segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciclo II - Módulo I - Microbiologia (Parte III)

ESTUDOS DOS FUNGOS - MICOLOGIA


Seres vivos se dividem em:

Procariontes: monera (bactérias)

Eucariontes: protista, fungo, planta e animal

Fungos macroscópicos: cogumelos - alguns tem substâncias químicas alucinógenos. O corpo de frulificação serve para identificação.

Fungos microscópicos: colônias filamentosas e leveduras

Colônias de aspecto mucoso, não são bactérias, são mucosas.

Leveduras --> gran positivas

Colônias filamentosas recebe o nome de bolores. Ex. da laranja mofada que tem muitos esporos.


FUNGOS

Se dividem em: macro e microscópicos

Cada fungo filamentoso é observado através da estrutura reprodutiva. Cada tipo tem um nome.

Para se proteger do nosso sistema imunológico, o criptocorpus produz cápsula para evitar a fagocitose. Dá meningite. Produz melanina no cérebro e também dificulta o reconhecimento do sistema imunológico. Tanto a cápsula como a mielanina protege o criptocorpus.

Num aidético (paciente delimitado) as leveduras nem produzem cápsulas. Então tem que fazer num meio de cultura.



CARACTERÍSTICAS DOS FUNGOS

- Macroscópicos e microscópicos
- eucarióticos
- pluricelulares e unicelulares
- aclorofilados
- heterotróficos (lignina)
- aeróbios e anaeróbios facultativos
- nutrição por absorção (exoenzimas)
- habitat rico em matéria orgânica
- dimorfismo

- aclorofilados: não faz fotossíntese. O fungo não é planta porque não faz fotossíntese. Não tem pigmento para fazer a fotossíntese;
- heterotróficos (lignina): degradam a lignina, não produz o seu alimento através de substâncias simples e complexas. Eles pegam substâncias complexas e quebram;
- aeróbios e anaeróbios facultativos: crescem na presença ou não de oxigênio. Na falta de O2 também cresce usando outras substâncias;
- nutrição por absorção (exoenzimas): produz enzimas que são secretadas para fora dele. Essas enzimas degradam a substância em pedaços menores e aí sim essa substância pequena será absorvida pelo fungo;
- habitat rico em matéria orgânica: principalmente matéria orgânica em decomposição. Naftalina: evita o desenvolvimento de mofo (fungos);
- Dimorfismo: fungos patogênicos. Os que geram doenças podem apresentar as duas formas - leveduras ou filamentoso.
O fungo engana mais o nosso sistema imunológico porque quando invade o nosso tecido (37 graus) ele vira levedura e sob uma temperatura de 25 graus apresenta forma filamentosa. Ou seja, no nosso corpo é levedura e fora é filamentoso.
Ex: ESPOROTRIOOSE
fungo Sparathria Schenckii
Encontra-se em plantas. No ambiente (na roseira) é filamentoso e quando entra no corpo é levedura.

Os fungos se desenvolvem em meios de cultivos especiais, formam colônias que são classificadas em dois tipos principais, leveduriformes e filamentosas, que se diferenciam pela macromorfologia e micromorfologia.

Possui parede celular de quitina (a mesma substância da casca de insetos) ao invés de celulose.

Micro pode ser filamentosos (PLURICELULAR) ou leveduriformes (UNICELULAR)



FUNGOS FILAMENTOSOS: bolor e mofo

As colônias de fungos filamentosos podem ser granulares, cotonosas, aveludadas, pulverulentas, membranosas

Os fungos filamentosos são formados por hifas que podem se diferenciar pelo corpo de frutificação (estrutura reprodutiva). Ex do fungo do mamão. Quando tem o fungo num mamão, não pode tirar apenas a parte que está estragada porque o fungo pode estar enraizado no alimento e também pode liberar toxinas no alimento.

O seu talo consiste de hifas que podem ser contínuas ou interrompidas em intervalos irregulares por septos (septada) que dividem as hifas em células.

Um conjunto de hifas forma o micélio que pode ser vegetativo ou reprodutivo. A parte de cima é o micélio reprodutivo (está reproduzindo) e a de baixo micélio vegetativo. O micélio vegetativo absorve nutrientes.

Os fungos filamentosos demoram mais para se desenvolver, principalmente os patogênicos.


FUNGOS LEVEDURIFORMES: leveduras

- Crescimento e reprodução mais rápida
- Fermentações
- Pseudohifa

As colônias de leveduras são, em geral, de consistência cremosa de cor branca a creme, brilhantes ou opacas podendo apresentar às vezes coloração escura ou alaranjada.

As leveduras produzem células simples, arredondadas, ovais ou alongadas que se reproduzem quase sempre por brotamento.

Os fungos leveduriformes estão em meios diferentes, onde tem grande quantidade de açucar, onde cresce muitos fungos.

Criptococos (colônia marrom) --> melanina que protege da resposta imunológica.

* A grande maioria dos fungos filamentosos são aeróbios, e a levedura são anaeróbios facultativos (tanto faz ter ou não O2)

Leveduras: fermentações (panificação e bebidas). Gostam de açucar preferindo como habitat frutas, flores e cascas de árvores. Também participam da produção de mel, xaropes, formam filmes plásticos e produzem amilase.

As fermentações ocorrem justamente por serem aeróbicas ou anaeróbicas facultativas. Na ausência de oxigênio, elas fermentam os hidratos de carbono e produzem etanol e dióxido de carbono. E essa fermentação é usada na fabricação de bebidas e pães produzindo etanol nas bebidas fermentadas e dióxido de cabono para fermentar a massa do pão.

Reproduzem assexuadamente através da multiplicação por brotamento.


FUNGOS DIMÓRFICOS

Ocorrem na maioria das vezes em espécies patogênicas. O fungo pode crescer tanto na forma de levedura como filamentoso. Na forma de fungo filamentoso produz hifas aéreas e vegetativas, a forma de levedura se reproduz por brotamento. Em 37 graus é levedura e em 25 graus é filamentosa.


ESTRUTURA DA CÉLULA FÚNGICA:

- Aparelho de Golgi;
- REL e RER;
- Mitocôndrias;
- Ribossomos;
- Vacúolo: armazena substâncias de reserva;
- Parede celular (quitina, proteínas e lipídeos): estrutura rígida;
- Membrana citoplasmática: barreira semipermeável (erogsterol).

A diferença é que o fungo tem parede celular mas a membrana citoplasmática tem o ergosterol ao invés do colesterol. A estrutura química do ergosterol é bem semelhante ao colesterol só que a via de biossíntese para formá-los é diferente.

A grande maioria das drogas é trabalhada nessa questão (ergosterol) para tratar o fungo. Se liga no ergosterol e arrebenta a membrana do fungo após formar poros e ela morre. O problema é que o medicamento também se liga no colesterol. Então o medicamento ANFOTERICINA só pode ser aplicada no hospital para ser controlada (principalmente nos rins).

Outras drogas são mais fracas e o tratamento é mais fraco. Atuam na via de biossíntese do ergosterol e por isso não são tóxicas para nós.

Existem drogas que atuam na biossíntese da melanina.

A parede celular tem quitina (o mesmo dos insetos) deixa-a rígida.



OBSERVAÇÕES:

Os poros dos fungos podem apresentar estruturas abertas ou fechadas.

Lembrar do pão em cima da geladeira: a água do pão sai e o fungo cresce. Mesma história do mamão - o pão está cheio de fungos.

Se for leveduriformes estarão ovaladas e produzindo brotinhos = leveduras micelinada ovalada.

Quando a fermentação do vinho não é boa, vira vinagre.

Saccharomyces
Faz fermentação (pão)
No fermento biológico seco - retira a água
No fermento biológico úmido - tem água


Pseudohifa
Esfregasso vaginal. Ter levedura é normal. Para saber se tem candidíase tem que observar sua estrutura (pseudohifa) e também se está em maiores quantidades.

Células epiteliais coradas de rosa, bastiletes e leveduras.


REPRODUÇÃO DOS FUNGOS


Fissão binário: como nas células

Brotamento: uma célula gera outra --> reprodução de levedura

Esporulação: forma esporos --> leveduras e fungos filamentosos

Fragmentação de hifas: as hifas caem e criam outras: somente fungos filamentosos



IMPORTANCIA DOS FUNGOS


1) Ecológica (controle biológico): manipula o fungo. Modifica o DNA para:

- Controle de pragas: desenvolvimento de microorganismos (de fungos) para matar as pragas que degradam a actinase por ex. do carrapato e aí o carrapato morre.


2) Agrícola: deterioração de alimentos

Filme antifúngico para o alimento.

Tintas de parede com antifúngico


3) Industrial

- Cogumelos comestíveis

- Fermentações

Exemplo do queijo que o fungo não degrada, apenas dá o gosto para o queijo e do vinho que usa as leveduras


4) Médica

- Antibióticos

- Micotóxinas

- Micoses: doença gerada por fungo

Classificadas de acordo com o grau de envolvimento no tecido e modo de entrada no hospedeiro.

Micose - onicose: fungos destroem a unha, por isso elas começam a quebrar, tem que limpar tudo para passar remédio.

Os fungos produzem substâncias que destroem seus concorrentes. Ex: antibióticos que são produzidos por fungos.


Micoses

Superficiais: camadas externas - contato pela pele; os fungos não invadem.

cutâneas: contato pela pele. Provocam lesões na pele e unhas por ex.

Subcutâneas: contato pelo músculo (implantação traumática). Camadas mais internas da pele, fungos entram por traumatismo. Reações inflamatórias.

Sistêmicas: órgãos (inalação)
Via respiratória, atinge pulmões e outros órgãos. Micoses graves

Oportunistas: cândidas
Os fungos entram ou por inalação ou por implantação traumática.


Doença das manchas brancas

PTIRIASE VERSICOLOR

É uma levedura que fica na cabeça (é lipopítica) gosta de gordura. Prolifera no verão. O tratamento é na cabeça. Shampoo (triatopi da jonson)


Fungo no pelo: falta de higiene. Tanto na parte de dentro como de fora do pelo.


Fungo: ambiente quentinho e úmido


Dependendo pode ter numa lesão mais de um tipo de fungo.


A criança pode ter todo o TGI com candidíase que pegou da mãe durante o parto normal.


RESUMO:

Diferença dos fungos das plantas:
- não sintetizam clorifla
- não tem celulose na parede celular
- não armazenam amido

Semelhança dos fungos com as celulas animais:
- armazenam glicogênio
- presença de quitina na parede celular

Os fungos formam dois tipos de colônias:
Leveduriformes: pastosas ou cremosas. Formadas por microorganismos unicelulares. Cumprem funções vegetativas e reprodutivvas
Filamentosas: algodonosas e aveludadas. Formadas por elementos multicelulares - Hifas e micélio.



GD - MICOLOGIA

1 - Cite 5 características dos fungos
Eucaríoticos, macroscópicos e microscópicos, pluricelulares e unicelulares, aeróbios e anaeróbios facultativos, dimorfismo.

2 - Quais as condições ambientais que favorecem o desenvolvimento dos fungos?
Umidade, ambiente rico em matéria orgânica

3 - O que é dimorfismo em fungos?
Podem ser leveduriformes ou filamentosos, depende da temperatura

4 - Descreva os fungos filamentosos e os fungos leveduriformes
Filamentosos: são pluricelulares, apresentam hinfas hialinas, esporos fíngicos
Leveduriformes: são unicelulares, tem crescimento e reprodução mais rápido e possuem pseudohinfas, colônia mucóide.

5 - Em um exame genicológico ao realizar-se um esfregasso vaginal, que característica deve ser observada para ser diagnosticada a candidíase vaginal? Por que?
- Crescimento de leveduras aumentado.
- Característica de invasividade tecidual de pseudohinfas
Porque é uma resposta de que tem candidíase, devido a grande quantidade de pseudohinfas e um crescimento aumentado de leveduras.

6 - A anfotericina B é um dos principais agentes antifúngicos. Qual é o mecanismo de ação desta droga?
A anfotericina B (primeira droga de escolha) se liga na estrutura química do ergosterol da camada fúngica, que provoca poros na membrana da célula, fazendo o estravasamento do conteúdo celular e destruição dos fungos que acabam morrendo.

7 - Quais são os dois critérios empregados na classificação das micoses?
Classificada de acordo com o grau de envolvimento no tecido (é um tecido superficial ou profundo - subcutâneo), e modo de entrada no hospedeiro.

8 - Como você faria o diagnóstico de uma micose de unha?
Fazendo raspagem e colocando em meio de cultivo com hidróxido de potássio (a 20%), assim ele digere as células epiteliais e expõe as células fúngicas.

9 - A criptococose e a candidíase são consideradas infecções fúngicas oportunistas? Explique.
Sim. A candidíase é uma microbiota normal, e devido a nossa baixa resistência ela prolifera. O criptococose está presente em fazes de pombos, e onde nós convivemos, mas com o nosso sistema imune controlado conseguimos debilar, caso contrário podemos adquirir a infecção.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ciclo II - Módulo I - Patologia (Parte II)

MORTE GERAL

Morte: parada completa, definitiva e irreversível dos processos metabólicos, das funções orgânicas e das atividades vitais. A morte pode afetar parcial ou totalmente o organismo:

Morte Cerebral, Geral ou Somática ou Clínica: afetando o indivíduo como um todo

Morte celular programada ou apoptose: afetando células individualizadamente

Morte celular acidental ou morte tissular ou necrose: afetando células ou grupo de células.

