no SNC chama-se MALÁCIA
Os lisossomos digerem a bainha de mielina, acumulam líquidos (pus) resto de células mortas.
Neste caso, também faltou fluxo sanguíneo (AVE).

Tecido Epitelial de Revestimento
Pele e mucosas (intestino, estômago, útero). Quando rompe apenas o TER é chamado de EROSÃO. Lembrando que o tecido conjuntivo é rico em vasos sanguíneos.



Estômago

Se a morte celular é apenas no TER é EROSÃO mas quando atinge também o tecido conjuntivo é chamado de ULCERA. A ulcera pode acontecer em qualquer tecido de revestimento. Onde tem tecido epitelial de revestimento e tecido conjuntivo. Ver mais sobre ulcera em tipos de necrose.




TIPOS DE NECROSE:

Classificação morfológica do tecido morto (ex: rim)
PEGAR O DA AULA PRÁTICA


1) Necrose de coagulação
PPT:
- Preservação do contorno básico da célula coagulada por pelo menos alguns dias
- o aumento do ácido intracelular desnatura as proteínas estruturais e enzimáticas bloqueia a proteólise da célula
- o processo de necrose coagulatia é característico da morte hipóxica, em todos os tecidos das células, exceto no cérebro.

Exemplos: infarto do miocárdio, necrose focal da placenta bovina na brucelose e necrose papilar.

Se coagulam

Fígado: mais rosado porque o pH está baixo.
Consigo ver a sua arquitetura por causa da coagulação.


2) Necrose caseosa
PPT
- Estrutura semelhante a um queijo branco fresco
- Apresenta-se como:
* massa amorfa e esbranquiçada
* sem brilho e consistência pastosa friável e seca
* é frequentemente em focos de infecções crônicas (tuberculose bovina)

A cronicidade e a presença de lipídeos especiais impedem a resolução e liquefação do tecido

Histologicamente apresenta "debris" granular amorfo composto de células fragmentadas, as vezes, com calcificações e bordo inflamatório delimitado.


Ex: pulmão - tuberculose
Onde tem a bactéria as células morrem. As células de defesa vão lá para se defender e acabam lesando também o tecido.
Causas:
- infecção bacteriana
Características:
- partes brancas

Ex: linfócitos
Não dá para identificar o tecido.
Não consigo ver a arquitetura do tecido.



3) Necrose liquifativa
PPT
- resulta da ação de enzimas lisossômicas-líticas
- com dissolução enzimática rápida e total do tecido morto
- Há prevalência da autólise que favorece a desnaturação das proteínas
- é característica de infecções bacterianas focais que levam a formação de pús com liberação das enzimas proteolíticas
- por agentes que evocam reação inflamatória supurativa
- quando localizado é denominado abscesso


Quando encontra líquido (pus) no local que está com necrose no tecido.
Pus = placa bacteriana. Quando localiza-se no órgão chama-se de abcesso (o pus está composto / enclausurado em uma membrana - cápsula dentro do órgão).

A necrose liquefativa é encontrada principalmente no tecido nervoso que é rico em lipídeos e pobre em proteínas apresenta pouca capacidade de coagulação o que facilita a sua liquefação e amolecimento, mas ocorre também na supra renal, mucosa gástrica, e em tecido inflamado. O cérebro responde a injúria anóxica e tóxica intensa e com digestão enzimática rápida e formação de focos de dissolução tecidual conhecidos como MALÁCIA.

Necrose óssea - resulta da morte das células ósseas por interferência do fluxo sanguineo arterial ou venoso.


4) Necrose hemorrágica
PPT
Causa principal: hipóxia. Ocorre na área de infarto onde a necrose de coagulação é inundada por sangue.

Presença de sangue na área morta. Lembrar de quando vai "capar" o porco.


5) Necrose enzimática das gorduras
PPT
- É uma forma de necrose do tecido adiposo na qual a gordura é desdobrada pela ação de lipases pancreáticas.

Mecanismos:
* Os ácidos graxos liberados se combinam com o cálcio para produzir áreas brancas saponificadas.
* Ocorre no tecido perpancreático (pancreatite aguda), no tecido gorduroso da glândula mamária.

Gordura digerida e calcificada naquela área. Fica ligada ao cálcio naquele local. Parece com um pingo de vela.


6) Necrose gomosa
PPT
- Características macroscópicas: variam conforme o tipo morfológico da necrose. Como características comuns, podemos ter:
* diminuição da consistência e elasticidade (devido à lise dos constituintes celulares), perfuração da cápsula ou mesmo nas alças intestinais, que quando suspendidas se rompem não suportando seu próprio peso.



7) Úlcera de decubito (pressão)


O osso faz a pressão sobre o tecido conjuntio na cama e forma a úlcera. Tem que ter movimento e alimentação para ter fluxo sanguíneo.

No Diabetes também leva a diminuição do fluxo sanguíneo.


Tem que avaliar o estado nutricional e doenças também.


