INTRODUÇÃO
- Hipócrates (460-370 A.C)
- Pedanios Dioscórides (60 A.C.; De materia medica), médico dos exércitos de Nero.
- Anti-histamínicos - 1938 --> reações alérgicas
- Penicilina - 1940 --> antibacteriano (antibiótico)
- Ansiolíticos, hipnóticos (benzodiazepínicos) - 1950 --> ansiedade
- Antidepressivos - 1980 (fluocetina)--> depressão
Toda substância simples ou composta capaz de produzir alterações de natureza fisiológicas e bioquímicas, benéficas ou maléficas.
qualquer substância química empregada num organismo vivo, visando-se obter efeitos benéficos. Todo medicamento é uma droga, porém nem toda droga é um medicamento.
- Remédio
Todo agente que cura. O medicamento é um remédio, mas banho de sol, massagens, dietas são remédios e não medicamentos.
- Farmacodinâmica
Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos (mecanismo de ação). É o que o fármaco (o medicamento) faz com o organismo. O medicamento atua durante o tempo que está sendo absorvido.
- Farmacocinética
Estudo dos fenômenos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. É o que o organismo faz com o fármaco.
Medicamento:
Absorção
Distribuição
Biotransformação: transformação química que ocorre no fígado
Excreção: o medicamento é excretado pela urina.
- Farmacognosia
- Farmacologia clínica
É o estudo da avaliação da segurança e eficácia dos fármacos nos animais.
- Farmacoterapêutica
Refere-se ao uso de medicamento para o tratamento e prevenção das enfermidades.
Terapêutica é a mais abrngente, envolvendo o uso de medicamentos e outros meios como cirurgias, radiações, dietas, exercícios e etc...
Não apenas os agentes terapêuticos, mas também os agentes tóxicos (venenos, poluentes, pesticidas), ou seja substâncias que provocam efeitos nocivos ao organismo.
São os efeitos colaterais.
Todo medicamento provoca um dano.
- Placebo (questão de prova)
Formulação ou substância que não contém o princípio ativo.
Placebo é o nome dado a qualquer medicamento administrado mais para agradar do que beneficiar o paciente. O placebo pode ser eficaz porque pode reduzir a ansiedade do paciente, revertendo assim uma série de respostas orgânicas que dificultam a cura espontânea.
Quanto à finalidade:
- Sintomáticos: combatem apenas os sintomas (virus) produzidos pela enfermidade. Ex:antitérmicos, analgésicos.
- Diagnósticos: auxiliam a realização de um procedimento diagnóstico. Ex: contrastes radiológicos. Medicamento para dar contraste.
Quanto ao mecanismo de ação:
Como os medicamentos funcionam?
- Etiológicos: eliminam o agente etiológico. Ex: antiparasitários (prova).
Atua no agente.
- Fisiopatológicos: estimulam ações fisiológicas quando elas se mostram deficientes. Ex: diuréticos e cardiotônicos.
Problema fisiológico que é corrigido pelo medicamento.
ICC --> insuficiência cardíaca congestiva
Depressão
- De reposição: repõem determinadas perdas do organismo. Ex: solução fisiológica. Ex: desidratação --> água; Falta de cálcio --> mais cálcio.
Quanto ao tipo de preparação:
- Oficinais: são aquelas encontradas em uma farmacopéia; são formulações definidas, consagradas pelo uso, possuindo denominação fixa. Ex: tintura de iodo, elixir paregórico. Consagrado pelo uso.
- Magistrais (manipulado): medicamento onde o clínico elabora a fórmula e a prepara ou manda aviar numa farmácia de manipulação. A qualidade dos produtos é inferior. Pode ter erro humano para dosar os componentes dos medicamentos.
- Especialidade farmacêuticas ou de referência: produtos comerciais fornecidos pela indústria farmacêutica, cujas fórmulas são aprovadas e registradas em órgãos governamentais. Medicamento de referência. Da indústria farmacêutica. Laboratórios de referência. É como montar um carro. Cada empresa fornece uma parte do medicamento --> princípio ativo e etc...
Na especialidade farmacêutica tem os produtos de melhor qualidade. Tem controle de qualidade e é fiscalizado.
- Similares: o similar não tem a mesma qualidade. O que precisa para compor o medicamento também compra dos mais baratos. A diferença é a matéria prima que é utilizada que não é certificada.