Na parte 1 o que vimos são lesões reversíveis e agora estamos vendo as lesões irreversíveis (morte).


A morte de um ser humano é a morte encefálica ou somática.

O coração vive 30 minutos sem oxigênio já os neurônios apenas 3 minutos.

A autólise é a autodestruição celular por ativação das lisozimas em decorrência da falta de nutrientes e O2. É a desorganização progressiva até a desintegração completa.

Existem dois tipos de morte celular que ocorrem enquanto estamos vivos:


NECROSE e APOPTOSE


NECROSE

Infarto, cárie, úlcera são exemplos de necrose.

Necrose é o "ponto final" das alterações celulares - morte celular. É um tipo de morte acidental sempre patológica. A célula estava bem mas por algum motivo ela morre. Ex: passou de três minutos com falta de oxigênio nos neurônios, os lisossomos se rompem e as enzimas digestivas digeri toda a célula, as organelas saem da célula.

Sendo uma consequencia comum de inflamações, de processos degenerativos e infiltrativos e de muitas alterações circulatórias.


É o resultado de uma injuria celular irreversível.


Esse rompimento se chama LISE (ruptura). Quando as organelas saem da célula, quando as células morrem, as células de defesa fazem a resposta inflamatória (inflamação).

Cada tipo de célula vive um tempo:
- células da pele: dias
- céluas de defesa: 3 horas
- células de neurônios: 3 minutos

Quando as enzimas (fosfolipaze, proteinaze) dos lisossomos se rompem, começam a quebrar a membrana plasmática. VER FIGURA NA SEGUNDA PÁGINA

No acúmulo de triglicérides, a célula vai perdendo a função e rompe a membrana plasmática. Ex: esteatose --> necrose --> cirrose

Necrobiose: é um termo que não é mais utilizado e que significa morte celular em indivíduos vivos.


TECIDOS DUROS

Exemplos:

Dentes:
Tipo de necrose dos dentes: cárie (por bactéria). Limpa e coloca a massa no local da necrose. Canal -> morte do dente
Abturação --> uma parte do dente.

No osso: osteaporose



INFARTO

Necrose por falta de fluxo sanguíneo arterial.

Fígado: necrose porque houve obstrução de uma artéria (diminui corrente sanguínea, diminui O2...)

SNC: quando a necrose ocorre no SNC chama-se MALÁCIA
Os lisossomos digerem a bainha de mielina, acumulam líquidos (pus) resto de células mortas.
Neste caso, também faltou fluxo sanguíneo (AVE).

Tecido Epitelial de Revestimento
Pele e mucosas (intestino, estômago, útero). Quando rompe apenas o TER é chamado de EROSÃO. Lembrando que o tecido conjuntivo é rico em vasos sanguíneos.



Estômago

Se a morte celular é apenas no TER é EROSÃO mas quando atinge também o tecido conjuntivo é chamado de ULCERA. A ulcera pode acontecer em qualquer tecido de revestimento. Onde tem tecido epitelial de revestimento e tecido conjuntivo. Ver mais sobre ulcera em tipos de necrose.




TIPOS DE NECROSE:

Classificação morfológica do tecido morto (ex: rim)
PEGAR O DA AULA PRÁTICA


1) Necrose de coagulação
PPT:
- Preservação do contorno básico da célula coagulada por pelo menos alguns dias
- o aumento do ácido intracelular desnatura as proteínas estruturais e enzimáticas bloqueia a proteólise da célula
- o processo de necrose coagulatia é característico da morte hipóxica, em todos os tecidos das células, exceto no cérebro.

Exemplos: infarto do miocárdio, necrose focal da placenta bovina na brucelose e necrose papilar.

Se coagulam

Fígado: mais rosado porque o pH está baixo.
Consigo ver a sua arquitetura por causa da coagulação.


2) Necrose caseosa
PPT
- Estrutura semelhante a um queijo branco fresco
- Apresenta-se como:
* massa amorfa e esbranquiçada
* sem brilho e consistência pastosa friável e seca
* é frequentemente em focos de infecções crônicas (tuberculose bovina)

A cronicidade e a presença de lipídeos especiais impedem a resolução e liquefação do tecido

Histologicamente apresenta "debris" granular amorfo composto de células fragmentadas, as vezes, com calcificações e bordo inflamatório delimitado.


Ex: pulmão - tuberculose
Onde tem a bactéria as células morrem. As células de defesa vão lá para se defender e acabam lesando também o tecido.
Causas:
- infecção bacteriana
Características:
- partes brancas

Ex: linfócitos
Não dá para identificar o tecido.
Não consigo ver a arquitetura do tecido.



3) Necrose liquifativa
PPT
- resulta da ação de enzimas lisossômicas-líticas
- com dissolução enzimática rápida e total do tecido morto
- Há prevalência da autólise que favorece a desnaturação das proteínas
- é característica de infecções bacterianas focais que levam a formação de pús com liberação das enzimas proteolíticas
- por agentes que evocam reação inflamatória supurativa
- quando localizado é denominado abscesso


Quando encontra líquido (pus) no local que está com necrose no tecido.
Pus = placa bacteriana. Quando localiza-se no órgão chama-se de abcesso (o pus está composto / enclausurado em uma membrana - cápsula dentro do órgão).

A necrose liquefativa é encontrada principalmente no tecido nervoso que é rico em lipídeos e pobre em proteínas apresenta pouca capacidade de coagulação o que facilita a sua liquefação e amolecimento, mas ocorre também na supra renal, mucosa gástrica, e em tecido inflamado. O cérebro responde a injúria anóxica e tóxica intensa e com digestão enzimática rápida e formação de focos de dissolução tecidual conhecidos como MALÁCIA.

Necrose óssea - resulta da morte das células ósseas por interferência do fluxo sanguineo arterial ou venoso.


4) Necrose hemorrágica
PPT
Causa principal: hipóxia. Ocorre na área de infarto onde a necrose de coagulação é inundada por sangue.

Presença de sangue na área morta. Lembrar de quando vai "capar" o porco.


5) Necrose enzimática das gorduras
PPT
- É uma forma de necrose do tecido adiposo na qual a gordura é desdobrada pela ação de lipases pancreáticas.

Mecanismos:
* Os ácidos graxos liberados se combinam com o cálcio para produzir áreas brancas saponificadas.
* Ocorre no tecido perpancreático (pancreatite aguda), no tecido gorduroso da glândula mamária.

Gordura digerida e calcificada naquela área. Fica ligada ao cálcio naquele local. Parece com um pingo de vela.


6) Necrose gomosa
PPT
- Características macroscópicas: variam conforme o tipo morfológico da necrose. Como características comuns, podemos ter:
* diminuição da consistência e elasticidade (devido à lise dos constituintes celulares), perfuração da cápsula ou mesmo nas alças intestinais, que quando suspendidas se rompem não suportando seu próprio peso.



7) Úlcera de decubito (pressão)


O osso faz a pressão sobre o tecido conjuntio na cama e forma a úlcera. Tem que ter movimento e alimentação para ter fluxo sanguíneo.

No Diabetes também leva a diminuição do fluxo sanguíneo.


Tem que avaliar o estado nutricional e doenças também.


A úlcera tem vários estágios (do estágio I até IV e por último a escara (tecnicamente é quando o tecido morto se solta do tecido vivo).


E o sequestro é quando ao redor de uma área necrosada existem células de defesa.



8) Úlceras gástricas

Ocorre por má digestão do suco gástrico. O suco gástrico corrompe e penetra o TER e TC. Se o lisossomo sai ele também começa a digerir as células da vizinhança. Até que as células de defesa cheguem no local para fagocitar. Quando libera suco gástrico e não tem o que digerir, o suco começa a digerir o muco, o TER, TC e tecido muscular.

Causas:
- alimentação inadequada
- tipos de substâncias administradas
- bactérias que ingerem o muco (helicobacter pylori ou H. pylori) induz gastrite (inflamação)

Sempre uma úlcera tem gastrite. A gastrite (inflamação) leva a uma úlcera. O suco gástrico pode perfurar a parede do estômago e o suco vai estravasar.




PPT


- Alterações na coloração e aspecto geral:
* aumento da palidez e opacidade, determinando uma coloração mais brancacenta ou acinzentada, típica da necrose de coagulação, vista nos infartos brancos ou isquêmicos;
* escurecimento do órgão, quando este por ocasião da necrose estiver repelto de sangue - típica da necrose edematosa e hemorrágica, vista nos infartos vermelhos ou hemorrágicos.
* liquefação do tecido necrótico - típica da necrose coliquativa ou liquefativa, vista nas malácias do SNC, determinando a cavidade neoformada onde se alojará o pus;
* formação de massa brancacenta ou amarelada, pastosa, friável, lembrando a caseína do queijo - típica da necrose caseosa ou de caseificação, vista no centro dos granulomas causados pelo Mycobacterium tuberculosis e suas variedades (exceção: M.avium) na tuberculose;
* formação de pequenas massas esbranquiçadas, lembrando à "parafina derretida" em tecidos ricos em lipídes - típica da necrose enzimática das gorduras - esteatonecrose;
* formação de massa gomosa, compacta, "emborrachada" ou fluída, lembrando à "goma arábica" - típica da necrose gomosa, vista no centro dos granulomas vascularizados causados pelo treponema palidum, na sífilis.


Características microscópicas:
- alterações nucleares: redução de volume e aumento da basofilia, com homogeneização do núcleo;
- ruptura em vários fragmentos, e posterior desintegração em grupos amorfos com perda dos limites nucleares;
- dissolução da cromatina por hidrólise dos ácidos nucleicos gerando hipoacidez e redução da basofilia nuclear.

VER FIGURAS PPT



Etiologia das necroses:


- Todos os fatores relacionados às agressões, desde que a agressão seja letal podendo ser agrupadas em agentes físicos, químicos e biológicos:

1) Agenes físicos: ex - ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;

2) Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes etc.
3) Agentes biológicos: ex - infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc.


Esses agentes provocam o comprometimento dos níveis celulares de respiração aeróbica, de síntese protéica, de manutenção da integridade das membranas celulares e de manutenção da capacidade de multiplicação celular (RNA e DNA). A ação das causas sobre esses sistemas provoca a perda da homeostase celular de tal forma que a célula perde a sua vitalidade.

A necrose, assim, abrange alterações regressivas reversíveis que, em algum ponto e por algum estímulo desconhecido, passam a ser irreversíveis; instalada a irreversibilidade e a necrose propriamente dita, inicia-se o processo de desintegração celular.



Mecanismos:

Os agentes agressores produzem necrose por:

1) redução de energia

2) produção de radicais livres

3) ação de enzimas inibindo processos vitais

4) agressão direta a membrana da célula



Após a agressão seja por interferir com os sistemas de suprimento de energia ou por lesar as membranas celulares o efeito usual é a perda de controle de movimentação de íons através da membrana.



Consequências:

Dependem de:
- órgão afetado: quanto mais essencial à vida, mais graves as consequências;
- extensão da lesão: quanto maiores, mais graves as consequencias
- causas da necrose
* infarto extenso no baço - não compromete seriamente a vida do paciente
* qualquer necrose, de qualquer extensão, no encéfalo - hemiplegias, alterações neurológicas, e até mesmo a morte.



Evolução:


O tecido necrótico comporta-se como um corpo estranho (devido à liberação de antígenos escondidos), suscitando uma reação inflamatória na tentativa de eliminar a área necrosada
- absorção: se a área afetada for mínima. Fagocitose por macrófagos.
- drenagem: se a área for próxima às vias excretoras ou se ocorrer fistulação (ruptura e drenagem de abscessos / necrose coliquativa).
- cicatrização: proliferação libroblástica e substituição do parênquima necrótico por tecido conjuntivo fibroso.
- calcificação: comum na necrose caseosa
- encistamente ou sequestro: formação de pseudo-cistos, quando a área de necrose é ampla limitando a absorção. Comum nas malacias do SNC (onde as células responsáveis pela cicatrização - os astrócitos - ao contrário dos fibroblastos não são capazes de preencher extensas áreas perdidas. Nesse caso os astrócitos circunscrevem a área necrosada formando uma cápsula e ocorre então a formação de um cisto.


A necrose sempre afeta um grupo de células e sempre tem resposta inflamatória. (É sempre patológico - ruim). Ataca qualquer coisa que seja diferente do nosso organismo (resposta imune inata), lembrando que a resposta imune adaptativa é quando precisa de uma resposta específica. A desnutrição também leva a úlcera. O estado nutricional é muito importante.


Todas as necroses classificadas é pelo jeito que está apresentando.



APOPTOSE

Definição: afeta células individualmente e não tem resposta inflamatória. É fisiológica (durante o desenvolvimento embrionário).

- Ativação gênica
- Síntese de proteínas
- Fragmentado em pedaços e envolvidos com membrana.