A úlcera tem vários estágios (do estágio I até IV e por último a escara (tecnicamente é quando o tecido morto se solta do tecido vivo).


E o sequestro é quando ao redor de uma área necrosada existem células de defesa.



8) Úlceras gástricas

Ocorre por má digestão do suco gástrico. O suco gástrico corrompe e penetra o TER e TC. Se o lisossomo sai ele também começa a digerir as células da vizinhança. Até que as células de defesa cheguem no local para fagocitar. Quando libera suco gástrico e não tem o que digerir, o suco começa a digerir o muco, o TER, TC e tecido muscular.

Causas:
- alimentação inadequada
- tipos de substâncias administradas
- bactérias que ingerem o muco (helicobacter pylori ou H. pylori) induz gastrite (inflamação)

Sempre uma úlcera tem gastrite. A gastrite (inflamação) leva a uma úlcera. O suco gástrico pode perfurar a parede do estômago e o suco vai estravasar.




PPT


- Alterações na coloração e aspecto geral:
* aumento da palidez e opacidade, determinando uma coloração mais brancacenta ou acinzentada, típica da necrose de coagulação, vista nos infartos brancos ou isquêmicos;
* escurecimento do órgão, quando este por ocasião da necrose estiver repelto de sangue - típica da necrose edematosa e hemorrágica, vista nos infartos vermelhos ou hemorrágicos.
* liquefação do tecido necrótico - típica da necrose coliquativa ou liquefativa, vista nas malácias do SNC, determinando a cavidade neoformada onde se alojará o pus;
* formação de massa brancacenta ou amarelada, pastosa, friável, lembrando a caseína do queijo - típica da necrose caseosa ou de caseificação, vista no centro dos granulomas causados pelo Mycobacterium tuberculosis e suas variedades (exceção: M.avium) na tuberculose;
* formação de pequenas massas esbranquiçadas, lembrando à "parafina derretida" em tecidos ricos em lipídes - típica da necrose enzimática das gorduras - esteatonecrose;
* formação de massa gomosa, compacta, "emborrachada" ou fluída, lembrando à "goma arábica" - típica da necrose gomosa, vista no centro dos granulomas vascularizados causados pelo treponema palidum, na sífilis.


Características microscópicas:
- alterações nucleares: redução de volume e aumento da basofilia, com homogeneização do núcleo;
- ruptura em vários fragmentos, e posterior desintegração em grupos amorfos com perda dos limites nucleares;
- dissolução da cromatina por hidrólise dos ácidos nucleicos gerando hipoacidez e redução da basofilia nuclear.

VER FIGURAS PPT



Etiologia das necroses:


- Todos os fatores relacionados às agressões, desde que a agressão seja letal podendo ser agrupadas em agentes físicos, químicos e biológicos:

1) Agenes físicos: ex - ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;

2) Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes etc.
3) Agentes biológicos: ex - infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc.


Esses agentes provocam o comprometimento dos níveis celulares de respiração aeróbica, de síntese protéica, de manutenção da integridade das membranas celulares e de manutenção da capacidade de multiplicação celular (RNA e DNA). A ação das causas sobre esses sistemas provoca a perda da homeostase celular de tal forma que a célula perde a sua vitalidade.

A necrose, assim, abrange alterações regressivas reversíveis que, em algum ponto e por algum estímulo desconhecido, passam a ser irreversíveis; instalada a irreversibilidade e a necrose propriamente dita, inicia-se o processo de desintegração celular.



Mecanismos:

Os agentes agressores produzem necrose por:

1) redução de energia

2) produção de radicais livres

3) ação de enzimas inibindo processos vitais

4) agressão direta a membrana da célula



Após a agressão seja por interferir com os sistemas de suprimento de energia ou por lesar as membranas celulares o efeito usual é a perda de controle de movimentação de íons através da membrana.



Consequências:

Dependem de:
- órgão afetado: quanto mais essencial à vida, mais graves as consequências;
- extensão da lesão: quanto maiores, mais graves as consequencias
- causas da necrose
* infarto extenso no baço - não compromete seriamente a vida do paciente
* qualquer necrose, de qualquer extensão, no encéfalo - hemiplegias, alterações neurológicas, e até mesmo a morte.



Evolução:


O tecido necrótico comporta-se como um corpo estranho (devido à liberação de antígenos escondidos), suscitando uma reação inflamatória na tentativa de eliminar a área necrosada
- absorção: se a área afetada for mínima. Fagocitose por macrófagos.
- drenagem: se a área for próxima às vias excretoras ou se ocorrer fistulação (ruptura e drenagem de abscessos / necrose coliquativa).
- cicatrização: proliferação libroblástica e substituição do parênquima necrótico por tecido conjuntivo fibroso.
- calcificação: comum na necrose caseosa
- encistamente ou sequestro: formação de pseudo-cistos, quando a área de necrose é ampla limitando a absorção. Comum nas malacias do SNC (onde as células responsáveis pela cicatrização - os astrócitos - ao contrário dos fibroblastos não são capazes de preencher extensas áreas perdidas. Nesse caso os astrócitos circunscrevem a área necrosada formando uma cápsula e ocorre então a formação de um cisto.


