terça-feira, 6 de abril de 2010

Ciclo II - Módulo I - Microbiologia (Parte II)

VIRUS


Virion = partícula viral

Vírus são acelulares, não são células.

Se utiliza do metabolismo das células. Não gasta energia porque não tem metabolismo, gasta energia da célula.

Parasitas Intracelulares Obrigatórios: porque necessitam de células virais hospedeiras para a sua multiplicação.

Vírus é a capacidade que eles tem de invadir o nosso organismo. São parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, precisa de uma célula para estar se multiplicando. Quando um vírus entra em uma célula, ele vai se multiplicando e depois a célula se rompe e ele procura outra para continuar a se multiplicar.

Bactérias = Mm

Vírus: não é possível visualizar através do microscópio óptico, apenas no microscópio eletrônico (nm)

Experiências para ver como o vírus se espalha. Viu-se que é através do líquido.

Os vírus tem vários tamanhos mas todos na faixa de namômetro (nm). Existem n tipos de vírus. Cada tipo com um formato específico.

Os vírus são partículas simples e pequenas compostas por:



Estrutura:

- Genoma Viral (DNA ou RNA)

- Capsídio: conjunto de unidades protéicas (propriedades antigênicas), essas unidades protéicas são os capsômeros.

- Envoltório ou Envelope (alguns vírus não apresentam). Nem todos apresentam envoltório. Existem os vírus envelopados e não envelopados.



1 - Genoma Viral

Nunca terá o DNA e RNA, sempre um ou o outro. O DNA e RNA pode ser dupla fita ou simples fita.

Ou seja, alguns vírus possuem apenas: genoma e capsídio (conjunto de capsômeros).

Função do genoma viral: proteção do material genético, genoma.



2 - Envoltório ou Envelope

É uma camada lipídica constituída por lipídios, proteínas e carboidratos

Essas proteínas são estruturas de reconhecimento para receptores que estão no tecido alvo do vírus.

Proteínas = antígenos virais.

Vírus da gripe (é envelopado) = células do trato respiratório

Vírus da hepatite = células do fígado

O que faz reconhecer o tipo do vírus é o envelope ou envoltório.

A vacina pode ser injetada com o vírus morto.



Viabilidades diferentes:

Os vírus envelopados duram mais em ambiente úmido, em uma unidade com água e dura menos em ambiente seco.

No sangue é um e nas fezes outra.



Tipos de vírus:

Existem para todas as espécies:

- Bacteriófagos: para bactérias

- Micovírus: para fungos


Influenza (gripe) --> RNA (não é retrovírus)
HIV --> RNA (retrovírus) porque tem a enzima transcriptase reversa



Infecção viral

Ocorre quando um genoma viral é introduzido em uma célula hospedeira.



Multiplicação dos vírus

O vírus é um tecido dependente porque ele precisa de um receptor de algum tecido. Que o tecido tenha receptor para aquele vírus.

Multiplicam-se dentro de células vivas usando a maquinaria de síntese das células (metabolismo).

O fato de se multiplicarem através

Etapas da Multiplicação Viral:



Ciclo Lítico


1) Adsorção: é quando o vírus se adere à célula do hospedeiro.

Fixação do vírus à célula hospedeira.

O vírus se conecta à receptores da célula. O vírus da gripe é envelopado.


2) Penetração: entrada do vírus na célula hospedeiro.

Quando se conecta à sinalização celular para que a membrana da célula envolva o vírus. O vírus será endocicado pela célula hospedeira. Quando ele entra, o vírus se desfaz do envelope (se for envelopado) arrebenta o capsídio e libera o genoma dentro da célula hospedeira. Faz uma sinápse de proteína, entra no núcleo e então o genoma da célula vai funcionar e será feito para produzir partículas virais para o vírus.


3) Biossíntese: expressão do genoma viral.

Biossíntese da partícula viral na forma de proteínas (forma o capsídio), lipídios, carboidratos. Formando o envelope.


4) Maturação: montagem das partículas virais.


5) Liberação: saída do vírus da célula hospedeira.

Podem sair lesando ou arrebentando a célula liberando suas partículas.

Vai depender da infecção viral para a célula se recuperar ou não. A célula pode se arrebentar.

Na herpes a célula hospedeira não morre mas, outros casos podem ocorrer.

O vírus da herpes é um caso. Pode ser adquirido ao longo da vida e pode ser infectado ou não. Esse vírus mora no nervo trigêmio. Fica numa forma circularizada. Se o sistema imunológico está baixo, ele sai circulando e vai nas células epiteliais. E tem um tipo de herpes que fica no nervo da coluna.


Então, no CICLO LÍTICO o vírus produz partículas e depois arrebenta a célula.




Ciclo Lisogênico


Quando o vírus está parado, em repouso.

Ex: do herpes parado na célula do nervo trigêmio.


AIDS --> quando o vírus está no ciclo lisogênico só tem HIV e quando entra no ciclo lítico aí tem AIDS.


No caso do ciclo lisogênico, o vírus do HIV fica na célula mas não se multiplica. Ele duplica com a célula mas não produz partículas virais.