A célula pode morrer por apoptose:

- via da mitocôndria

- quando uma substância se liga ao receptor de membrana que ela tem


Etiologia: viroses, hipertermia, isquemia, toxinas

Características:
- síntese e degradação de proteínas
- controle genético: genes pró e anti-apoptóticos
- processo rápido e individual
- papel oposto ao da mitose
- fisiológica ou patológica



Diferenças entre apoptose e necrose:

Indivíduos vivos:
Necrose
- afeta grupos de células
- resposta inflamatória
- patológica

Apoptose
- individual
- não tem resposta inflamatória
- fisiológica

Indivíduos mortos:
Autólise
Entra água na célula, os lisossomos saem e começa a digerir as células. E as bactérias se alimentam desses restos das células.

Ex: neurônio. Um neurônio que não faz sinapse
Uma área de gene (DNA) que controla a morte celular. Ele induz algumas enzimas "caspazes" para quebrarem as substâncias das células. Fragmentam os pedaços empacotando as organelas. E outras células fagocitam essas substâncias limpando os tecidos.

As células de defesa não atuam porque elas também estão sem oxigênio.

Outro exemplo: um coração que parou: para saber se foi autólise ou necrose percebe-se se tem resposta inflamatória.

Neurodenegerativa - Alzheimer. As células entram em apoptose porque é depositado uma placa que impede a sinalização entre os neurônios.


Morte Celular Programada atua na formação e manutenção tecidual durante toda a vida do indivíduo.


A apoptose pode ocorrer patologicamente
Deficiente nas hiperplasias, neoplasias, infecções virais (herpes, pox, adeno), autoimunidades (lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrite imuno-mediada, artrite reumatóide) e má formações congênitas.

Excessiva nas
atrofias

Encefalopatias nerudegenerativas
- Alzheimer, Parkinson, Esclerose lateral amiotrófica, Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis

Doenças imunossupressivas

- AIDS


Características morfológicas das células em apoptose:
- anoiquia, condensação do citoplasma, condensação nuclear, fragmentação nuclear, fragmentação celular.


GANGRENA (úlcera devoradora)
PPT


Conceito: é uma forma de evolução da necrose, resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado.

Classificação:


Gangrena Seca (mumificação)

Etiologia: Fisiológica no cordão umbilical; frio / congelamento; gesso e bandagens muito apertados

Características macroscópicas: ressecamento, endurecimento, esfriamento e "apergaminhamento" do órgão, com escurecimento. A reação inflamatória do tecido vivo adjacente é intensa e delimita uma linha de separação nítida entre o tecido sadio e a gangrena.


Gangrena Úmida (gangrena pútrida)


Ocorre em extremidades (pele, membros apendiculares, glândula mamária) e em vísceras internas. O importante é que haja fácil acesso de bactérias ao tecido necrótico.


Etiologia:

- nas extremidades ocorre em consequencia de isquemias graves, intensas e de rápida instalação, de maneira que o processo de necrose seja desencadeado sem que haja tempo para se desidratar o tecido em necrose;

- trombose (também chamados de "gangrena senil", determinando infartos de extremidades - consequencias de ateromas e varizes, nos membros inferiores - pode também evoluir para gangrena seca, dependendo da velocidade de instalação do processo);

- feridas traumáticas graves, infectadas (acidentes de transito, feridas de guerra, etc...);

- evolução de apendicites e colecistites graves;

- torções de alças intestinais e/ou trombose de artérias mesentéricas, produzindo necrose isquêmica de alças intestinais, liberando a proliferação descontrolada da flora bacteriana saprófita;

- evolução de pneumonias por aspiração de corpos estranhos;

- picada de cobra jararaca - veneno proteolítico tipo botrópico.




Características macroscópicas:


Aumento de volume (edema) e amolecimento progressivo (coliquação tecidual) com hemorragias e escurecimento (decomposição local da hemoglobina) do local. A ação das bactérias = odor extremamente fétido e a produção de grande quantidade de toxicas = toxemia grave - a morte do paciente.





Gangrena Gasosa


Gangrena enfizematosa, crepitante ou bolhosa - são causadas por bactérias anaeróbicas produtoras de gás (H2, CO2, CH4, NH3, SH2), de ácido butírico e de ácido acético. Enzimas proteolíticas produzidas degradam os tecidos tornando-os escuros, tumefeitos e crepitantes.


Etiologia: bactérias


Caracteríticas macroscópicas: tecidos escuros, tumefeitos e crepitantes.






ALTERAÇÃO DO INTERSTÍCIO

Existem doenças que ocorrem dentro das células e que ocorrem fora das células.
O tecido é composto de células e do meio interstício.

- Substância Fundamental Amorfa: são os proteoglicanos ou glicosaminoglicano ou mucopolissacarídeos ácidos/MPS Ac. O alto teor de carboidratos confere uma alta hidrofilia, facilitando a formação de Géis rígidos com carga negativa. (H2O + proteoglicanos + íons).
Proteoglicanos se liga ao sódio que se liga a H2O.

- Colágeno: representa 1/3 das proteínas totais, sendo composto de 33% de glicina, 13% de prolina e 9% de hidroxiprolina. É sintetizado pelos fibroblastos, condroblastos e osteoblastos. Os vários tipos são, em geral, responsáveis pela resistência.

- Elastina: a reunião de aminoácidos hidrófobos (valina, glicina, alanina, prolina) com a Lisina (que formará a bainha hidrófila). Ela é sintetizada pelos fibroblastos e por fibras musculares lisas, responsáveis pela elasticidade (tipo borracha).

O MEC é constituído então de:
- Substância Fundamental Amorfa
- Proteínas fibrilares (colágeno, elastina)
- Proteínas globulares

As células ficam fixas por causa dessas proteínas de adesão que se ligam nessas proteínas globulares.




Acúmulo de Substâncias fora da célula

Exemplos:
- Excesso de colágeno: o tecido fica muito rígido (FIBROSE)
- Acúmulo de fibra elástica: fibra elastose. No coração por exemplo ele vai dilatar muito tendo alterações funcionais.
- Excesso de H2O: edema




Carência de Substâncias fora da célula
Exemplos:

- Falta de colágeno: ressecamento (vitamina c forma o colágeno). O colágeno dá resistência. Se falta, o tecido fica com pouca resistência.

- Falta de fibra elástica: rugas



DOENÇAS CAUSADAS NA MATRIZ EXTRACELULAR REFERENTE AOS VASOS SANGUINEOS




Relembrando:

Vasos sanguíneos: veias e artérias

Tem parede resistente porque o sangue passa com uma certa pressão e então precisa ser resistente para não se romper (artéria).

Quando o vaso diminui de tamanho, a camada vai ficando mais fina (veia).

Lembrar:
altéria diminui até virar capilares
veia dos capilares até veia...


OLHAR DIREITINHO EM FISIOLOGIA


Camadas dos vasos sanguineos:


Parede dos vasos:

Tecido epitelial de revestimento (células endoteliais) e depois o tecido conjuntivo formam a camada íntima.

A outra camada é de células musculares que permitem a contração e relaxamento para o vaso aumentar ou diminuir de tamanho. Formam a segunda camada: camada média.

Por último a camada adventícia.


1) ARTERIOSCLEROSE

Grupo de processos que tem em comum o espessamento da parede e a diminuição da elasticidade vascular.

Ocorre na artéria. Sempre vai acumular alguma coisa na parede do vaso (na camada íntima, média ou adventícia) diminuindo a sua elasticidade.

Classificação:

- Aterosclerose
Acúmulo de gordura (colesterol LDL) na camada íntima do vaso. Sempre abaixo das células endoteliais - não está em contato direto com o sangue. Ocorre em artérias grandes e médias.

- Asteriosclerose de Monckeberg
Acúmulo de cálcio na camada média do vaso. Ocorre em artérias pequenas.

- Arteriolosclerose

Na camada íntima das arteríolas:

- Hialina: colágeno

- Hiperplásica: células musculares


1.1 - Aterosclerose ou Ateromatose
Doença de progressão lenta, de início precoce, cuja característica é o atemora - depósito circunscrito de lípides na camada íntima, formando uma placa fibrogordurosa focal e elevada, afetando artérias grandes e médias (principalmente as coronárias, as cerebrais, a orta, o tronco braquicefálico e as ilíacas.


As células endoteliais recobrem internamente os vasos, separam o sangue, fazem a cobertura do vaso protegendo o nosso corpo.

É uma doença de progressão lenta. É desde a infância. São anos de depósito.

Consequência do órgão: diminuição do fluxo sanguíneo (isquemia).

Só sabe quando tem algum problema.


Fatores de risco:
- dieta hiperlipídica e obesidade:
- hipertensão arterial;
- doenças metabólicas (diabete melito, hipotereoidismo, etc...);
- tabagismo;
- idade;
- tensão emocional (stress).
- hipercolesterolemia (relação LDL/HDL alta, ie LDL>70% e HDL<25%)> as células de defesa migram para fagocitar o colesterol que entrou. Com isso, já que sempre terá uma resposta inflamatória, vai somente aumentando. Por isso é uma doença inflamatória crônica --> vai aumentando de tamanho e diminuindo o vaso.

O maior caso é na artéria abdominal. Porque é um local de bifurcação. Aumenta a probabilidade.

As células da camada média também vai para o local fazer fagocitose e fazendo aumentar ainda mais a luz do vaso.

As células endoteliais podem deixar a gordura vasar --> forma coágulo dentro do vaso (TROMBOSE).


Patogenia:
- células endoteliais lesadas
- permite a entrada de colesterol
- macrófagos fagocitam o colesterol
- acumula-se
- células musculares da camada média vão para o local fagocitar
- algumas células musculares morrem
- mais resposta inflamatória
- depósito de uma cápsula formando uma parede nessa região (placa aterosclerótica - microfibrilosa - fibrogordurosa). É uma placa de tecido conjuntivo.



ATEROMA = mingau
PLACA ATEROSCLERÓTICA: células, MEC, lipídios extracelulares e intracelulares

Centro Necrótico = restos celulares, cristais de colesterol, células espumosas, cálcio.
Capsula de tecido conjuntivo, células musculares, placa fibrosa, macrófagos.


Características Macroscópicas:
"estrias gordurosas" elevadas na superfície.
Placas arredondadas, ovais ou irregulares (tipo "mapa geográfico")


Características Microscópicas:
- acúmulo progresso de lípides nas células mioíntimas e ao longo das fibras elásticas da limitante elástica interna.
- fibroplasia com o envolvimento da massa gordurosa e das células esponjosas por uma capa conjuntiva vascularizada.
- os grandes ateromas tem a limitante elástica interna destruída, com infiltração e compressão ateromatosa na camada média que se hipotrofia (perda de fibras elásticas e musculares e fibrose). Na adventícia ocorre fibrosamento e infiltração linfocitária.


Consequências:


- infarto do miocárdio
- infarto cerebral
- aneurismas da aorta
- doença vascular periférica (gangrena nas pernas)
- lesões isquêmicas nos tecidos

Diminuição do fluxo sanguíneo:

Aneurismo: o sangue passa, dilata a parede do vaso e não consegue voltar. A parede do vaso fica fraca porque perde a elasticidade.


Complicações:


- calcificações distróficas
- hemorragias internas, dentro do próprio ateroma, com distenção e aumento de volume da placa ateromatosa, a ruptura de aneurismas
- trombose, devido a modificação do fluxo e à descamação de células endoteliais com exposição do colágeno subendotelial, o que permite adesão e agregação plaquetária. Como evolução poderá advir isquemia, hipotrofia ou mesmo infarto.
- embolização do trombo ou mesmo da placa ateromatosa (ulceração endotelial com derrame de detritos ateromatosos na circulação)
- aneurisma

Embolo: quando a placa libera a gordura para o sangue

1.2 - Esclerose calcificante da média de MONCKEBERG ou Calcinose da média ou ainda arteriosclerose de Monckeberg

Doença senil cuja característica é o endurecimento das artérias musculares (ou distribuidoras ou de pequeno e médio calibre), devido à uma calcificação da túnica média (muscular).

Não se sabe a etiologia e nem a patogenia. Acredita-se que tem alguma coisa causando o aumento da contração e dilatação fazedo com que tenha necrose nas células.

Ocorre em pessoas mais idosas.

Artérias mais frequentemente afetadas: femoral, tibial, genitais e coronárias.

Ocorre calcificações anulares ou em placa, que a palpação lembram "traqueia de passarinho", ou então quando mais intensa, um tubo calcificado rígido.

O endotélio pode estar um pouco deformado, mas permanece intacto a maior parte das vezes. A luz vascular, assim como as túnicas íntima e adventícia, não estão afetadass, donde o pequeno significado clínico desta alteração.


Diminui ou não a luz do vaso, depende do local e de proporção. Pode causar ou não isquemia. VER NO POWER POINT em quais artérias pode acontecer.


1.3 - Arteriosclerose

Espessamento da parede de pequenas artérias ou arteríolas, devido à proliferação fibromuscular ou endotelial, geralmente associadas à hipertensão arterial.

Tipos:

Hialina --> espessamento homogêneo hialino das paredes arteríolares com mudança no aspecto estrutural e estreitamento da luz do vaso - rins, pâncreas, vesícula biliar, adrenais e mesentério. ocorre espessamento irregular da membrana basal causado pela deposição de material PAS positivo e colagenização da íntima. É a característica morfológica da nefroesclerose benígna (estreitamento arteriolar, isquemia renal difusa. Encontrado frequentemente em diabéticos e em idosos com hipertensão benigna. Diminui a luz do vaso.