A necrose sempre afeta um grupo de células e sempre tem resposta inflamatória. (É sempre patológico - ruim). Ataca qualquer coisa que seja diferente do nosso organismo (resposta imune inata), lembrando que a resposta imune adaptativa é quando precisa de uma resposta específica. A desnutrição também leva a úlcera. O estado nutricional é muito importante.


Todas as necroses classificadas é pelo jeito que está apresentando.



APOPTOSE

Definição: afeta células individualmente e não tem resposta inflamatória. É fisiológica (durante o desenvolvimento embrionário).

- Ativação gênica
- Síntese de proteínas
- Fragmentado em pedaços e envolvidos com membrana.

A célula pode morrer por apoptose:

- via da mitocôndria

- quando uma substância se liga ao receptor de membrana que ela tem


Etiologia: viroses, hipertermia, isquemia, toxinas

Características:
- síntese e degradação de proteínas
- controle genético: genes pró e anti-apoptóticos
- processo rápido e individual
- papel oposto ao da mitose
- fisiológica ou patológica



Diferenças entre apoptose e necrose:

Indivíduos vivos:
Necrose
- afeta grupos de células
- resposta inflamatória
- patológica

Apoptose
- individual
- não tem resposta inflamatória
- fisiológica

Indivíduos mortos:
Autólise
Entra água na célula, os lisossomos saem e começa a digerir as células. E as bactérias se alimentam desses restos das células.

Ex: neurônio. Um neurônio que não faz sinapse
Uma área de gene (DNA) que controla a morte celular. Ele induz algumas enzimas "caspazes" para quebrarem as substâncias das células. Fragmentam os pedaços empacotando as organelas. E outras células fagocitam essas substâncias limpando os tecidos.

As células de defesa não atuam porque elas também estão sem oxigênio.

Outro exemplo: um coração que parou: para saber se foi autólise ou necrose percebe-se se tem resposta inflamatória.

Neurodenegerativa - Alzheimer. As células entram em apoptose porque é depositado uma placa que impede a sinalização entre os neurônios.


Morte Celular Programada atua na formação e manutenção tecidual durante toda a vida do indivíduo.


A apoptose pode ocorrer patologicamente
Deficiente nas hiperplasias, neoplasias, infecções virais (herpes, pox, adeno), autoimunidades (lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrite imuno-mediada, artrite reumatóide) e má formações congênitas.

Excessiva nas
atrofias

Encefalopatias nerudegenerativas
- Alzheimer, Parkinson, Esclerose lateral amiotrófica, Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis

Doenças imunossupressivas

- AIDS


Características morfológicas das células em apoptose:
- anoiquia, condensação do citoplasma, condensação nuclear, fragmentação nuclear, fragmentação celular.


GANGRENA (úlcera devoradora)
PPT


Conceito: é uma forma de evolução da necrose, resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado.

Classificação:


Gangrena Seca (mumificação)

Etiologia: Fisiológica no cordão umbilical; frio / congelamento; gesso e bandagens muito apertados

Características macroscópicas: ressecamento, endurecimento, esfriamento e "apergaminhamento" do órgão, com escurecimento. A reação inflamatória do tecido vivo adjacente é intensa e delimita uma linha de separação nítida entre o tecido sadio e a gangrena.


Gangrena Úmida (gangrena pútrida)


Ocorre em extremidades (pele, membros apendiculares, glândula mamária) e em vísceras internas. O importante é que haja fácil acesso de bactérias ao tecido necrótico.


Etiologia:

- nas extremidades ocorre em consequencia de isquemias graves, intensas e de rápida instalação, de maneira que o processo de necrose seja desencadeado sem que haja tempo para se desidratar o tecido em necrose;

- trombose (também chamados de "gangrena senil", determinando infartos de extremidades - consequencias de ateromas e varizes, nos membros inferiores - pode também evoluir para gangrena seca, dependendo da velocidade de instalação do processo);

- feridas traumáticas graves, infectadas (acidentes de transito, feridas de guerra, etc...);

- evolução de apendicites e colecistites graves;

- torções de alças intestinais e/ou trombose de artérias mesentéricas, produzindo necrose isquêmica de alças intestinais, liberando a proliferação descontrolada da flora bacteriana saprófita;

- evolução de pneumonias por aspiração de corpos estranhos;

- picada de cobra jararaca - veneno proteolítico tipo botrópico.




Características macroscópicas:


Aumento de volume (edema) e amolecimento progressivo (coliquação tecidual) com hemorragias e escurecimento (decomposição local da hemoglobina) do local. A ação das bactérias = odor extremamente fétido e a produção de grande quantidade de toxicas = toxemia grave - a morte do paciente.