- Genéricos: é a mesma coisa do de referência (especialidade farmacêutica). Tem controle de qualidade e tudo só que não tem marketing e nem nome comercial.
- Fisioterápicos: extraídos de plantas
Quanto a constituição:
- Simples: constituídos somente por princípio ativo mais veículo. Constituído por apenas 1 princípio ativo.
- Composto: além da base e do veículo, tem outros componentes, que pode ser:
1) intermediário: melhora a solubilidade da base no veículo. Ex: iodeto de potássio na tintura de iodo;
2) adjuvante: auxilia de alguma maneira o efeito terapêutico da base principal. Ex: DMSO;
3) corretivo: corrige o gosto ou odor desagradável;
4) excipiente: dá corpo à base, aumentado seu volume.
Quanto à natureza:
De acordo com a sua origem, os medicamentos pode ser animais, vegetais, minerais, sintéticos ou semi-sintéticos. Podem ainda ser classificados em alopáticos e homeopáticos.
III - APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
LÍQUIDAS
É absorvida mais rapidamente
Soluções: mistura homogêneas do soluto (base) com o solvente (veículo)
Suspensões: misturas heterogêneas entre soluto e solvente, sendo que o primeiro se deposita no fundo da solução, necessitando homogeinização. Não se mistura. Tem que homogenizar antes, misturar, balançar.
Emulsões: substâncias oleosas dispersas em meio aquoso: idem suspensões.
Xaropes: soluções aquosas onde o açucar em altas concentrações é utilizado como corretivo.
Elixires: forma em que entra álcool com veículo, glicerina e xarope.
Loções: solução aquosa ou alcoólicas para uso tópico.
SÓLIDAS
Comprimidos: mistura do princípio ativo, aglutinante e excipiente prensados mecanicamente. Como os comprimidos são ácidos, eles são absorvidos em meio ácido - estômago. O uso constante pode levar a uma gastrite.
Drágeas: similares aos comprimidos, mas com revestimento gelatinoso que protege o princípio ativo do pH estomacal, odor ou sabor desagradável. Tem um revestimento para tirar o gosto desagradável. Se protege do pH do estômago chegando ao intestino.
Cápsulas: o medicamento, geralmente de forma sólida, é colocado dentro de um envoltório gelatinoso. Será absorvido pelo fígado.
Supositório: apresentação semi-sólidas para uso retal. É mais rápido porque não é absorvido pelo fígado e por isso não sofre alterações.
Óvulo: apresentação semi-sólida para uso ginecológico.
PASTOSAS
Pomada ou unguento: o princípio ativo é misturado com substâncias gordurosas (vaselina, lanolina) ou resinosas (unguento). Ex: hipoglós.
Creme: semelhante à pomada, porém é feita uma emulsão, na qual se substitui a substância gordurosa por óleo.
Sistemas de liberação lenta:
Anticoncepcional (adesivos)
Adesivo para tratamento contra o fumo
Tem os implantes também anticoncepcionais duração de 3 a 5 anos.
LIPOSSOMAS
Possui um tipo de estrutura que reconhece o local da lesão. É usado hoje para a leishmaniose.
FARMACOCINÉTICA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Absorção:
Sair de onde foi administrado e alcançar a circulação sanguínea. É a passagem do fármaco do local em que foi administrado para a circulação sistêmica. Constitui-se do transporte da substância através das membranas biológicas. Tratando-se da via de administração intavenosa, não se deve considerar a absorção, uma vez que, neste caso, o fármaco é administrado diretamente na corrente sangüínea.
Alguns fatores influenciam a absorção, tais como: características físico-quimicas da droga, veículo utilizado na formulação, perfusão sangüínea no local de absorção, área de absorção à qual o fármaco é exposto, via de administração, forma farmacêutica, entre outros.
As principais vias de administração de fármacos são: via oral (a mais usada), via intravenosa, via intramuscular, via subcutânea, via retal. Cada uma dessas vias possui características próprias, que influenciam na absorção.