A hialinose arteriolar ocorre por filtração de proteínas do plasma através do endotélio. Não é exclusivo de nenhuma doença, sendo observada em arteríolas de indivíduos normais com o avançar da idade, especialmente nas arteríolas do baço. Contudo, ocorre de forma mais precoce e intensa na hipertensão arterial e no diabetes mellitus. No rim, afeta especialmente as arteríolas aferentes glomerulares. Admite-se que a pressão arterial elevada gradualmente lesa as células endoteliais, alterando sua permeabilidade.

- Hipertensão controlada

Hiperplásica --> espessamento em lâminas concêntricas das paredes arteriolares com estreitamento progressivo da luz do vaso. A membrana basal mostra espessamento com proliferação das células mioíntimas e deposição de material fibrinóide e necrose aguda da parede de vasos. É rara, encontrada na hipertensão maligna. É grave. Patogenia obscura. Os sítios mais comuns são os vasos do tecido adiposo. Deixa a parede mais rígida mais em compensação diminui a luz do vaso.

- Hipertensão não controlada.


GOTA ÚRICA

(dor nas articulações)

Etiologia: deposição de cristais de ácido úrico nos tecidos conjuntivos e membranas serosas, afetando principalmente as articulações (gota articular), pleura e/ou peritonio e túbulos renais da região papilar, onde o pH baixo favorece a cristalização.

Adenina (DNA e RNA) e guanina cataboliza o ácido úrico que é excretado pelos rins.

Hiperuricemio = aumento do ácido úrico

O ácido úrico em excesso acumula-se nas articulações, pois o pH das articulações é baixo. O depósito de ácido úrico nas articulações causa ..... e gera a artrite.

A deposição de ácido úrico, degrada a articulação.

Gota Urica então acumula ácido úrico (cristais de urato de sódio) nas articulações, pode causar cálculos renais e também artrite. (Acomete mais homens de 30 a 50 anos). Inicia-se com ataques agudos de artrite que regridem espontaneanamente ou com medicação. Se não tratada, progride a fase crônica, em que deposição permanente de cristais na forma de tofos destrói as articulações.

Gota aguda: tem início súbito como uma artrite aguda, a articulação fica inflamada (inchada, quente e vermelha). Há febre e lecucocitose. O ataque pode ser desencadeado por excesso alimentares ou bebidas, ou não ter causa aparente. Há preferência por articulações distais (pés, tornozelos, joelhos, mãos, punhos, cotovelos) devido à menor temperatura destas (facilita precipitação dos cristais). Mecanismos do ataque agudo: precipitação de cristais de urato no líquido sinovial e tecidos periarticulares, na vigência de hiperuricemia. Os cristais provocam afluxo de neutrófilos que, na tentativa de fagoctiá-los, liberam enzimas proteolíticas e radicais livres, dando origem aos sinais inflamatórios. Também há ativação do complemento.

Gota Crônica: com o tempo, após vários ataques e remissões, vão-se formando insidiosamente depósitos de uratos, chamados tofos, que não são acompanhados de sinais inflamatórios. Gradualmente vão lesando as superfícies articulares, dando dor e rigidez. As articulações mais acometidas são as distais. Microscopicamente, observa-se reação inflamatória crônica inespecífica ou granulomatosa. Há forte tendência ao desenvolvimento de cálculos renais. Acompanha o indivíduo a longa data.


Associada a alimentação ingestão de carnes (proteínas) --> material genético (núcleo DNA e RNA) e também ao consumo de cerveja.


Etiopatogenia

- distúrbios na metabolização e eliminação dos catabólitos das purinas - ácido úrico;

- retenção de uratos - nas nefropatias crônicas;

- dietas hiperprotéicas (predisposição).


Patogênese da gota

É relacionada ao metabolismo das purinas e seu principal derivado, o ácido úrico.

O excesso de ácido úrico nos líquidos intersticiais é chamado hiperuricemia e a gota é sua principal consequência. Mais de 10% da população tem hiperuricemia, mas só 0,5% tem gota clínica.

Metabolismo das purinas e do ácido úrico e patogênese da gota
- O ácido úrico resulta do catabolismo das purinas (adenina e guanina), e é a única via de excreção das mesmas, que se dá pela urina.
- As purinas necessárias a síntese de ácidos nucléicos (RNA e DNA) são produzidas



O ácido úrico -------


Dieta rica em núcleo, carne, vísceras, carne bovina, couve-flor, feijão, leveduras usadas na fermentação.


Exemplos de alimentos pobres em purinas: ovos, leite e queijo.



Patogenia


Aumento do ácido úrico


- alimentação excessiva


- problemas renais - não excreta

EXERCÍCIOS

Caso 1
Dor no estomago pouco intensa sem radiação, sensação de peso no estomago, queimação que aparece 1 hora apos alimentar-se. A dor persiste por 15 a 20 dias


1-Etiologia:
Helicobnacter Pylori

2-Patogenia da úlcera:
A bactéria h. Pylori digere o muco que protege as células da parede do estomago contra o suco gástrico ( ação das enzimas digestivas)
As enzimas do suco gástrico liberam lisossomos que lisam a membrana da célula do tecido da parede do estômago – libera lisossomos que digerem as células da vizinhança causando a necrose que atinge o tecido epitelial e conjuntivo por isso se chama úlcera

3- Alterações macro e microscópicas
Macro – lesão escavada na parede gástrica circundada por reação ou área inflamatória, avermelhada ao redor com perda tecidual
Micro – perda de tecido epitelial de revestimento e conjuntivo, células sem núcleo. Presença de células inflamatórias.

Caso 2

Paciente Diabético com dor intensa e persistente no membro inferior que desenvolveu um tipo de gangrena

1- Classifique essa gangrena:
Gangrena seca

2- Descreva a etiologia e patogenia:
Etiologia: Diabetes Mellitus
Patogenia: A diminuição do fluxo sanguíneo causou a diminuição da chegada de nutrientes e oxigênio para a célula. Com isso ocorreu a diminuição da síntese de ATP(Mitocôndria), diminuiu a síntese de proteínas e fosfolipídios, que enfraqueceu a membrana plasmática da célula causando a LISE da célula ou a morte celular.
-Diminui ATP
-Diminui Função da Bomba de Na e K
- aumenta o Na na célula que atrai H2O, os lisossomos se rompem liberando enzimas digestivas que LISAM a célula.
Na área que sofreu necrose ocorre a ação de uma agente externo ( meio ambiente) desidratando o tecido necrosado, caracterizando e evoluindo para uma gangrena seca

3 – Alterações macroscópicas:
Ressecamento e escurecimento do tecido. Avermelhamento ao redor de onde tem células vivas – da resposta inflamatória.


Caso 3
Paciente com mal de Alzheimer , diminuição do encéfalo e do números de neurônios

1- Classifique este tipo de morte celular e descreva sua principais características
Morte celular: Apoptose
Característica:
- necessita de ativação gênica
-Gasto de ATP
- Síntese de proteínas ( Caspases)
-Fragmentação celular em pedaços apoptóticos envolvidos por membrana
-Não gera resposta inflamatória
- É geralmente fisiológico mas neste caso é patológico
- Os corpos apoptóticos são fagocitados por células da vizinhança.

2 – Descreva as alterações microscópicas
As células se encontram fragmentadas e envoltos pela membrana gerando corpos apoptóticos.. Contração das células e afastamento das células da vizinhança.


Caso 4
Paciente apresentando uma placa de ateroma na artéria coronária sofreu um infarto agudo. O paciente tem história clínica de Hipertensão. Na parede do ventrículo esquerdo pode-se observar uma hipertrofia. A área do infarto está circundada por uma área hiperêmica que representa a resposta inflamatória.

1-Qual a provável etiologia da aterosclerose deste paciente?
Hipertensão arterial

2-Descreva a patogenia da Aterosclerose: A hipertensão arterial lesa as células endoteliais, estas se contraem permitindo a passagem do colesterol para a camada íntima do vaso. O colesterol é oxidado e inicia uma resposta inflamatória. Ocorre a migração de macrófagos para a cama intima para fago citar o LDL transformando-se em células espumosas, migram também células musculares e algumas delas necrosam. \ocorre a evolução da placa com deposição de um tecido conjuntivo ao redor do ateroma gerando uma placa fibrogordurosa.

3-Liste 4 fatores de risco para aterosclerose:
Hipertensão arterial
Tabagismo
Obesidade
dieta hiperlipídica
diabetes

4-Descreva macro e microscopicamente a estrutura básica da placa aterosclerótica:
Macro: elevação e alteração de cor
Micro: Colesterol na matriz extracelular, células de defesa cheias de colesterol, células musculares cheias de colesterol, ocorre na camada intima do vaso aumentando a espessura da camada íntima

5-Qual a etiologia do Infarto:
Aterosclerose

6 – Descreva a patogenia do infarto neste caso:
Devido a placa fibrogordurosa, ocorre diminuição do fluxo sanguíneo; Diminui síntese de ATP,aumenta a quantidade de Ca, Ativa enzimas líticas que lessa as células, ocorre enfraquecimento de Membarna Plasmática da célula causando a LISE da célula ou a morte celular.



Caso 5

Paciente apresentando dor nas articulações dos dedos do pé. Exames apresentam uma hiperuricemia e também uma disfunção renal.

1-Qual a etiologia da gota neste caso?
Disfunção Renal

2-Qual a patogenia?
Devido a disfunção renal, acumulo de ácido úrico ( hiperuricemia). Esse ácido úrico em excesso foi depositado nas articulações dos dedos dos pés gerando uma resposta inflamatória.
A disfunção renal diminuiu a excreção do ácido úrico e causou hiperuricemia.
Podem ocorrer ataques agudos da doença pois a articulação está inflamada, com o tempo a articulação será destruída pela deposição de ácido úrico que irão forma os tofos botosos.



RESUMO DA MATÉRIA

Morte Celular:

Perda irreversível das atividades integradas da célula com consequente incapacidade de manutenção de seus mecanismos de homeostasia, ou seja, de equilíbrio da célula com o seu meio.

A sequência de fenômenos que ocorrem após a morte celular denominamos necrose celular. A necrose pode ocorrer pela atuação de enzimas próprias (autólise) ou de enzimas extracelulares de macrófagos e leucócitos que vão para o local da morte.

A autodestruição ativa de células ou grupos de células é a apoptose.


Apoptose:

- Condensação do núcelo e citoplasma

- Fragmentação do núcleo e célula (corpos apoptóticos) com fagocitose dessa célula por uma adjacente ou macrófago.

- Ocorrem então alterações na membrana plasmática que permitem o reconhecimento dessa célula necrótica por células fagocíticas.


Necrose:

Causas da Necrose:

Hipóxia (O2 baixo): anemias, envenenamento, insuficiência cardiorespiratória

Anoxia (O2 ausente): afogamento e pré-parto

Isquemia (falta de circulação): trombos, êmbolos, aterosclerose

Radicais livres

Agentes físicos

Agentes químicos

Agentes biológicos


Tipos de Necrose:

1 - Coagulação

2 - Liquefação

3 - Caseosa

4 - Gordurosa

5 - Gomosa

6 - Hemorrágica

7 - Fibrinóide

8 - Gangrenosa


1 - Coagulação ou isquêmica

É o mais comum. A área morta é microscopicamente amarela pálida, sem bilho, de limites mais ou menos precisos e de forma irregular ou triangular. Está presente em infartos, Também em queimaduras e lesões por ácidos e bases fortes. De líquido passa para sólido (perda de água).

É desfeito por heterólise e os restos das céluolas são fagocitadas por macrófagos (monócitos).

Tem a preservação da forma celular básica permitindo o reconhecimento da arquitetura do tecido (diagnóstico do órgão).


2 - Liquefação

A área necrótica é mole. Resulta da ação de enzimas hidrolíticas poderosas. Tem prevalência de autólise e heterólise. É característico da destruição pela isquemia do tecido cerebral que é pobre em proteínas facilitando seu amolecimento (necrose liquefativa por autólise).

Outro é de bactérias: enzimas de bactérias, de células mortas e dos leucócitos que contribuem para a digstão proteolítica liquefativa do tecido lesado (necrose liquefativa por heterólise) = pus (reação inflamatória - muitos leucócitos).


3 - Caseosa

Massa do queijo branco (fresco) = massa amorfa, esbranquiçada, sem brilho, pastoso, friável e seca.

É a soma da necrose de coagulação + liquefação. Marca registrada da tuberculose.

Microscopicamente: massa eosinofílica com restos nucleares fragmentados --> aparência suja. Aglomerado de material granular amorfo.

Tipo especial de inflamação onde tem macrófagos especiais (células epitelióides).


4 - Gordurosa ou estratonecrose

Ocorre no tecido adiposo. Resulta de:

- ação lítica de enzimas pancreáticas (necrose gordurosa enzimática). É o resultado da inflamação aguda do pâncreas = pancreatite aguda ou de tumores do pâncreas. Enzimas causam necrose dos tecidos gordurosos peripancreáticos e da cavidade abdominal e do próprio pâncreas.