Gangrena Gasosa


Gangrena enfizematosa, crepitante ou bolhosa - são causadas por bactérias anaeróbicas produtoras de gás (H2, CO2, CH4, NH3, SH2), de ácido butírico e de ácido acético. Enzimas proteolíticas produzidas degradam os tecidos tornando-os escuros, tumefeitos e crepitantes.


Etiologia: bactérias


Caracteríticas macroscópicas: tecidos escuros, tumefeitos e crepitantes.






ALTERAÇÃO DO INTERSTÍCIO

Existem doenças que ocorrem dentro das células e que ocorrem fora das células.
O tecido é composto de células e do meio interstício.

- Substância Fundamental Amorfa: são os proteoglicanos ou glicosaminoglicano ou mucopolissacarídeos ácidos/MPS Ac. O alto teor de carboidratos confere uma alta hidrofilia, facilitando a formação de Géis rígidos com carga negativa. (H2O + proteoglicanos + íons).
Proteoglicanos se liga ao sódio que se liga a H2O.

- Colágeno: representa 1/3 das proteínas totais, sendo composto de 33% de glicina, 13% de prolina e 9% de hidroxiprolina. É sintetizado pelos fibroblastos, condroblastos e osteoblastos. Os vários tipos são, em geral, responsáveis pela resistência.

- Elastina: a reunião de aminoácidos hidrófobos (valina, glicina, alanina, prolina) com a Lisina (que formará a bainha hidrófila). Ela é sintetizada pelos fibroblastos e por fibras musculares lisas, responsáveis pela elasticidade (tipo borracha).

O MEC é constituído então de:
- Substância Fundamental Amorfa
- Proteínas fibrilares (colágeno, elastina)
- Proteínas globulares

As células ficam fixas por causa dessas proteínas de adesão que se ligam nessas proteínas globulares.




Acúmulo de Substâncias fora da célula

Exemplos:
- Excesso de colágeno: o tecido fica muito rígido (FIBROSE)
- Acúmulo de fibra elástica: fibra elastose. No coração por exemplo ele vai dilatar muito tendo alterações funcionais.
- Excesso de H2O: edema




Carência de Substâncias fora da célula
Exemplos:

- Falta de colágeno: ressecamento (vitamina c forma o colágeno). O colágeno dá resistência. Se falta, o tecido fica com pouca resistência.

- Falta de fibra elástica: rugas



DOENÇAS CAUSADAS NA MATRIZ EXTRACELULAR REFERENTE AOS VASOS SANGUINEOS




Relembrando:

Vasos sanguíneos: veias e artérias

Tem parede resistente porque o sangue passa com uma certa pressão e então precisa ser resistente para não se romper (artéria).

Quando o vaso diminui de tamanho, a camada vai ficando mais fina (veia).

Lembrar:
altéria diminui até virar capilares
veia dos capilares até veia...


OLHAR DIREITINHO EM FISIOLOGIA


Camadas dos vasos sanguineos:


Parede dos vasos:

Tecido epitelial de revestimento (células endoteliais) e depois o tecido conjuntivo formam a camada íntima.

A outra camada é de células musculares que permitem a contração e relaxamento para o vaso aumentar ou diminuir de tamanho. Formam a segunda camada: camada média.

Por último a camada adventícia.


1) ARTERIOSCLEROSE

Grupo de processos que tem em comum o espessamento da parede e a diminuição da elasticidade vascular.

Ocorre na artéria. Sempre vai acumular alguma coisa na parede do vaso (na camada íntima, média ou adventícia) diminuindo a sua elasticidade.

Classificação:

- Aterosclerose
Acúmulo de gordura (colesterol LDL) na camada íntima do vaso. Sempre abaixo das células endoteliais - não está em contato direto com o sangue. Ocorre em artérias grandes e médias.

- Asteriosclerose de Monckeberg
Acúmulo de cálcio na camada média do vaso. Ocorre em artérias pequenas.

- Arteriolosclerose

Na camada íntima das arteríolas:

- Hialina: colágeno

- Hiperplásica: células musculares


1.1 - Aterosclerose ou Ateromatose
Doença de progressão lenta, de início precoce, cuja característica é o atemora - depósito circunscrito de lípides na camada íntima, formando uma placa fibrogordurosa focal e elevada, afetando artérias grandes e médias (principalmente as coronárias, as cerebrais, a orta, o tronco braquicefálico e as ilíacas.


As células endoteliais recobrem internamente os vasos, separam o sangue, fazem a cobertura do vaso protegendo o nosso corpo.

É uma doença de progressão lenta. É desde a infância. São anos de depósito.

Consequência do órgão: diminuição do fluxo sanguíneo (isquemia).

Só sabe quando tem algum problema.


Fatores de risco:
- dieta hiperlipídica e obesidade:
- hipertensão arterial;
- doenças metabólicas (diabete melito, hipotereoidismo, etc...);
- tabagismo;
- idade;
- tensão emocional (stress).
- hipercolesterolemia (relação LDL/HDL alta, ie LDL>70% e HDL<25%)> as células de defesa migram para fagocitar o colesterol que entrou. Com isso, já que sempre terá uma resposta inflamatória, vai somente aumentando. Por isso é uma doença inflamatória crônica --> vai aumentando de tamanho e diminuindo o vaso.