Após a absorção do fármaco, um fração deste geralmente se liga a proteínas plasmáticas (principalmente a albumina) ou proteínas de tecidos, formando um complexo reversível. A outra fração circula livremente pelo fluido biológico. É importante frisar que apenas a porção livre, dissolvida no plasma, é farmacologicamente ativa. O complexo proteína-fármaco atua como um reservatório do fármaco no sangue. Esta relação droga ligada/ droga livre é definida por um equilíbrio. A ligação protéica geralmente é inespecífica, variando de acordo com a afinidade do fármaco pela proteína. Desse fato é que se explica o deslocamento de um fármaco por outro de maior afinidade pela proteina.
Distribuição: corrente sanguinea.
É a passagem que ocorre da corrente sanguínea para líquido intersticial e intracelular, essa passagem pode ser afetada por fatores fisiológicos e pelas propriedades físico-quimicas da substância, isso ocorre porque substâncias menos lipossolúveis têm mais dificuldade de atravessar as membranas biológicas, com isso acaba sofrendo restrições na distribuição. O contrário ocorre a substâncias muito lipossolúveis, que podem até acumular em tecidos adiposos o que prolonga a permanência do fármaco no organismo, além disso, a ligação com as proteínas pode alterar a distribuição do fármaco e limitar o acesso a locais de ação intracelular. Órgão com boa perfusão recebem a maior quantidade de fármaco.
Depois de absorvido pela corrente sangüínea, o medicamento circula rapidamente pelo corpo, porque o tempo de circulação do sangue é, em média, de 1 minuto. Mas a substância pode mover-se lentamente da corrente sangüínea até os tecidos do corpo.
Em geral, os medicamentos solúveis em gordura (lipossolúveis) atravessam as membranas celulares com mais rapidez que os medicamentos solúveis em água (hidrossolúveis).
Biotransformação: fígado.
Submete o fármaco a reações químicas, geralmente mediadas por enzimas, que o convertem em um composto diferente do originalmente administrado. Os fármacos mais lipossoluveis necessitam ser transformados antes da excreção. A biotransformação se processa principalmente no fígado e consiste em carregar eletricamente o fármaco para que, ao passar pelos túbulos renais, não seja reabsorvido.
Esse processo geralmente inativa o fármaco, pois, além de modificar pontos fundamentais de sua estrutura, diminui a possibilidade de que chege aos tecidos suscetíveis. A biotransformação é, para esses fármacos, sinômimo de eliminação. Algumas vezes, entretanto, originam-se metabólitos ativos ou até mais ativos que o fármaco administrado, então denominado pró-fármaco.
Alguns fármacos podem influenciar a biotransformação (propria e de outros fármacos lipossulúveis), diminuindo-a (inibidores metabólicos) ou aumentando-a (estimuladores metabólicos). No primeiro caso haverá maior permanência do fármaco ativo, com eventual aumento de toxidade, principalmente durante administração crônica.
Com a indução enzimática, acelera-se a biotransformação, acarretando redução em intensidade e duração da resposta farmacológica.
A duração do efeito terapéutico pode exceder a meia-vida de fármacos que gera metabólitos ativos. No caso de pró-fármacos, precursores sem atividade farmacológica ou que atingem o plasma em quantidades muitos pequenas, os metabólitos ativos são os responsáveis pela atividade farmacológica.
O fígado ainda é capaz de excretar ativamente fármacos por meio da bile para o lúmen intestinal, onde podem ser reabsorvidos pelo circuito êntero-hepático ou excretados pelas fezes. A reintrodução de composto ativo na circulação sistêmica pode prolongar os efeitos farmacológicos. Por essa via se excretam fármacos de alto peso molecular, os muito polares e aqueles que são ativamente englobados em micelas se de sais biliares, colesterol e fosfolipídios.
Eliminação: rins.
Os fármacos são reconhecidos como substâncias estranhas ao organismo, devendo ser eliminados após exercer sues seus efeitos terapêuticos. Os principais processos que determinam o fim de efeito dos fármacos são biotransformação hepática e excreção renal.
Excluindo-se o pulmão os órgãos excretores eliminam os compostos polarizados mais eficientemente que as substâncias com alta lipossolubilidade, assim os fármacos lipossolúveis não são prontamente eliminados até serem biotransformados em compostos mais polarizados.