- consequência da agressão mecânica traumática no tecido gorduroso (necrose gordurosa traumática). É fagocitado por macrófagos e células gigantes --> aparece tecido cictricial. As células godurosas podem ser rodeadas por uma zona de inflamação.

Características microscópicas: pingos de vela ou depósitos de giz branco.

Características macroscópicas: depósitos amorfos, esbranquiçados, consistência dura e cor basofílica.


5 - Hemorrágica

Grande quantidade de sangue no local. Denominação macro.

Ex: pulmão: quando um ramo da artéria é obstruído (trombose). Preserva os contornos estruturais ms a área isquêmica é invadida por sangue. Fígado: o sangue está estagnado. Cérebro: após uma hemorragia (é uma necrose hemorrágica e também isquêmica).

Pode ocorrer também quando a drenagem venosa é comprometida.


6 - Gomosa

É mais rara de se ver. Encontra-se na sífilis (goma sifilítica). A área necrótica apresenta-se compacta, uniforme e elástica, como uma goma, isto é, uma borracha, ou mais raramente fluída, viscosa.

O que necrosa neste caso é o tecido inflamado (rico em vasos, tecido conjuntivo, plasmócito e linfócitos). Esses componentes dão uma consistência firme e borrachosa.


7 - Fibrinóide

Tipo especial de necrose. Muito significado clínico. Pode aparecer em hipertensão arterial maligna e lupus. É representada por alteração granular, eosinofílica na parede vascular.


8 - Gangrena

Evolução da coagulação

Isquemia + liquefação (bactérias e leucócitos)

Membros inferiores --> trombose

Coagulação; pele, músculos (bactérias e inflamação)

N0 rim: diabéticos. O processo inflamatório dificulta a nutrição da papila renal, que morre por isquemia.


Gangrena úmida: gangrena infectada

Gangrena seca: gangrena não infectada


terça-feira, 13 de abril de 2010

Ciclo II - Módulo I - Farmacologia (Parte II)


FARMACODINÂMICA



INTRODUÇÃO

É o que os fármacos fazem com o ser vivo. Alteram as funções fisiológicas ou biológicas.
É o estudo dos efeitos ou alterações causadas por um determinado fármaco e que podem ser mensurados.

ALOPATIA (uso de medicamentos) <> HOMEOPATIA

Os fármacos não criam funções fisiológicas ou biológicas, apenas alteram
- estuda o efeito do fármaco
- como o fármaco atua
- relação dose x efeito
- os fatores que alteram essas relações (efeito, mecanismo, curva dose resposta)

A grande maioria dos medicamentos (90%) atuam em proteínas (receptores e outros). Os outros 10% atuam no DNA.

As drogas produzem, em sua maioria, efeitos através de sua ligação, em primeiro lugar, moléculas protéicas. Exceção: DNA (agentes antitumorais, antimicrobianos, mutagênicos).

Existem 4 tipos de proteínas reguladoras (sítios-alvo primário):
1 - enzimas
2 - moléculas transportadoras
3 - canais iônicos
4 - receptores



1 - Enzimas
O rim libera uma enzima chamada renina que atua no antiotensinogênio dividindo-o e o transformando em angiotensina I. Vai para o pulmão e a ECA (outra enzima) transforma também a antiotensina que apresenta uma VASOCONSTRIÇÃO (aumentando a pressão) e ALDOSTERONA (faz o rim reter sódio).

ECA = enzima conversora de angiotensina.

Receptores celulares: beta 1, beta 2, alfa 1, alfa 2 e etc... todos são proteínas.


2 - Moléculas Transportadoras
Ex: para formar HCl:

O CO2 entra na célula do estômago mistura com H2O e vira H2CO3 (ácido carbõnico), doa um hidrogênio e vira bicabornato que sai da célula através da bomba, o bicarbonato sai e se transforma em Cl, o hidrogênio + Cl formam o HCl.


3 - Canais Iônicos

Lembrando que na despolarização entra sódio.
Ex: o anestésico local bloqueia o canal. Não despolariza.


4 - Receptor

O propanol se liga no local onde a noradrenalina iria se ligar impedindo-a de agir. A noradrenalina no beta 1 aumenta a frequência cardíaca e a pressão.



ESPECIFICIDADE DOS FÁRMACOS

Para uma droga ser útil tem que atuar seletivamente (ALTA ESPECIFICIDADE)
Ex: angiotensina: mm liso vascular e túbulo renal.

Nenhuma droga atua com total especificidade

Diminui a potência, aumenta dose, aumenta chance de atingir outros sítios de ação que não o primário = efeitos colaterais.

Quando tem efeito colateral é porque se liga em vários receptores.

É ideal que seja seletivo mas a maior parte dos medicamentos não são.

Aumenta a dose --> se liga em outros receptores --> efeitos colaterais.


Conceitos

Afinidade: fármaco específico; mede a força da união química entre o fármaco e o seu sítio específico. Capacidade de se ligar.

Especificidade: capacidade que o fármaco tem de se ligar ao menor número de sítios específicos. Quanto maior a especificidade, maior o número de pontos de união no sítio receptivo. Se ligar no menor número de receptores.

Seletividade: propriedade que o fármaco tem de produzir o menor número de efeitos possíveis. Ex: opióides são muito específicos (receptores mil), contudo muito pouco seletivos, pois existem vários receptores em várias partes do organismo com diferentes ações (respiratória, analgesia, depressão. Capacidade de menor número de efeitos.

Exemplo:
Propranolol - se liga nos betas
beta 1 = coração
beta 2 = pulmão
Atenogol - é específico

A morfina é pouco seletiva. Ex: tira dores mas também comprime o bulbo (parada respiratória).



Classificação dos receptores

ação da droga - receptor específico (ótimo meio para desenvolvimento dos fármacos)

Ex: histamina (substância responsável pela alergia) quando se liga em:
H1 (alergia SNC) = contração mm lisa
- antagonizada para antagonista competitivos
H2 (estômago --> aumenta o HCl) = secreção gástrica
- desenvolvimento de antagonista seletivos

Existe o medicamento (ranitidina e cimetiona) que se liga apenas no H2 diminuindo a produção do HCl.

O CONCEITO DE AFINIDADE, ESPECIFICIDADE E SELETIVIDADE SÃO MUITO IMPORTANTES.



Fármacos Estruturalmente Inespecíficos


Existem fármacos que não se ligam a receptores = interações inespecíficas
Ex: antiácidos (neutralizam HCl)
agentes quelantes : EDTA Iintoxicação por chumbo
pressão osmótica (não são absorvidos: manitol (diurético)

Os medicamentos inespecíficos não se ligam a receptores.
Ex: bicarbonato de sódio
* antiácidos (neutralizam o HCl) vai diminuir a digestão por diminuir o HCl.
* EDTA ??? antioxidante
* Pressão osmótica (diuretico) não são absorvidos. Ex: manipol. VER FIGURA SOBRE EDEMA CEREBRAL.



RELAÇÃO ENTRE INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR E EFEITO BIOLÓGICO

Teoria da Ocupação (Clark, 1933)


O efeito é diretamente proporcional à concentração de receptores ocupados, até um ponto em que há saturação desses receptores*

D + R == DR --> efeito

Não explica:
- por que certos fármacos JAMAIS produzem a resposta máxima que pode ser obtida de um tecido, mesmo aumentando a dose;
- e nem por que algumas substâncias são capazes de se ligarem a receptores sem ativá-los


Teoria de Ariens (Ariens, 1954)

Para a produção de um efeito biológicos, o fármaco deve possuir 2 propriedades:
AFINIDADE : capacidade de formar com ele um complexo
ATIVIDADE INTRÍNSECA (alfa): capacidade de ativar o receptor depois de ligado

D + R ---> DR ---> afinidade tem que ativar o receptor. Se liga no receptor.


AGONISTAS = atividade intrínseca

alfa = 1 (AGONISTAS FORTES)
produzem efeito máximo com doses adequadas

alfa = 0 (ANTAGONISTA)
ocupam sem produzir efeito

0 <> 1 (AGONISTAS PARCIAIS) (DUALISTA)
Não conseguem produzir a resposta máxima que pode ser obtida. Não causa o efeito tão forte como o agonista forte.



CURVAS DOSE-RESPOSTA

Em farmacologia, é convencional mostrar a curva dose-resposta com a concentração do fármaco.



INTERAÇÕES ENTRE FÁRMACOS

A + B

= (Nula) --> não alteram a ação do outro
+ (sinergismo) --> melhora a ação do outro
- (antagonismo) --> piora a ação do outro


NULA
Aspirina + vit. C
Não interfere no outro.

SINERGISMO
Por adição:
Efeito A/B = Ef A + Ef B
A qualidade da resposta é a mesma, soma a quantidade
TILEX (codeína + paracetamol)
Separados tem funções diferentes mas juntos superam muito mais em relação a dor.

Por pontencialização:
Efeito A/B > Ef A + Ef B
Ex: anestésico local + vasoconstritor
álcool + tranquilizante
Um potencia o outro.


ANTAGONISMO: um medicamento piora a ação do outro.

A) Químico
A + B = C (inativo)
Ex: ampicilina + gentamicina
Heparina (anticoagulante) + protamina (coagula: é antagonista química da heparina) = se liga a ela e impede seu efeito
Um se liga no outro através de ligações químicas e interfere na ação do outro.

B) Farmacocinético
Um fármaco altera algum parâmetro farmacocinético --> diminui [] plasmática
VARFARINA + FENOBARBITAL
FENOBARBITAL + PENTOBARBITAL (ocorre uma alteração na biotransformação)
(Aumenta P450) ( Aumenta METABOLIZAÇÃO; diminui [ ] )
PILOCARPINA + MEDICAMENTO
(Aumenta MOTILIDADE) (Diminui ABSORÇÃO)
Um dos medicamentos altera a ação do outro medicamento em uma das etapas (administração, absorção, transformação...)

C) Fisiológico
Quando cada um dos fármacos produzem efeitos opostos em um mesmo sistema fisiológico
Vasoconstritores x vasodilatadores
Hiperglicemiantes (glucagon) x hipoglicemiantes (insulina)
Histamina (Aumenta o HCl) x omeprazol (Diminui o HCl)
Quando o medicamento faz ação oposta do outro (efeito fisiológico)

D) Farmacológico
1 - Competitivo Reversível
Quando fármacos agem no mesmo sítio competitivo.
- Noradrenalina (agonista beta 1) x propanolol (antagonista beta 1)*
(beta adrenérgicos)
- Ganha quem tiver maior quantidade Compete pelo mesmo sítio e depois se desliga.



2 - Competitivo Irreversível
Quando fármacos agem no mesmo sítio competitivo.
NORADRENALINA (agonista) x FENOXBENZAMINA (antagonista)*
(alfa - vasocontrição)
PARA RESOLVER : Aumenta PRODUÇÃO DE RECEPTORES
Aspirina
Competem pelo mesmo sítio mas não se desligam. Como não sai a célula faz endocitose (através do lisossomo) ou produz receptores.

3 - Não competitivo - alotópico

Alteração da estrutura do receptor, que não responde ao fármaco

- igual ao competitivo irreversível. Ex: adrenalina x dibenamina

O receptor é destruído pelo processo de fagocitose e ela faz outro.

3.1 - Não competitivo

- inibição do sistema de transdução

- inibe a proteína Gq (atrapalha a transdução de sinal), ou diminuição da [Ca++]

TAQUIFALAXIA

- Droga continua ou repetidamente -- redução do efeito -- taquifalaxia (minutos)

Ex: alcóolatra. Perda repentina do efeito do medicamento. (É rápido)

- Tolerância: redução mais gradual (lenta) da resposta biológica à ligação droga-receptor com o tempo que se usa o medicamento. (É lento).

- Resistência: perda da eficácia de agentes antimicrobianos e antitumorais.

Ex: bactérias e agentes tumorais.

Taquifilaxia vários mecanismos:

- alteração receptores

- perda receptores

- exaustão mediadores

- aumento degradação

- adaptação fisiológica

1 - Alteração receptores

- receptores aclopados canais iônicos -- rápida

- junção neuromuscular alteração lenta conformação do receptor -- ligação agonista sem abertura do canal iônico.

- fosforilação radicais protéicos específicos.

Ou seja, o receptor é alterado --> o medicamento não se liga.

O receptor é destruído --> faz outro receptor.

2 - Perda receptores:

- exposição prolongada -- redução gradual (ocorre beta-receptores)

- normalização vários dias

- endocitose celular

- complicação não desejada

- GnRH -- liberação pulsátil -- estimula gonadotrofinas

- administração contínua -- inibe -- tratamento endometriose e câncer próstata

Pelo uso prolongado do remédio a célula diminui a quantidade de receptores e então o medicamento não age normalmente. Como resolver? Para de usar o medicamento, dessa maneira, a célula produz mais receptores e então volta a usar o medicamento.

3 - Exaustão mediadores:

- depleção substância essencial para resposta

- anfetamina -- receptor -- noradrenalina terminações nervosas -- uso contínuo -- depleção reservas liberáveis noradrenalina.

Ex: cocaína, extase (anfitamina).

A noradrenalina e adrenalina são reutilizados através do processo de recaptação. Se não tem a enzima que faz a recaptação os neurotransmissores se acumulam e se ligam mais. Se usar muita cocaína gasta-se todas as noradrenalinas. Por isso no outro dia tem estágio depressivo. A fluroxetina é anti depressivo.