Vírus Complexos

Ex: bacteriófago: infeta bactérias.

O vírus encontra a bactéria, se liga nela, e então injeta o genoma dele dentro da bactéria. Entra apenas o genoma. Incorpora o genoma dele na bactéria e quando essa bactéria se duplica ela duplica o genoma do vírus também.

Funcionam como enzimas reconhecendo apenas um grupo de um tipo específico de bactérias.

São as perninhas do vírus que fazem com que esse vírus sejam reconhecidos pelas células bacterianas.

Resumo: No ciclo lisogênico ele injeta o seu DNA na bactéria, se une ao DNA viral, a bactéria não fica doente mas quando reproduz, o que for produzido sai infectado. No ciclo lítico o DNA viral se solta do DNA traduzido produzindo proteínas virais que se une no material genético viral gerando muitas novas cópias do vírus que se rompem da célula. Ela cria o seu próprio DNA.


Bacteriófago: capsídio, bainha e fibra de placa (perninhas do vírus ou da bactéria)?


Vírus da AIDS tem uma enzima que se chama transcriptase reversa. Nesse caso, a enzima faz a transferência de RNA para DNA. Ou seja, faz uma transcrição ao contrário já que a transcrição é a transformação do DNA em RNA.


Assim o vírus infecta os linfócitos T e CD4 (células de defesa)


AIDS (retrovírus) possui RNA como material genético e a enzima que permite ao RNA transcrever uma molécula de DNA e incorporá-la na célula hospedeira. O DNA formado controla a síntese de novos RNA's formando novos vírus. A célula se reproduz em dois e os vírus se multiplicam em milhares até esgotar o material celular provocando a morte da célula e esses vírus abandonam a célula e se espalham em outras células por todo o nosso organismo. Com a destruição dos linfócitos o sistema imunológico é destruído e pode adquirir infecções comuns.


Observações:


O capsídio e o envelope funcionar como proteção ao vírus.


Menos unidades, menos viabilidade.


Infecção viral ocorre quando um genoma viral é introduzido em uma célula hospedeira.



Vírus H1N1 - Vírus de RNA:

neuroaminidase (N1), hemaglutima (H1), capsídio

O hemaglutina faz a conexão do vírus à célula (forma o endossomo)

O neuroaminidase desconecta ´


Cultivo do vírus (virus = tecidos dependentes)



Doenças Emergentes

- Doenças que podem estar surgindo ou retomando sua incidência. Ex: H1N1, tuberculose, rotavírus

Doença infecciosa emergente
“uma doença infecciosa clinicamente distinta, que tenha sido recentemente reconhecida, ou uma doença infecciosa conhecida cuja incidência esteja aumentando em um dado lugar ou entre uma população específica”

“Estes exemplos incluem algumas doenças que têm sido conhecidas por décadas, mas que tenham reemergido em novas áreas geográficas e/ou em formas novas, mais letais ou resistentes às drogas”


Rotavírus - 1973

Ebola - 1977 depois em 2003

HIV - 1983

Influenza aviária - 1997 e depois em 2004

Víbrio Cholerae - 1992

Surto no nordeste em 92. Uso de vinagre na água, abaixo o pH e inviabiliza o vibrião colérico



Fatores que contribuem para o surgimento das doenças virais:

- Alterações ecológicas

- comportamento (sexual, uso de drogas)

- viagens aéreas

- produção de alimentos em larga escala

- uso indiscriminado de antibacterianos

- condições sanitárias



SARS - Síndrome Respiratória Aguda Severa = Coronavírus


Viabilidade em superfície: 48 horas

Viablilidade em fezes diarréicas: 96 horas

Transmissão: contato, gotículas, aerossóis, fecal oral.

Evolução clínica: insuficiência respiratória progressiva.



HANTAVIROSE: Sindrome pulmonar e febre hemorrágica com Síndrome Renal

Síndrome pulmonar (HPS) e febre hemorrágica com síndrome renal (HFRS )

Transmitido pela urina, fezes e saliva de camundongos e ratos pelo processo de aerosolização

Não apresenta transmissão pessoa-pessoa

Vírus viável no ambiente por 2 a 3 dias



Ebola

Febre hemorrágica

Transmissão: pessoa-pessoa, aerossóis, secreções

Sintomas: febres, dores de cabeça, dores musculares, olhos vermelhos, vômito, diarréia, hemorragia interna/externa



Prions


Partícula infectiva. Proteína que muda de conformação e se torna infectiva. Ex: síndrome da vaca louca.


Prions = enafalites espongiformes


Presente na carne e ossos de animais

Se uma proteína prion anormal penetra em uma célula, modifica uma proteína prion normal para uma anormal, que agora pode modificar outra normal, resultando num acúmulo de proteínas anormais.



Outros problemas emergentes:


- Doenças de tranmissão alimentar

- Novos perfis de resistência em bactérias

- Tuberculose multiresistente



Os vírus são sujeitos a variações genéticas devido à:

- mutações que o vírus sofre
- recombinações virais: duas influenzas se juntam formando um tipo de vírus (nova versão de influenza). Ave + homem --> vírus da gripe suína.

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