A biotransformação contribui muito para eliminação final de fármacos do organismo. Poucas substâncias ativas são eliminadas quase totalmente inalteradas pelos rins. Alguns fármacos são excretados via bile; outros, particularmente substâncias voláteis, são excretados com a expiração. Contudo, para maioria dos fármacos a excreção é feita via renal.
Administração à distância: absorção e distribuição. Tem que ser suficiente para ser administrado, absorvido, passar pela corrente sanguinea, para então chegar no loca. Se vai ser oral ou injetável, depende do caso.
Dose adequada: quantidade suficiente para atingir o sítio de ação. A concentração do fármaco: fluxo sanguineo, capacidade de difusão, ligação à proteínas plasmáticas.
O tratamento por medicamentos implica a introdução de uma substância no corpo (administração), para que chegue até a corrente sanguínea (absorção) e seja transportada até onde é necessária (distribuição). A substância deixa o corpo (eliminação) pela urina ou pela conversão em outra substância.
ADMINISTRAÇÃO
Os medicamentos podem ser administrados por diversas vias: pela boca (oral); por injeção em uma veia (intravenosa) ou em um músculo (intramuscular) ou sob a pele (subcutânea); inseridos no reto (retal); instilados no olho (ocular); borrifados dentro do nariz (nasal) ou dentro da boca (inalação); aplicados à pele para efeito local (tópica) ou sistêmico (transdérmica). Cada via tem finalidades, vantagens e desvantagens específicas.
CLASSIFICAÇÃO
Categorias
- Enteral: oral e retal - TGI (Trato Gastro Intestinal)
- Parenteral: fora do TGI (injeção nos músculos, na veia e subcutâneas)
- Percutânea: através da pele, olhos e nariz
TGI - TRATO GASTRO INTESTINAL
1 - Via oral Não ocorre 100% da absorção Horas para o pico máximo Absorção
Os medicamentos administrados por via oral são absorvidos pelo trato gastrointestinal. A absorção começa na boca e no estômago, mas ocorre principalmente no intestino delgado. Para chegar à circulação geral, o medicamento precisa primeiramente atravessar a parede intestinal e, em seguida, o fígado. A parede intestinal e o fígado alteram quimicamente (metabolizam) muitos medicamentos, diminuindo a quantidade absorvida. Em contraposição, os medicamentos injetados por via intravenosa chegam à circulação geral sem atravessar a parede intestinal e o fígado, e assim oferecem uma resposta mais rápida e consistente.
As outras vias geralmente são reservadas para situações em que o paciente não pode ingerir nada pela boca, em que o medicamento deve ser administrado rapidamente ou em dose muito precisa ou quando a droga é absorvida de forma deficiente e errática.
Intestino: 1/3 inicial no intestino delgado porque ele é ricamente irrigado e com vilosidades e é mais extenso o que o estômago. As vilosidades e microvilosidades aumentam a absorção do intestino e então absorve o medicamento. Precisa de algumas horas. Se for muscular é mais rápido.
Estômago: absorção pp de medicamento de natureza ácida (ex: penicilina)
Tempo de latência: vazio, cheio, água, carboidratos e outros. Se estiver com o estômago vazio a absorção será mais rápida do que com o estômago cheio. Porque senão o medicamento compete com o alimento para chegar nas microvilosidades. Maior absorção se o estômago estiver vazio.
Biodisponibilidade: as soluções são mais rápidas do que a suspensão, a suspensão mais rápida do que as cápsulas, as cápsulas mais rápidas do que os comprimidos e os comprimidos mais rápidos do que as drágeas.
Sonda nasogástrica: é um tubo de cloreto de polivinila (PVC) que, quando prescrito pelo médico para drenagem ou alimentação por sonda, deve ser tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago.
Vantagens:
- facilidade
- Não é necessário assepsia (higiene para injetar o medicamento)
Desvantagens: - possibilidade de irritação --> vômitos e diarréias - destruição de medicamentos pelos sulcos digestivos ou biotransformação no fígado --> natureza protéica - impossibilidade de aplicação em pacientes com vômitos e diarréias.
Medicamentos protéicos (insulina, hormônios de crescimento) que são proteínas vai ser desnaturada no estômago e então não terá efeito.
2 - Via Retal
Vantagens: - uso em pacientes com vômitos - menor destruição pelo fígado
Usa-se em pacientes em coma e em recém nascidos.