4 - Aumento degradação:
Doses repetidas --> o metabolismo aumenta para aquele medicamento. Aumento da degradação do medicamento.

5 - Adaptação fisiológica:

PA diminui --> RIM produz Renina.

A angiotecardinogenese usa a renina e transforma-se em angiotensina I com através da ECA transforma-se em angiotensina II.

A angiotensina II faz vasoconstrição e reabsorção --> aumenta então a PA

domingo, 11 de abril de 2010

Ciclo II - Modulo I - Fisiologia (Parte III)

MUSCULO CARDÍACO E FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR


Músculo Cardíaco

O coração se apóia sobre o diafragma, perto da linha média no tórax, no mediastino (massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral. 2/3 do coração ficam à esquerda da linha média. O ápice se dirige para frente, baixo e para a esquerda.

O mediastino tá localizado na linha média do nosso corpo, está no meio da cavidade toráxica. A traqueia passa pelo mediastino.

O coração parece um triângulo invertido, ele está no meio, 2/3 está inclinado para o lado esquerdo.


Camadas de revestimento do coração:



- Pericárdio: a mais externa, é uma membrana transparente, bem fina que protege e limita a expansão do coração.
- Miocárdio: tecido muscular cardíaco do coração que tem como função realizar as contrações e relaxamentos do coração.
- Endocárdio: tecido bem fino que reveste internamente as quatro cavidades do coração.


Câmaras Cardíacas


4 câmaras
* Átrio direito
* Átrio esquerdo
* Ventrículo direito
* Ventrículo esquerdo

Espessura do miocárdio: varia de acordo com a função da câmara

Septo átrio ventricular: separam os átrios dos ventrículos.
Septo interatrial: separa os 2 átrios.
Septo interventricular: separa os 2 ventrículos.

Do lado direito do coração sempre vai entrar e sair sangue pobre em O2
Do lado esquerdo sempre vai entrar e sair sangue rico em O2

O sangue sempre vai entrar no coração pelos átrios e sempre sai pelos ventrículos.


Válvas cardíacas

Tricúspide
Bicúspide (Mitral)

- Septo átrio ventricular: valva tricúspide e mitral. A valva tricúspide tem 3 pontas que se abrem e fecham para passagem de sangue.

Mitral (localizada no lado esquerdo do coração)
Tricúspide (localizada no lado direito do coração)

As valvas abrem-se e fecham-se em resposta à variações de pressão
As valvas asseguram o fluxo unidirecional de sangue, impedindo o refluxo


Válvas arteriais

- Aórtica: maior artéria do corpo, sai do ventrículo esquerdo (VE).
- Pulmonar: leva o sangue pobre em O2 para o pulmão.


Observações:

Valva: controla o fluxo de sangue no coração no sentido unidirecional dos átrios para os ventrículos e dos ventrículos para as artérias.

Quando a tricúspide e mitral estão abertas significa que o sangue está indo dos átrios para os ventrículos.

Quando a aórtica e pulmonar estão abertas significa que o sangue está indo dos ventrículos para os átrios.

Na hora que o nosso coração contrai e relaxa modifica a pressão.

A contração do músculo cardíaco diminui o volume interno aumentando a pressão.

O sangue sempre flui para locais onde a pressão é maior para menor.

O que faz a valva abrir e fechar são as diferenças de pressão.

Por que o sangue sai do coração e sempre volta? Por causa das diferenças da pressão onde o sangue flui do maior para menor.


Vias circulatórias:
Duas vias fechadas:
- C. Pulmonar ou pequena circulação: o sangue sai do coração e vai para o pulmão e depois volta para o coração.
- C. Sistêmico ou grande circulação: o sangue sai do coração e vai para o corpo todo e depois volta para o coração.


Circulação Pulmonar: sai pobre em O2 sai do ventrículo direito (VD) pela artéria pulmonar. Uma vai para o pulmão direito e a outra para o pulmão esquerdo (se ramifica e vai para o pulmão direito e esquerdo).

* Artéria: vasos que saem do coração.
* Veia: vasos que chegam no coração.

O sangue que sai dos pulmões (que está rico em O2), vai para o coração através das veias (são quatro veias) pulmonares chegando no átrio esquerdo.


Circulação Pulmonar
* Leva sangue desoxigenado
*VD-alvéolos-Átrio esquerdo
* Tronco pulmonar
- Arteria pulmonar direita
- Artéria pulmonar esquerda
* Capilares - Trocas gasosas
* Veias pulmonares
- 2 veias pulmonares direitas
- 2 veias pulmonares esquerdas


Circulação Sistêmica: o sangue que chegou no AE vai para o VD onde foi aberto a valva mitral, levando o sangue rico em O2 para todas as células do corpo pela artéria aorta. O sangue que sai dos tecidos, sai pobre em O2 e retorna ao coração no AD, pelas veias cavas que são duas (superior e inferior), essas veias chegam no AD.

A circulação sistêmica e pulmonar acontece ao mesmo tempo.

Circulação Sistêmica
* Leva sangue oxigenado
* VE-capilares-Átrio direito
* Artéria aorta
* Veia cava superior
* veia cava inferior
* Seio coronário



Artéria Aorta

A artéria aorta tem 3 regiões:

- Aorta ascendente: sai as primeiras ramificações
* artérias coronárias (são artérias que levam o sangue rico em O2 para o coração)
* arco da aorta: tem uma artéria que é ramificada em duas. A que vai para a cabeça chama artéria carótida direita (leva O2 para a cabeça). E a outra é a artéria subclávia direita (para o braço).
Artéria carótida esquerda: cabeça do lado esquerdo
Artéria subclávia esquerda: braços do lado esquerdo
- Aorta descendente: vai ter várias artérias bronquias, renais, ilíacas. Sai artérias que levam O2 para o restante do corpo (perna, toda a região abdominal e toráxica).



Capilares sanguíneos


Contato com as células dos tecidos. É onde ocorre trocas gasosas.

Os capilares (vasos finos de menor calibre), são vasos sanguíneos que tem função principal de trocas (gases, nutrientes) entre sangue e tecido.

As paredes dos capilares são finas para facilitar as trocas. São formadas praticamente por células endoteliais.

As substâncias entram e saem com facilidade.

Tem nos rins e intestino onde tem muita absorção de nutrientes.

O sangue vem da artéria --> artéria se ramifica --> formam a arteríola --> arteríola se ramifica --> formam os capilares --> então ocorrem as trocas (O2, CO2 e nutrientes).

--> Os capilares formam a vênula --> que viram veias e levam o sangue para o coração.



Artéria

É um vaso sanguíneo que leva o sangue que sai do coração em direção aos tecidos. Características:

- Tem 3 camadas internas formadas por células endoteliais (protegem o vaso). Produzem substâncias importantes que se chama NO (óxido nítrico) --> promove dilatação dos vasos (vasodilatação).

- Lúmer (luz): onde flui o sangue

- Túnica íntima: formada por células endoteliais.

- Túnica média: formada por músculo liso. Dá capacidade de vasodilatação e vasoconstrição (controla o fluxo influenciando na pressão).

- Túnica adventícia: mais externa, constituídas principalmente de fibras elásticas.



Veia


Características das Veias

Uma veia é um vaso sanguíneo que conduz o sangue de volta para o coração.
O sangue circula nas veias, sai dos órgãos e chega no coração.

A artéria aorta leva o sangue com O2 para as células dos órgãos, os tecidos ficam com o O2. As veias levam o sangue pobre em O2 para o coração com exceção dos pulmonares.

Possui as seguintes camadas:

- Túnica íntima

- Túnica média

- Túnica adventícia

A diferença é que na túnica média das artérias tem muito mais músculo liso (é mais grossa) do que as da veia. E por isso as artérias que tem mais músculo liso tem mais contração (vasoconstrição e vasodilatação). A artéria é mais dilatada e a veia é mais comprimida.

Dependendo da situação a artéria se dilata para direcionar mais sangue. Ex:
- ao correr: aumenta para o coração e músculo esquelético.
- na digestão: aumenta para o sistema digestório.

A veia então tem menos capacidade de fazer vasoconstrição e vasodilatação.

Outra característica:

Possui as válvulas venosas para manter o fluxo do sangue para uma única direção (unidirecional) para o sentido do coração.

As válvulas venosas evitam o refluxo.

Quando o sangue tem que subir (por exemplo, o sangue das pernas para o coração), o que faz
com que ele consiga subir são as válvulas.





Retorno Venoso




É o volume de sangue que flui de volta ao coração pelas veias sistêmicas.

* Depende da diferença de pressão entre as vênulas (16 mmHg) e o AD ( 0 mmHg).

* Embora essa diferença seja pequena, o retorno venoso ao AD = ao volume de sangue ejetado pelo VE, pois a resistência nas veias é menor.

* Se a pressão no AD aumentar, diminui o RV

Contração do coração: pressão aumenta e o sangue sai.
Relaxamento do coração: pressão diminui e o sangue entra


Decorre da pressão gerada em três meios:
1) Contração do coração
2) Bomba muscular esquelética
3) Bomba respiratória


Fatores que influenciam o retorno venoso (fatores que fazem com que tenha o retorno venoso):

1) Diferenças de pressão:

- Quando o músculo cardíaco contrai e relaxa dá essa diferença.
Quando o ventrículo contrai a pressão aumenta muito (valor médio 93mmHg) e então o sangue sai e circula para o corpo.
Quando os átrios relaxam a pressão é muito baixa. Nas veias (16mmHg) e nos átrios (0mmHg)

O sangue sempre flui do local de pressão maior e entra no local de menor pressão e então é por isso que ele sempre sai dos ventrículos quando contrai e ele sempre entra nos átrios quando eles relaxam... porque é a menor pressão possível.


2) Válvulas venosas (pregas ao longo da veia)

O sangue sobe através das diferenças de pressão e também não retornam através da Lei da gravidade porque as válvulas vão abrindo e fechando. Assim que o sangue passa a válvula se fecha impedindo que há refluxos e que o sangue volte. Depois ela se fecha. Abre e fecha.

Quando uma válvula está lesada, o sangue retorna por causa das diferenças de pressão mas também pode ter refluxo. E esse sangue acumulado somente retorna quando ocorre outro fluxo. Esse acúmulo pode causar as varizes.

Varizes: o sangue acumulado dilata a parede da veia, indica problema de circulação sanguínea. A válvula não fecha. Nas pernas ocorre mais pois é mais difícil a circulação.

O que causa varizes?
- Ficar muito tempo em pé
- Problemas hormonais alteram as características dos vasos
- Hereditários: pessoas que nascem com fragilidade nesses vasos. Problema na formação dos vasos.

Pode ter essa alteração em veias periféricas e também veias internas (onde não dá para ver).

Problema: aumenta a probabilidade de trombose pois,

1) o sangue fica acumulando
2) esse sangue então fica obstruindo a passagem
3) esse sangue na parede, ativa a cascata de coagulação (forma coágulo)
4) esse coágulo anormal (que se criou sem necessidade / sem corte) = TROMBO
5) o trombo formado obstrui / dificulta a passagem de sangue. Ele pode se soltar da parede e começar a circular no sangue = EMBOLIA.

O certo é o sangue ficar líquido e fluindo com facilidade - sem obstrução.

Ex: Embolia pulmonar e do coração:

Embolia pulmonar: pode obstruir o vaso que leva sangue para o pulmão.
Vem pela veia cava inferior, passa pelo átrio, ventrículos e pode obscruir um vaso no pulmão. E se não ficar no pulmão, ele vai se acumulando a cada volta até poder obstruir uma veia mais importante (por exemplo do coração) levando até a morte.


Cirurgia das varizes:
- tira as veias que estão lesadas
Anastomose: comunicação, ramificação entre os vasos

Após a cirurgia (mesmo retirando a veia pode até melhorar a circulação)

Por que pode voltar a ter varizes depois da cirurgia?
1 - porque tem que tratar a causa
2 - angiogênese: formação de novas ramificações e que podem coagular.
3 - contração muscular: se a pessoa está imóvel o retorno do sangue fica mais difícil.

Contração do músculo esquelético (comprime as veias) principalmente do músculo da batata da perna (gastroctêmio) é muito importante para o retorno do sangue venoso.

Para quem fica muito sentado --> ficar levantando e descendo os pés é um exercício muito bom de se fazer.

A falta de contração muscular pode levar a trombose.



Resumo:

Artérias
Túnica íntima, média e adventícia.


Arteríolas
São artérias muito pequenas que distribui sangue aos vasos capilares. Tem um papel importante na regulação do fluxo sanguíneo das artérias em direção aos vasos capilares.


Vasos capilares
Conectam as arteríolas as vênulas. Permitem a troca de nutrientes e resíduos entre as células do corpo e sangue.


Vênulas
São semelhantes às arteríolas, suas paredes são mais finas próximo aos capilares e engrossam a medida que progridem em direção ao coração.


Veias
As veias são estruturalmente semelhantes as artérias. Podem formar as válvulas venosas que impedem o refluxo de sangue.