O maior caso é na artéria abdominal. Porque é um local de bifurcação. Aumenta a probabilidade.

As células da camada média também vai para o local fazer fagocitose e fazendo aumentar ainda mais a luz do vaso.

As células endoteliais podem deixar a gordura vasar --> forma coágulo dentro do vaso (TROMBOSE).


Patogenia:
- células endoteliais lesadas
- permite a entrada de colesterol
- macrófagos fagocitam o colesterol
- acumula-se
- células musculares da camada média vão para o local fagocitar
- algumas células musculares morrem
- mais resposta inflamatória
- depósito de uma cápsula formando uma parede nessa região (placa aterosclerótica - microfibrilosa - fibrogordurosa). É uma placa de tecido conjuntivo.



ATEROMA = mingau
PLACA ATEROSCLERÓTICA: células, MEC, lipídios extracelulares e intracelulares

Centro Necrótico = restos celulares, cristais de colesterol, células espumosas, cálcio.
Capsula de tecido conjuntivo, células musculares, placa fibrosa, macrófagos.


Características Macroscópicas:
"estrias gordurosas" elevadas na superfície.
Placas arredondadas, ovais ou irregulares (tipo "mapa geográfico")


Características Microscópicas:
- acúmulo progresso de lípides nas células mioíntimas e ao longo das fibras elásticas da limitante elástica interna.
- fibroplasia com o envolvimento da massa gordurosa e das células esponjosas por uma capa conjuntiva vascularizada.
- os grandes ateromas tem a limitante elástica interna destruída, com infiltração e compressão ateromatosa na camada média que se hipotrofia (perda de fibras elásticas e musculares e fibrose). Na adventícia ocorre fibrosamento e infiltração linfocitária.


Consequências:


- infarto do miocárdio
- infarto cerebral
- aneurismas da aorta
- doença vascular periférica (gangrena nas pernas)
- lesões isquêmicas nos tecidos

Diminuição do fluxo sanguíneo:

Aneurismo: o sangue passa, dilata a parede do vaso e não consegue voltar. A parede do vaso fica fraca porque perde a elasticidade.


Complicações:


- calcificações distróficas
- hemorragias internas, dentro do próprio ateroma, com distenção e aumento de volume da placa ateromatosa, a ruptura de aneurismas
- trombose, devido a modificação do fluxo e à descamação de células endoteliais com exposição do colágeno subendotelial, o que permite adesão e agregação plaquetária. Como evolução poderá advir isquemia, hipotrofia ou mesmo infarto.
- embolização do trombo ou mesmo da placa ateromatosa (ulceração endotelial com derrame de detritos ateromatosos na circulação)
- aneurisma

Embolo: quando a placa libera a gordura para o sangue

1.2 - Esclerose calcificante da média de MONCKEBERG ou Calcinose da média ou ainda arteriosclerose de Monckeberg

Doença senil cuja característica é o endurecimento das artérias musculares (ou distribuidoras ou de pequeno e médio calibre), devido à uma calcificação da túnica média (muscular).

Não se sabe a etiologia e nem a patogenia. Acredita-se que tem alguma coisa causando o aumento da contração e dilatação fazedo com que tenha necrose nas células.

Ocorre em pessoas mais idosas.

Artérias mais frequentemente afetadas: femoral, tibial, genitais e coronárias.

Ocorre calcificações anulares ou em placa, que a palpação lembram "traqueia de passarinho", ou então quando mais intensa, um tubo calcificado rígido.

O endotélio pode estar um pouco deformado, mas permanece intacto a maior parte das vezes. A luz vascular, assim como as túnicas íntima e adventícia, não estão afetadass, donde o pequeno significado clínico desta alteração.


Diminui ou não a luz do vaso, depende do local e de proporção. Pode causar ou não isquemia. VER NO POWER POINT em quais artérias pode acontecer.


1.3 - Arteriosclerose

Espessamento da parede de pequenas artérias ou arteríolas, devido à proliferação fibromuscular ou endotelial, geralmente associadas à hipertensão arterial.

Tipos:

Hialina --> espessamento homogêneo hialino das paredes arteríolares com mudança no aspecto estrutural e estreitamento da luz do vaso - rins, pâncreas, vesícula biliar, adrenais e mesentério. ocorre espessamento irregular da membrana basal causado pela deposição de material PAS positivo e colagenização da íntima. É a característica morfológica da nefroesclerose benígna (estreitamento arteriolar, isquemia renal difusa. Encontrado frequentemente em diabéticos e em idosos com hipertensão benigna. Diminui a luz do vaso.