Desvantagens: - uso esporádico - absorção rápida (vasta irrigação) - formas farmacêuticas especiais (enemas, supositórios)
A administração por injeção (administração parenteral) compreende as vias subcutânea, intramuscular e intravenosa. No caso da via subcutânea, a agulha é inserida por baixo da pele. Depois de injetada, a droga chega aos pequenos vasos e é transportada pela corrente sangüínea. A via subcutânea é utilizada para muitos medicamentos protéicos, como a insulina, que poderiam ser digeridos no trato gastrointestinal se fossem tomados pela boca.
Vantagens:
- absorção mais rápida do que a via oral - organismo absorve praticamente 100% - poucos minutos para o pico máximo - maior correlação entre dose administrada e absorvida - boa via para pacientes com vômitos e diarréias
Desvantagens: - necessidade de assepsia (limpeza alcool 70%)
3 - Via Intramuscular (IM)
Vantagens: - ampla superfície de absorção e irrigação - poucas fibras sensitivas - absorção relativamente rápida: pico em torno de 30 min
Desvantagens: - possibilidade de lesar nervos - possibilidade de atingir vasos -> se puxar e vir sangue é vaso - necessidade de evitar soluções anisotônicas e irritantes, que podem provocar dor e edemas.
Nesse caso a agulha passa o epiderme, derme, tecido conjuntivo, músculo.
4 - Via sub-cutânea (SC)
- hipodérmica - agulha comprimento pequeno - evitar soluções anisotônicas (soluto diferente do sangue?) - absorção mais lenta do que a intramuscular - maior absorção: calor, massagem, vasodilatadores - menor absorção: vasoconstritores, formas especiais, soluções oleosas (menor miscivilidade)
Nesse caso a agulha passa o epiderme, derme e tecido celular subcutâneo.
5 - Intradêrmica
- usa-se processo de injeção ou escarificação
- volumes pequenos
- usos limitados: testes alérgicos e vacinações
Nesse caso, aplica na dermi.
6 - Intravenosa (IV)
Vantagens:
- efeito rápido e potente, sem necessidade de absorção porque já é colocado no sangue
- pode-se usar grandes volumes
- pode-se usar substâncias irritantes ou anisotônicas (gluconato de cálcio em tetania ou eclâmpsia). Porque não entra no tecido vai se misturar com o plasma
- usado em emergências (choque, toxemias, hemorragias)
- quando se deseja manter nível plasmático do fármaco (indução do parto com oxitocina)
Ex: anestesia geral e para retirar o sangue.
Desvantagens:
- superdosagem de difícil controle
- possibilidade de embolias (bolhas de ar, corpos estranhos, gotículas de óleo)
- possibilidade de ocorrer sobrecargas circulatórias.
- necessidade de forma farmacêutica apropriadas, que se misture com o sangue facilmente.
O óleo não se mistura com o sangue facilmente.
Esse caso, é injetado na veia.
- (saturação, especialidade, gasto energético);
- difusão facilitada
- transporte ativo
- difusão por poros
- endocitose e exocitose
- número que indica a margem de segurança do medicamento; quanto maior o número terapêutico, maior a margem de segurança. IDEAL >= 4
É uma comparação entre a quantidade de um agente terapêutico necessária para causar um efeito terapêutico e a quantidade que causa efeitos tóxico.
DE50 = dose efetiva 50%
A dose efetiva trata-se da quantidade de substância (em mg, g ou mL por Kg de peso corporal) que, em condições bem determinadas, produz um determinado efeito na metade de um grupo de animais de certa espécie. É a quantidade de medicação que produz resposta terapêutica em 50% das pessoas que a utilizam.
DE50 = DL50 = dose letal 50%
A dose letal é a dose calculada estatisticamente, em mg/Kg, de um determinado agente químico ou físico, necessária para matar 50% dos organismos vivos de uma população de animais, sob um conjunto de condições definidas. Os agentes químicos podem ser classificados, segundo cinco classes de toxicidade, de acordo com os valores de DL50.
IT = DL50 / DE50
Ex: tiopental --> anestesia geral. Se dosagem grande comprime o bulbo e a pessoa morre de parada respiratória.
Quanto maior for a distância da dose efetiva da dose letal mais seguro é o medicamento.