Vasos Linfáticos



* Retira o excesso de líquido dos tecidos
* Participa das respostas imune
* Transporta lipideos para o sangue


Artérias: vermelho
veias: azul
vasos linfáticos: verde

Características:
Diferença dos vasos linfáticos e vasos sanguíneos:

- Os vasos sanguíneos usam um órgão (o coração) que bombeia e leva o sangue para os tecidos.
- Vasos linfáticos não possue órgão para isso. Usa os capilares. Onde tem capilares sanguíneos tem os capilares linfáticos.

Os capilares linfáticos são formados por células parecidas com as células endoteliais que oganizadas formam estruturas que lembram válvas que vão facilitar o direcionamento do líquido dentro desse vaso.

A pressão na veia é menor do que a pressão na artéria. Quando o sangue chega nos capilares sanguíneos um pouco do sangue sai do plasma e vai para o tecido. Isso ocorre por causa da pressão hidrostática alta e também porque as paredes dos capilares são finas. Uma parte desse líquido que saiu volta através dos capilares das veias porque a pressão hidrostática é baixa. É a drenagem. Mas como a veia não retira tudo ficaríamos com edema (inchados) por causa desse líquido nos tecidos. Então o sistema linfático vai através dos capilares linfáticos. Esse líquido que está no tecido entra nos capilares linfáticos = LINFA (líquido que circula nos capilares linfáticos). A LINFA é constituída de H2O, íons, proteínas, ácidos graxos e corresponde ao excesso de líquido que estava nos tecidos e que entrou no vaso linfático. Ou seja, surge do plasma.

Os capilares linfáticos formam a linfa e passam pelos linfodonos (o linfodono vai bloquear qualquer microorganismo que tiver na linfa) e depois esses vasos linfáticos vão se unindo e no final joga essa linfa que foi recolhida em todos os tecidos e na veia cava superior. Ou seja, continua circulando novamente os órgãos junto com o sangue até chegar na urina para ser eliminado.

Drenagem linfática: movimentos, massagens que estimulam o sistema linfático. Faz-se no sentido dos vasos para fluir em direção do coração. O líquido que está em excesso nos tecidos vão para o vaso e depois quando passa para a urina vai ser eliminado.

Lembramos que as veias também retiram o líquido dos tecidos.

Então, o sistema linfático:

* Via acessória pela qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue.
* Consiste de um líquido (LINFA) que flui pelos vasos linfáticos e linfonodos. Vasos linfáticos começam como capilares linfáticos, localizados entre as células de praticamente todo o corpo, que permitem que o líquido intersticial flua para o vaso linfático de forma unidirecional



FIBRAS MUSCULARES CARDÍACAS: Contração e Relaxamentoc do coração.

Um ou dois núcleos centrais. Fibras ramificadas e conectadas por discos intercalados que formam 2 redes ou sincícios funcionais, separados por cordões fibrosos. Essa disposição permite que o estímulo em uma fibra se propague para as outras da rede

Lembram as fibras musculares esqueléticas

A diferença é que tem menos retículo sarcoplasmático do que o esquelético que tem muito. Possuem as mesmas proteínas do esquelético (actina e miosina).

Para o músculo cardíaco contrair precisa do cálcio que vem do meio extracelular (já que possui pouco retículo sarcoplasmático = pouca capacidade de armazenar cálcio).

As células musculares cardíacas estão unidas por junções GAP = ficam grudadas. Funcionam como uma sinapse elétrica por estarem unidas contraem juntas quando recebem algum estímulo.

Todas as células dos átrios estão unidas. Contraem juntas. Todas as células dos ventrículos estão unidas / juntas.


Elas se separam de átrios para ventrículos. Essa organização faz com que o coração bombeie.


Sistema cardíaco de condução:

* Miócito cardíaco: células musculares cardíacas (mais de 90%). Precisam receber um estímulo para contrairem.

* Células cardíacas auto-excitáveis (auto rítmicas). É a minoria mas muito importantes (menos de 10%) das fibras musculares do coração. Elas não precisam ser excitáveis / estimuladas. Em repouso, o potencial de membrana já estão muito próximos do limiar. Não precisam de estímulo para abrir canais de sódio. Atuam como marcapasso e formam o sistema de condução.

1- Nodo sino atrial
2- Nodo atrioventricular (AV)
3- Feixe AV (feixe de His)
4- Fibras de Purkinge


O septo é formado por tecido fibroso.

Células cardíacas auto-excitáveis:

* Nodo sino atrial ou nó sinusal: fica na parte de cima do átrio direito (é a regiaõ mais excitável do coração). Despolariza 100x por minuto.
Quando o nodo sino atrial despolariza estimula as demais células cardíacas do átrio direito.
Despolariza 100 x por minuto = 100 contrações por minuto

* Nodo atrioventricular: transmite o estímulo produzido pelo nodo sino atrial que estava no átrio direito para o átrio esquerdo. Lembrando que quando ela despolariza o cálcio entra e contrai.
Despolariza 60 x por minuto

* Feixe AV (Feixe de His): transmite o estímulo do átrio para o ventrículo através das fibras musculares (fibras de Purkinge) que se espalham pelos ventrículos transmitindo os estímulos.
Despolariza 40 x por minuto

* Fibras de Purkinge

O nodo sino artrial é que comanda o rítmo do coração. É o marca passo fisiológico por ser mais excitável. Controla o rítmo dos batimentos cardíacos porque ele despolariza mais, primeiro e transmite para o restante do coração.

Quando coloca marca passo artificial é para substituir o nodo sinoatrial. É uma bateria colocada para controlar o rítmo dos batimentos cardíacos. Faltando o nodo sino atrial o funcionamento do coração fica prejudicado/comprometido.

Se for no AV o estímulo não será transmitido para os demais.



Controle da ritmicidade e condução pelo Sistema Nervoso:

* SNAS: se distribuem por todo o miocárdio. Aumentam a frequencia de descargas do nodo AS, a velocidade de condução e a força de contração atrial e ventricular - Noradrenalina

* SNAPS: nervos localizados principalmente no nodo AS e AV. O nervo vago libera ACh, reduzindo a frequencia e a velocidade de condução do impulso

Frequência Cardíaca:
Em repouso: mais ou menos 70x
Em atividade física: mais ou menos 100 x (pode chegar a 110)

Por que? Influência do Sistema Simpático (aumenta) e Parassimpático (diminui).

Apesar do nodo sinoatrial polariza sozinho ele sofre influencia do Simpático e Parassimpático.



Transplante de coração:

Numa viagem para ser transplantado, o coração é parado para polpar energia e fibras cardíacas. No máximo 4 horas para evitar lesão no coração. Quando o coração do receptor é tirado até colocar o outro faz uma circulação sanguínea artificial.

Uma máquina que faz a função do coração e dos pulmões no momento da cirurgia.

Quando coloca o coração novo ele volta a bater automaticamente quando o fluxo sanguineo volta a funcionar (o sino atrial é estimulado).

Se não funcionar faz uma massagem no próprio nodo sinoatrial.

Quando a pessoa faz um transplante cardíaco fica sem os nervos (desnervado) cortam/retiram os nervos simpáticos e parassimpáticos.

Em repouso ela terá frequência cardíaca maior que o nosso (100 x por minuto) porque não sofre a influência parassimpático.

No caso de uma pessoa transplantada, não tem os nervos mas tem receptores, então para fazer a frequência cardíaca aumentar a adrenalina (liberada pela glândula supra renal) se liga ao receptor beta 1. Então a pessoa pode fazer atividade física moderada porque numa pessoa normal os dois influenciam (adrenalina e noradrenalina).

Numa atividade física a frequência cardíaca tem que aumentar para levar mais sangue para os músculos.

Para o coração contrair:
1) Recebe o estímulo
2) Despolarização do nodo-sinoatrial
3) Despolariza as células cardíacas
4) Aumenta o Ca++ no músculo cardíaco
5) Contração muscular primeiro nos átrios porque é onde começa a despolarizar.

Átrio contrai --> ventrículo relaxa
Ventrículo contrai --> átrio relaxa

Contração --> sístole atrial e ventricular
Relaxamento --> diástole atrial e ventricular


Fisiologia da contração do músculo cardíaco:





* Impulso chega às fibras contráteis atingindo o limiar
* Despolarização:Aumenta a permeabilidade do sarcolema ao Na+
* Platô: Inativação dos canais rápidos de Na+, abertura de canais lentos de Ca++
* Repolarização: Abertura retardada de canais de K+ dependentes de voltagem e fechamento de canais de Ca+
* O aumento do Ca++ no citosol permite o deslizamento da actina sobre a miosina, gerando contração
* A contração ocorre um pouco após o PA
Registro das modificações elétricas que ocorrem no coração. Despolarização e repolarização (entrada e saída de íons).



ELETROCARDIOGRAMA

* Registro das variações elétricas que ocorrem no coração em resposta a um potencial de ação. Utiliza o eletrocardiógrafo, que amplifica a atividade elétrica do coração. 2 eletrodos são colocados sobre o corpo produzindo traçados diferentes, a partir das diversas combinações entre as derivações (conexões elétricas entre o aparelho e o corpo) dos membros e pré cordiais.

Coloca-se eletrodos na pele (tórax e membros). Os eletrodos captam as mudanças que ocorrem no coração e os fios levam para uma máquina para ser registrado. E depois sai no papel.

Normal:
Três ondas (três mudanças elétricas)



o P, Q, R, S e T significam apenas um batimento cardíaco.

A folha é quadriculada para facilitar a análise

As linhas na vertical são as variações de tempo e as linhas horizontais são as variações de voltagem (carga elétrica).

Representa as repolarizações e despolarizações do coração.

Onda P: é a primeira mudança elétrica no coração. Representando a despolarização dos átrios.
Onda Q, R e S: representam a despolarização dos ventrículos.
Onda T: representa a repolarização dos ventrículos.

No momento em que o átrio está repolarizando está ocorrendo a despolarização dos ventrículos. Depois da onda P (despolarização) aí vem a contração. Depois da onda Q, R e S contração.

ECG --> avalia a função elétrica do coração.



Frequência cardíaca: número de batimentos cardíacos por minuto.

O normal de FC em repouso é mais ou menos 75 bpm. Mas também é considerado normal de 60 - 100 bpm.

Menor que 60 bpm: braquicardia (são comuns em arritmias fisiológicas)

Maior que 100 bpm: taquicadia (também comuns em arritmias fisiológicas)

Arritmia são alterações nos rítmos cardíacos.



Interpretação Eletrocardiográfica


* Frequência das ondas e análise vetorial


Taquicardia e Braquicardia podem ou não estarem relacionadas com alguma doença, já na fibrilação, é mais grave.

São contrações isoladas do coração. Fica com contrações desordenadas.


Fibrilação (aritmia mais grave)

São regiões isoladas do coração que se tornam excitáveis de forma anormal (não é o nodo sinoatrial que controla o rítmo) e essas regiões contraem de forma desorganizada.


Fibrilação atrial --> atrio despolariza desorganizadamente não tendo a contração esperada.

Fibrilação ventricular --> não funciona corretamente para enviar o sangue

Fibrilação nas outras regiões que não são auto-excitáveis se tornam excitáveis anormal (outras células musculares do coração) ficam excitáveis.


- O que causa a fibrilação?

1) O uso de alguns tipos de drogas muito estimulantes para o coração (cocaína, crack e etc...). Quantidades maiores de cafeína em pessoas mais sensíveis também.

2) Também pode ter depois de isquemia no coração.

A fibrilação ventricular é a mais grave e tem que ser tratado rapidamente. É a mais grave porque o sangue do átrio desce para o ventrículo mesmo que esteja com fibrilação atrial. Já no ventrículo, se estiver fibrilando vão impedir a saída do sangue do coração para os tecidos.
A pessoa desmaia e tem que ter um atendimento rápido porque está faltando oxigênio para os tecidos (principalmente encéfalo).

O que fazer?
- Desfibrilador ou cardioversor: se for fibrilação --> choque elétrico

Todas as células musculares despolarizam juntas e espera-se que o nodo ventricular volte a controlar o rítmo do coração.

Na falta de um desfibrilador faz-se a massagem cardíaca para forçar a saída do sangue pelo ventrículo.



CICLO CARDÍACO

* Inclui os eventos associados a um batimento cardíaco.
* Em cada ciclo, os átrios e ventrículos se contraem e relaxam alternadamente, forçando o sangue pra onde há menor pressão (quando a câmara se contrai, sua pressão aumenta)
* No ciclo normal, os 2 átrios se contraem enquanto os 2 ventrículos relaxam.
SÍSTOLE = contração
DIÁSTOLE = relaxamento
No repouso, a frequência cardíaca é de aproximadamente 75 bat/min, então cada ciclo = 0,8 seg / cada batimento cardíaco.

Tudo que ocorre durante um batimento cardíaco:
- Átrios e ventrículos se contraem e relaxam alternamente alterando as pressões;
- Sangue flui da pressão aumentada
- A pressão do átrio aumenta: sangue sai para o ventrículo
- A pressão do ventrículo aumenta: sangue sai para as artérias.