A hialinose arteriolar ocorre por filtração de proteínas do plasma através do endotélio. Não é exclusivo de nenhuma doença, sendo observada em arteríolas de indivíduos normais com o avançar da idade, especialmente nas arteríolas do baço. Contudo, ocorre de forma mais precoce e intensa na hipertensão arterial e no diabetes mellitus. No rim, afeta especialmente as arteríolas aferentes glomerulares. Admite-se que a pressão arterial elevada gradualmente lesa as células endoteliais, alterando sua permeabilidade.

- Hipertensão controlada

Hiperplásica --> espessamento em lâminas concêntricas das paredes arteriolares com estreitamento progressivo da luz do vaso. A membrana basal mostra espessamento com proliferação das células mioíntimas e deposição de material fibrinóide e necrose aguda da parede de vasos. É rara, encontrada na hipertensão maligna. É grave. Patogenia obscura. Os sítios mais comuns são os vasos do tecido adiposo. Deixa a parede mais rígida mais em compensação diminui a luz do vaso.

- Hipertensão não controlada.


GOTA ÚRICA

(dor nas articulações)

Etiologia: deposição de cristais de ácido úrico nos tecidos conjuntivos e membranas serosas, afetando principalmente as articulações (gota articular), pleura e/ou peritonio e túbulos renais da região papilar, onde o pH baixo favorece a cristalização.

Adenina (DNA e RNA) e guanina cataboliza o ácido úrico que é excretado pelos rins.

Hiperuricemio = aumento do ácido úrico

O ácido úrico em excesso acumula-se nas articulações, pois o pH das articulações é baixo. O depósito de ácido úrico nas articulações causa ..... e gera a artrite.

A deposição de ácido úrico, degrada a articulação.

Gota Urica então acumula ácido úrico (cristais de urato de sódio) nas articulações, pode causar cálculos renais e também artrite. (Acomete mais homens de 30 a 50 anos). Inicia-se com ataques agudos de artrite que regridem espontaneanamente ou com medicação. Se não tratada, progride a fase crônica, em que deposição permanente de cristais na forma de tofos destrói as articulações.

Gota aguda: tem início súbito como uma artrite aguda, a articulação fica inflamada (inchada, quente e vermelha). Há febre e lecucocitose. O ataque pode ser desencadeado por excesso alimentares ou bebidas, ou não ter causa aparente. Há preferência por articulações distais (pés, tornozelos, joelhos, mãos, punhos, cotovelos) devido à menor temperatura destas (facilita precipitação dos cristais). Mecanismos do ataque agudo: precipitação de cristais de urato no líquido sinovial e tecidos periarticulares, na vigência de hiperuricemia. Os cristais provocam afluxo de neutrófilos que, na tentativa de fagoctiá-los, liberam enzimas proteolíticas e radicais livres, dando origem aos sinais inflamatórios. Também há ativação do complemento.

Gota Crônica: com o tempo, após vários ataques e remissões, vão-se formando insidiosamente depósitos de uratos, chamados tofos, que não são acompanhados de sinais inflamatórios. Gradualmente vão lesando as superfícies articulares, dando dor e rigidez. As articulações mais acometidas são as distais. Microscopicamente, observa-se reação inflamatória crônica inespecífica ou granulomatosa. Há forte tendência ao desenvolvimento de cálculos renais. Acompanha o indivíduo a longa data.


Associada a alimentação ingestão de carnes (proteínas) --> material genético (núcleo DNA e RNA) e também ao consumo de cerveja.


Etiopatogenia

- distúrbios na metabolização e eliminação dos catabólitos das purinas - ácido úrico;

- retenção de uratos - nas nefropatias crônicas;

- dietas hiperprotéicas (predisposição).


Patogênese da gota

É relacionada ao metabolismo das purinas e seu principal derivado, o ácido úrico.

O excesso de ácido úrico nos líquidos intersticiais é chamado hiperuricemia e a gota é sua principal consequência. Mais de 10% da população tem hiperuricemia, mas só 0,5% tem gota clínica.

Metabolismo das purinas e do ácido úrico e patogênese da gota
- O ácido úrico resulta do catabolismo das purinas (adenina e guanina), e é a única via de excreção das mesmas, que se dá pela urina.
- As purinas necessárias a síntese de ácidos nucléicos (RNA e DNA) são produzidas



O ácido úrico -------


Dieta rica em núcleo, carne, vísceras, carne bovina, couve-flor, feijão, leveduras usadas na fermentação.


Exemplos de alimentos pobres em purinas: ovos, leite e queijo.



Patogenia


Aumento do ácido úrico


- alimentação excessiva


- problemas renais - não excreta

EXERCÍCIOS

Caso 1
Dor no estomago pouco intensa sem radiação, sensação de peso no estomago, queimação que aparece 1 hora apos alimentar-se. A dor persiste por 15 a 20 dias


1-Etiologia:
Helicobnacter Pylori

2-Patogenia da úlcera:
A bactéria h. Pylori digere o muco que protege as células da parede do estomago contra o suco gástrico ( ação das enzimas digestivas)
As enzimas do suco gástrico liberam lisossomos que lisam a membrana da célula do tecido da parede do estômago – libera lisossomos que digerem as células da vizinhança causando a necrose que atinge o tecido epitelial e conjuntivo por isso se chama úlcera

3- Alterações macro e microscópicas
Macro – lesão escavada na parede gástrica circundada por reação ou área inflamatória, avermelhada ao redor com perda tecidual
Micro – perda de tecido epitelial de revestimento e conjuntivo, células sem núcleo. Presença de células inflamatórias.