Em geral, os medicamentos solúveis
É a velocidade de absorção do fármaco a partir da forma farmacêutica de apresentação
BIOTRANSFORMAÇÃO
INTRODUÇÃO
É toda alteração química que os fármacos sofrem no organismo, geralmente por processos enzimáticos, visando favorecer sua eliminação.
A biotransformação é um mecanismo de defesa do organismo que acelera a eliminação de substâncias estranhas.
O principal local é o fígado, podendo ocorrer em outros tecidos, como:
- intestinos
- rins
- pulmões
- sangue
O fígado torna o medicamento mais hidrossolúvel e por isso ele será excretado porque tem mais dificuldade em atravessar a membrana (polar). Se tem problema no fígado ele pode não ativar algum medicamento e também não deixar o medicamento hidrossolúvel. Dessa forma, ele não será excretado e será reabsorvido. Quanto mais hidrossolúvel, nao será reabsorvido
O tylenol (paracetamol) é muito tóxico. Não pode tomar com intervalos menores do que 4 horas e nem em grandes quantidades.
Pró medicamentos:
Inativo -> torna-se ativo no fígado. Ex: losartana
Consequências:
- Término da ação do fármaco
- Formação de metabólico tóxico
- Modificação da ação
- Formação de pró-medicamentos
- Alteração do perfil farmacocinético
A presença de forma ativa do fármaco é essencial para se verificar o efeito terapêutico:
- a rápida metabolização acarreta redução de intensidade e duração;
- o retardamento demasiado pode ocasionar efeitos tóxicos ou colaterais.
Mecanismo:
- Durante a biotransformação aparecem metabólicos mais polares e mais hidrossolúveis, os quais são facilmente excretados pelos rins.
Fisiologicamente:
O metabolismo dos fármacos é geralmente dividido em dois tipos de reações, conhecidas como reações de Fase I e Fase II.
- O principal local é o fígado (pp pelo sistema citocromo P-450)
- Enzimas citocromo P450 proteínas do heme
- Propriedades redox (redução e oxidação) fundamentais para a sua ação
- 74 famílias genes 74 CYP
Exemplo:
Fígado -----> Citocromo P450 ------> enzimas (+ ou - 70 enzimas)
O P450 é o local com um número grande de enzimas que metabolizam o medicamento.
Algumas enzimas fazem a metabolização de + de um tipo de medicamento.
FASE I
- Reações de oxidação, redução ou hidrólise (quebra o medicamento com H2O.
- Os produtos são, geralmente, mais reativos quimicamente
Princípio do processo que é mais reativo para permitir a Fase II.
1) Introduzem grupos polares (OH, SH, COOH, NH2)
2) Permitem ao composto sofrer conjugação com substâncias endógenas:
- ac. glicurônico, acetato, sulfato, aminoácidos.
== hidrossolúveis (inativos)
FASE II
- Reação de conjugação
- Resulta em compostos inativos
Uni alguma coisa do organismo com o medicamento tornando-o polar, hidrossolúvel.
Ex: aspirina
1) Reações sintéticas (conjugação)
2) Podem ocorrer quando uma droga ou metabólico da fase I contenha um grupamento químico (OH, SH, COOH, NH2) e ficam disponíveis para combinar-se com um composto endógeno.
== metabólicos polares hidrossolúveis
A fase I e II no fígado.
INTEFERENCIA DE FÁRMACOS NAS ATIVIDADES ENZIMÁTICAS
Fármacos podem alterar as atividades enzimáticas (induzindo ou inibindo) podendo afetar a duração de ação de medicamentos. Existem dois meios:
Podem ocorrer dois processos relacionados à essa fase:
Alguns medicamentos podem aumentar ou diminuir o número de enzima que metabolizam eles.
1 - INDUÇÃO ENZIMÁTICA
Ocorre quando pacientes são previamente tratados com fármacos lipossolúveis que aceleram a biotransformação de outros fármacos lipossolúveis e a deles próprios, estimulando a síntese de enzimas microssômicas.
Ex: griseofulvina e varfarina
Entre estas drogas dotadas de propriedade indutora, podem-se citar:
Ex: epilepsia
Fenobarbitae ----> CYP3A (enzima). Aumentam muitas. Se tomar outro medicamento que precisa ser metabolizado pela CYP3A não fará efeito porque teve interação desses medicamentos (interfere a ação do outro).
Tanto para aumentar como diminuir pode ser pelo uso ou tipo de medicamento. Como consequência não haverá efeito do medicamento dois.
2 - INDUTORES E INIBIDORES SELETIVOS
INDUTORES
CYP3A: barbitúricos, rifampicina, glicocoticóides
CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19: rifampicina e carbamazepina (antiepiléptico)
INIBIDORES
CYP3A: cetoconazol, itraconazol, verapamil (antidisrítmico)
CYP2D6: quinidina (antidisrítmico)
FATORES QUE INFLUENCIAM NA BIOTRANSFORMAÇÃO DOS FÁRMACOS
Fatores internos constitucionais:
- Idade: recém-nascidos (o fígado não funciona corretamente) e em idosos ocorre diminuição da atividade metabolizadora. Neste caso as doses tem que ser dosadas.
- Peso: fármacos lipossolúveis: menor efeito em obesos do que em magros e fármacos hidrossolúveis: menor efeito em magros do que em obesos. No obeso o efeito é menor porque quando o medicamento é lipossolúvel se acumula no tecido adiposo.
- Sexo: relacionado a ação anabólica dos hormônios sexuais masculinos.
Fatores internos condicionais:
- Diminuição da atividade dos sistemas enzimáticos em pacientes desnutridos: glicose --> glicogênio --> tecido adiposo --> músculo (degrada proteínas = enzimas). Enzimas do fígado degradadas e por isso o fígado não fara a biotransformação normalmente.
- Temperatura corporal: maior temperatura = maior biotransformação
- Estado patológico: diversas condições patológicas alteram a biotransformação (hepatite, cirrose, outras). É necessário ajuste na pasologia para evitar efeitos tóxicos.
ELIMINAÇÃO PRÉ-SISTÊMICA (EPS)
EPS é um processo que consiste na captação e metabolização de um fármaco por um ou mais órgãos, antes de sua entrada na circulação geral.
O medicamento via oral vai direto para o fígado e por isso ocorre uma eliminação pré-sistêmica do medicamento por ser biotransformado antes do medicamento alcançar a corrente sanguínea.
Importância
O medicamento que é ativo no fígado, é melhor ser oral porque se for intravenosa vai demorar muito para fazer ação (dará uma volta até chegar no fígado).
Bile --> sai pelas fezes
Tem medicamentos que não sofrem transformações (Fase I e Fase II).
EPS envolve o fígado e se ele apresenta distúrbios --> diminui doses para prevenção de efeitos tóxicos.
EPS no fígado (ac. Acetilsalicílico), intestino (metildigoxina) ou ambos (isoproterenol):
- efeito menor por via oral do que intravenosa
- quando metabólico do fármaco é o princípio ativo, a administração oral pode ser mais eficaz ou mais tóxica do que intravenosa.
EPS HEPÁTICA
- localização estratégica, grande porte, fluxo sanguineo intenso e arquitetura ímpar.
EPS PULMONAR
- possui larga área de superfície. Fármacos administrados por via oral, intravenosa ou inalatória passam inicialmente pelos pulmões antes de atingir a circulação arterial.
EXCREÇÃO DE FÁRMACOS
- A maior parte das drogas são eliminadas por uma combinação de processos de biotransformação e de excreção.
- Esta pode ocorrer tanto na forma original do fármaco como na forma de seus metabólicos.
- A via renal é a mais importante, sendo que alguns fármacos são eliminados pela bile.
- As outras vias de eliminação são: glândulas salivares, sudoríparas, mamárias, pulmões.
Excreção renal
- Principal via de medicamentos altamente ionizados e com pouca lipossolubilidade
- Existem 3 processos básicos:
filtração glomerular
secreção
reabsorção tubulares ativas
- Clearence (depuração): Limpagem do organismo.
Volume de plasma que é completamente depurados pelos rins por unidade de tempo (mL/min). Ex: inulina.
- Insuficiência renal:
acúmulo de fármacos e outras substâncias que dependem dos rins para sua excreção.
Meia-vida (t1/2)
Tempo que o medicamento leva para reduzir a sua concentração à metade da concentração anterior. Ex do gráfico: de 1 em 1 hora é o tempo que levou para reduzir a concentração à metade da concentração anterior.