Caso 2

Paciente Diabético com dor intensa e persistente no membro inferior que desenvolveu um tipo de gangrena

1- Classifique essa gangrena:
Gangrena seca

2- Descreva a etiologia e patogenia:
Etiologia: Diabetes Mellitus
Patogenia: A diminuição do fluxo sanguíneo causou a diminuição da chegada de nutrientes e oxigênio para a célula. Com isso ocorreu a diminuição da síntese de ATP(Mitocôndria), diminuiu a síntese de proteínas e fosfolipídios, que enfraqueceu a membrana plasmática da célula causando a LISE da célula ou a morte celular.
-Diminui ATP
-Diminui Função da Bomba de Na e K
- aumenta o Na na célula que atrai H2O, os lisossomos se rompem liberando enzimas digestivas que LISAM a célula.
Na área que sofreu necrose ocorre a ação de uma agente externo ( meio ambiente) desidratando o tecido necrosado, caracterizando e evoluindo para uma gangrena seca

3 – Alterações macroscópicas:
Ressecamento e escurecimento do tecido. Avermelhamento ao redor de onde tem células vivas – da resposta inflamatória.


Caso 3
Paciente com mal de Alzheimer , diminuição do encéfalo e do números de neurônios

1- Classifique este tipo de morte celular e descreva sua principais características
Morte celular: Apoptose
Característica:
- necessita de ativação gênica
-Gasto de ATP
- Síntese de proteínas ( Caspases)
-Fragmentação celular em pedaços apoptóticos envolvidos por membrana
-Não gera resposta inflamatória
- É geralmente fisiológico mas neste caso é patológico
- Os corpos apoptóticos são fagocitados por células da vizinhança.

2 – Descreva as alterações microscópicas
As células se encontram fragmentadas e envoltos pela membrana gerando corpos apoptóticos.. Contração das células e afastamento das células da vizinhança.


Caso 4
Paciente apresentando uma placa de ateroma na artéria coronária sofreu um infarto agudo. O paciente tem história clínica de Hipertensão. Na parede do ventrículo esquerdo pode-se observar uma hipertrofia. A área do infarto está circundada por uma área hiperêmica que representa a resposta inflamatória.

1-Qual a provável etiologia da aterosclerose deste paciente?
Hipertensão arterial

2-Descreva a patogenia da Aterosclerose: A hipertensão arterial lesa as células endoteliais, estas se contraem permitindo a passagem do colesterol para a camada íntima do vaso. O colesterol é oxidado e inicia uma resposta inflamatória. Ocorre a migração de macrófagos para a cama intima para fago citar o LDL transformando-se em células espumosas, migram também células musculares e algumas delas necrosam. \ocorre a evolução da placa com deposição de um tecido conjuntivo ao redor do ateroma gerando uma placa fibrogordurosa.

3-Liste 4 fatores de risco para aterosclerose:
Hipertensão arterial
Tabagismo
Obesidade
dieta hiperlipídica
diabetes

4-Descreva macro e microscopicamente a estrutura básica da placa aterosclerótica:
Macro: elevação e alteração de cor
Micro: Colesterol na matriz extracelular, células de defesa cheias de colesterol, células musculares cheias de colesterol, ocorre na camada intima do vaso aumentando a espessura da camada íntima

5-Qual a etiologia do Infarto:
Aterosclerose

6 – Descreva a patogenia do infarto neste caso:
Devido a placa fibrogordurosa, ocorre diminuição do fluxo sanguíneo; Diminui síntese de ATP,aumenta a quantidade de Ca, Ativa enzimas líticas que lessa as células, ocorre enfraquecimento de Membarna Plasmática da célula causando a LISE da célula ou a morte celular.



Caso 5

Paciente apresentando dor nas articulações dos dedos do pé. Exames apresentam uma hiperuricemia e também uma disfunção renal.

1-Qual a etiologia da gota neste caso?
Disfunção Renal

2-Qual a patogenia?
Devido a disfunção renal, acumulo de ácido úrico ( hiperuricemia). Esse ácido úrico em excesso foi depositado nas articulações dos dedos dos pés gerando uma resposta inflamatória.
A disfunção renal diminuiu a excreção do ácido úrico e causou hiperuricemia.
Podem ocorrer ataques agudos da doença pois a articulação está inflamada, com o tempo a articulação será destruída pela deposição de ácido úrico que irão forma os tofos botosos.



RESUMO DA MATÉRIA

Morte Celular:

Perda irreversível das atividades integradas da célula com consequente incapacidade de manutenção de seus mecanismos de homeostasia, ou seja, de equilíbrio da célula com o seu meio.

A sequência de fenômenos que ocorrem após a morte celular denominamos necrose celular. A necrose pode ocorrer pela atuação de enzimas próprias (autólise) ou de enzimas extracelulares de macrófagos e leucócitos que vão para o local da morte.

A autodestruição ativa de células ou grupos de células é a apoptose.


Apoptose:

- Condensação do núcelo e citoplasma

- Fragmentação do núcleo e célula (corpos apoptóticos) com fagocitose dessa célula por uma adjacente ou macrófago.

- Ocorrem então alterações na membrana plasmática que permitem o reconhecimento dessa célula necrótica por células fagocíticas.


Necrose:

Causas da Necrose:

Hipóxia (O2 baixo): anemias, envenenamento, insuficiência cardiorespiratória

Anoxia (O2 ausente): afogamento e pré-parto

Isquemia (falta de circulação): trombos, êmbolos, aterosclerose

Radicais livres

Agentes físicos

Agentes químicos

Agentes biológicos


Tipos de Necrose:

1 - Coagulação

2 - Liquefação

3 - Caseosa

4 - Gordurosa

5 - Gomosa

6 - Hemorrágica

7 - Fibrinóide

8 - Gangrenosa


1 - Coagulação ou isquêmica

É o mais comum. A área morta é microscopicamente amarela pálida, sem bilho, de limites mais ou menos precisos e de forma irregular ou triangular. Está presente em infartos, Também em queimaduras e lesões por ácidos e bases fortes. De líquido passa para sólido (perda de água).

É desfeito por heterólise e os restos das céluolas são fagocitadas por macrófagos (monócitos).

Tem a preservação da forma celular básica permitindo o reconhecimento da arquitetura do tecido (diagnóstico do órgão).


2 - Liquefação

A área necrótica é mole. Resulta da ação de enzimas hidrolíticas poderosas. Tem prevalência de autólise e heterólise. É característico da destruição pela isquemia do tecido cerebral que é pobre em proteínas facilitando seu amolecimento (necrose liquefativa por autólise).

Outro é de bactérias: enzimas de bactérias, de células mortas e dos leucócitos que contribuem para a digstão proteolítica liquefativa do tecido lesado (necrose liquefativa por heterólise) = pus (reação inflamatória - muitos leucócitos).


3 - Caseosa

Massa do queijo branco (fresco) = massa amorfa, esbranquiçada, sem brilho, pastoso, friável e seca.

É a soma da necrose de coagulação + liquefação. Marca registrada da tuberculose.

Microscopicamente: massa eosinofílica com restos nucleares fragmentados --> aparência suja. Aglomerado de material granular amorfo.

Tipo especial de inflamação onde tem macrófagos especiais (células epitelióides).


4 - Gordurosa ou estratonecrose

Ocorre no tecido adiposo. Resulta de:

- ação lítica de enzimas pancreáticas (necrose gordurosa enzimática). É o resultado da inflamação aguda do pâncreas = pancreatite aguda ou de tumores do pâncreas. Enzimas causam necrose dos tecidos gordurosos peripancreáticos e da cavidade abdominal e do próprio pâncreas.

- consequência da agressão mecânica traumática no tecido gorduroso (necrose gordurosa traumática). É fagocitado por macrófagos e células gigantes --> aparece tecido cictricial. As células godurosas podem ser rodeadas por uma zona de inflamação.

Características microscópicas: pingos de vela ou depósitos de giz branco.

Características macroscópicas: depósitos amorfos, esbranquiçados, consistência dura e cor basofílica.


5 - Hemorrágica

Grande quantidade de sangue no local. Denominação macro.

Ex: pulmão: quando um ramo da artéria é obstruído (trombose). Preserva os contornos estruturais ms a área isquêmica é invadida por sangue. Fígado: o sangue está estagnado. Cérebro: após uma hemorragia (é uma necrose hemorrágica e também isquêmica).

Pode ocorrer também quando a drenagem venosa é comprometida.


6 - Gomosa

É mais rara de se ver. Encontra-se na sífilis (goma sifilítica). A área necrótica apresenta-se compacta, uniforme e elástica, como uma goma, isto é, uma borracha, ou mais raramente fluída, viscosa.

O que necrosa neste caso é o tecido inflamado (rico em vasos, tecido conjuntivo, plasmócito e linfócitos). Esses componentes dão uma consistência firme e borrachosa.


7 - Fibrinóide

Tipo especial de necrose. Muito significado clínico. Pode aparecer em hipertensão arterial maligna e lupus. É representada por alteração granular, eosinofílica na parede vascular.


8 - Gangrena

Evolução da coagulação

Isquemia + liquefação (bactérias e leucócitos)

Membros inferiores --> trombose

Coagulação; pele, músculos (bactérias e inflamação)

N0 rim: diabéticos. O processo inflamatório dificulta a nutrição da papila renal, que morre por isquemia.


Gangrena úmida: gangrena infectada

Gangrena seca: gangrena não infectada


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