Etapas do Ciclo Cardíaco

1 - Relaxamento isovolumétrico dos ventrículos

2 - Enchimento ventricular
* rápido
* diástase
* sístole atrial
* VDF (130ml)

3 - Sístole ventricular / contração ventricular
* contração isovolumétrica
* ejeção
* VSF (60 ml)
DS=VDF-VSF

1 - Relaxamento isovolumétrico dos ventrículos
Está relaxado. O volume de sangue no ventrículo permanece igual. Não está nem entrando e nem saindo. Neste momento, todas as valvas estão fechadas (tanto a do átrio como das artérias). E as valvas tricúspides e vitral abrem e então o sangue do átrio entra no ventrículo.

2 - Enchimento ventricular:
* Rápido: uma grande parte do sangue passa rapidamente para o ventrículo.
* Diastase ou lento: mais uma parte do sangue passa
* Sístole atrial: o restinho do sangue do átrio vai para o ventrículo enquanto os átrios contraem (30% do sangue é esse restinho)

As valvas se fecham e...

3 - Sístole ventricular
* Contração isovolumétrica: as válvas tricúspides e mitral estão fechadas. A pressão do ventrículo aumenta e então abrem as artérias pulmonar e aorta.
* Ejeção: o sangue sai em direção as artérias.


VDF - Volume Distólico Final: quando o ventrículo está cheio.
aproximadamente 130ml (quando ele está cheio)
É o volume de sangue que tem nos ventrículos no final do relaxamento (da diástole)

DS - Débito Sistólico.
aproximadamente 90ml
É o que sai para as artérias. O qus sai do coração quando o ventrículo está contraindo (sístole). Quando contrai, em cada batimento, sai 90ml.

VSF - Volume Sistólico Final: o que fica no ventrículo depois que ele contrai.
aproximadamente 40ml
O volume de sangue que fica no coração no final da sístole (depois que ele contrai).



BULHAS CARDÍACAS


O fato do coração contrair e dilatar movimenta o sangue que produz um som. Ascultação e o ato de ouvir sons produzidos no interior do corpo com a ajuda do esteloscópio.
São produzidos 4 bulbas, mas só duas são ouvidas ao esteloscópio.

- Primeira Bulba: mais alto e longa, e é produzido no momento que tem o fechamento das valvas AV (Tricúspides e Mitral). Ocorre após a sístole atrial.

- Segunda Bulba: mais baixo, abafado e é produzido pelo fechamento das valvas arteriais (aorta e pulmonar). Após a sístole ventricular.

- Terceira Bulba: turbulência do sangue na fase de enchimento rápido do V.

- Quarta Bulba: turbulência da contração atrial.

Esses sons são produzidos pelo fechamento das valvas.

As bulbas fornecem informações valiosas sobre o funcionamento do coração.

Quando ouve o som das bulbas da para perceber o funcionamento do coração (normal ou alterado).


As bulhas fornecem informações valiosas sobre o funcionamento do coração.


Um sopro é um som anormal, antes, durante ou depois das bulhas normais
Indicam distúrbios valvares

* sopro inocente: não associado a problema cardíaco significativo

*Anormalidades valvares:
- estenose (estreitamento por cicatriz ou congênito)
- insuficiência (fluxo retrógrado e regurgitação)
- Prolapso da Valva mitral (distúrbio hereditário, onde 1 ou 2 valvas protraem para o átrio durante a contração ventricular, não há risco grave)


SOPRO CARDÍACO

É um som anormal. Alteração nas valvas cardíacas. Existem 2 causas principais para o sopro.

Anormalidades Valvares:

1) Estenose (fechamento, obscrução da valva)
2) Insuficiência da valva

1) Estenose:
O espaço para o sangue passar fica reduzido e dessa maneira precisa fazer uma força extra e essa força extra é que produz o som anormal. A estenose é responsável por sopro de influxo.
Geralmente é um problema congênito ou por um processo de formação de uma cicatriz na valva. A febre reumática leva a essa cicatriz. Mesmo após o tratamento, o endocárdio fica mais sensível, por isso, quando essa pessoa vai passar por algum processo/procedimento que tenha sangramento tem que tomar antibiótico antes para evitar bactérias porque podem ter uma inflamação no endotélio (endocardite).

2) Insuficiência da valva:
Abre normalmente mas não fecha totalmente e por isso dá refluxo que produz um som anormal.
O sopro pode ou não ser sério/grave. Vai depender de como se encontra a valva. São graus de lesões nas valvas.

2.1) Prolapso da valva mitral é um tipo de insuficiência da valva. É mitral ou bicúspide: uma cúspide fecha totalmente e a outra não. É um tipo mais comum, muitas pessoas tem mas as vezes nem fica sabendo porque não traz problemas maiores. Geralmente é congênito. Menos sangue rico em O2 saem para os tecidos e por isso em uma atividade física ela se sente muito cansada.

Quando é grave faz cirurgia para trocar as valvas (próteses)


SOPRO INOCENTE

Não é grave. Geralmente ocorre com o bebê sendo apenas uma imaturidade do coração. A criança cresce e resolve. Em bebês prematuros ocorre o seguinte:
No septo interatrial fica com um buraco - comunicação entre os átrios. O septo não se fechou. Tem uma mistura entre o sangue venoso e arterial. Se o espaço for grande precisa de cirurgia.




DEBITO CARDÍACO

Débito Sistólico: volume de sangue ejetado pelos ventrículos a cada sístole.

Débito Cardíaco:
volume de sangue que sai do coração (ejetado pelos ventrículos) por minuto.

Verifica se o coração está conseguindo mandar O2 para os tecidos de acordo com nossas necessidades. Quanto maior - melhor.

75Kg --> mais ou menos 5l de sangue circulando. Esses 5l entram e saem do coração por minuto.

Cérebro: 13%
Coração 4% (miocárdio)
Músculos esqueléticos 20%
Pele 2%
Rins 20%
Órgãos abdominais 24%
Outros 10%

É muito importante manter o débito cardíaco para mandar sangue para os tecidos. Se tenho pouco débito cardíaco falta O2 para os tecidos = doenças cardíacas.

* O débito cardíaco se altera para atender às necessidades dos tecidos. O DC deve aumentar no exercício para aumentar O2 e nutrientes nos tecidos.


Regulação do Débito Sistólico

Assegura que os 2 ventrículos bombeiem volumes iguais de sangue

1) Pré-carga: é o estiramento das fibras musculares antes da contração.
Lei de Frank-Starling: Quanto mais o coração for cheio durante a diástole, maior será a força de contração na sístole.

* quantidade de sangue que entrou (pré-carga). Quanto mais o ventrículo se enche de sangue, maior a possibilidade do sangue sair. É o grau de relaxamento do ventrículo. VDF (Volume Diastólico Final). Quanto maior a pré-carga maior o DS

* VDF é determinado pela duração da diástole V e pela pressão venosa

* Equaliza o débito dos 2 ventrículos, mantendo o mesmo volume de sangue fluindo pelas circulações pulmonar e sistêmica

2) Contratilidade: a força de contração do músculo para uma determinada pré carga.
- Agentes inotrópicos +: aumentam a contratilidade
- Agentes inotrópicos -: reduzem a contratilidade

* contração (força de contração) do músculo cardíaco. O coração forte contrai com força aumentando a chance do sangue sair. Quanto maior a força de contração maior o DS


3) Pós- carga: A pressão que deve ser excedida para haver ejeção do sangue.
- A ejeção começa quando a pressão no ventrículo se torna mais elevada que no tronco pulmonar ou na aorta, abrindo as valvas arteriais.
- Para uma dada pré carga, o aumento da pós carga diminui o débito sistólico, com mais sangue permanecendo nos ventrículos após a sístole (hipertensão), volumes iguais de sangue

* pós-carga (muito importante). É a pressão que deve ser vencida durante a contração dos ventrículos para que ocorra ejeção do sangue. A pós-carga se relaciona com a pressão arterial. O ventrículo tem que contrair com muita força para fazer pressão para abrir as artérias. A pressão do ventrículo tem que ser maior do que da artéria.

Quanto menor a pós-carga maior é o DS

Pós-carga (pressão arterial) pequena facilita o DS: Se a pressão é alta, o coração faz força para sairv e ele aumenta de tamanho com o tempo porque o músculo vai contraindo.

Regulação da Frequencia Cardíaca:

Os ajustes da FC são importantes no controle da pressão arterial e débito cardíaco a curto prazo.

Se o miocárdio estiver lesado ou o volume sanguíneo estiver reduzido, o débito sistólico pode reduzir. Os mecanismos homeostáticos atuam para manter o débito cardíaco adequado, pelo aumento da frequencia cardíaca e da contratilidade
.


Fatores que influenciam para que o DC seja maior ou menor
DC = DS X FC

DC = vol/min
DS (débito sistólico) = vol/bat
FC (frequência cardíaca) = n. bat/min

São 4 fatores:
* Débito sistólico (DS)
* Frequencia cardíaca (FC)
* Resistência vascular (R)
* Pressão arterial (PA)


1) DC = DS x FC*
Situação de uma pessoa parada
DC = 70ml x 75bpm
DC = 5250ml

Em atividade física
DC = 70ml x 100bpm
DC = 7000ml
Os 5000ml que ele tem no corpo está passando mais vezes no coração por minuto.

* Neste caso, perceber as alterações em FC.

Se FC aumenta o DC também aumenta

Se FC diminui o DC também diminui

OBS: Se a FC está acima dos 140 não dá tempo dos ventrículos encherem de sangue diminuindo a quantidade de sangue que sai por batimento (DS) reduzindo o DC --> levando até mesmo a um ataque cardíaco. Ex: cocaína leva a parada cardíaca porque aumenta o nível de adrenalina podendo parar de sair sangue do coração ou não leva sangue para o coração.


2) DC = DS* x FC
Atleta:
5000 = 100 x 50

Sedentário:
5000 = 50 x 100

* Neste caso, perceber as alterações em DS
Um atleta em repouso tem a FC menor do que um sedentário.

Quanto maior o DS maior o DC

Um coração que tem um DS alto pode ter FC baixa pois o coração é forte e consegue liberar muito sangue em cada batimento.

O ideal é que o DS seja alto porque aí sai muito sangue e fica pouco no ventrículo.



3) Resistência Vascular
DC = PAM / R
Onde,
PAM = pressão arterial média
R = resistência vascular

Resistência Vascular: resistência do vaso
É a oposição/força que o vaso oferece para a passagem do sangue. É a dificuldade que o vaso oferece para a passagem do sangue.

O certo é ter pouca resistência.

O PAM e R são inversalmente proporcionais:

Se R aumenta, DC diminui

Se R diminui, DC aumenta


Fatores que influenciam na Resistência:
* Diâmetro ou raio (R) da luz do vaso

Quanto menor o raio maior a R (mais difícil para o sangue passar)

O que faz o vaso maior ou menor é a vasodilatação (aumenta o raio) e vaso constrição (diminui o raio). O calor dilata os vasos e o frio contrai os vasos.

* Viscosidade do sangue: número de hemácias (glóbulos vermelhos).
Quanto mais hemácias mais viscoso é o sangue
Hematócrito: número percentual de hemácias em relação aos componentes total do sangue ou seja, 40% dos constituintes do sangue são hemácias. Do homem é maior pois as mulheres perdem hemácias na menstruação.

Quanto maior a viscosidade (mais grosso) maior é a R

Quanto menor a viscosidade (mais ralo) menor é a R

AS - analgésico, antitérmico. Diminui a viscosidade do sangue.


A resistência controla a nossa pressão arterial


4) Pressão Sanguínea

É a pressão (força do coração) que o sangue exerce contra as paredes do vaso. Contrai e joga o sangue com força nos vasos. O sangue exerce pressão arterial sobre todos os vasos. A pressão arterial é maior nas artérias porque acabou de ser bombeado, ao contrário das veias que estão longe da origem da pressão. Ela (pressão arterial) que influencia o fluxo do sangue.

OBS: A pressão sanguínea depende também do volume total de sangue. No adulto, esse volume é de 5 l. Quando este volume é reduzido em mais de 10% do total, há redução da pressão sanguínea.

PA = 12:8 mmHg --> popular
120:80 mmHg --> certo

mmHg é a unidade que usamos para medir a pressão. É o tanto que a coluna de Hg (mercúrio) anda em mm. Onde,

120 = pressão arterial sistólica (PAS)
É a maior pressão que o sangue exerce contra as artérias, na sístole ventricular (contração ventricular)
80 = pressão arterial diástole (PAD)
É o menor valor de pressão arterial que o sangue exerce nas artérias, na diástole ventricular (relaxamento ventricular)

A pressão que o sangue faz nas artérias é feito em pulsos.



PAM - Pressão Arterial Média

Entre o momento máximo (contração) e mínimo (relaxamento).

Nas grandes artérias a pressão arterial é maior: aorta, artérias e arteríolas
Já nos capilares, Vênulos, Veias e Veias cavas a pressão arterial é menor.

PAM = PA diástole + 1/3 (PA sistole - PA diástole)

Primeiro tem que ver qual é a PA - pressão arterial sístole e diástole
Normal --> 120:80

PAM = PAD + (PAS - PAD)/3
PAM = 80 + (120 - 80)/3
PAM = 80 + 13
PAM = 93 mmHg


A média de pressão arterial que o sangue faz nas artérias é 93 mmHg.

A contração é rápida e o relaxamento é lento. Passa 2/3 do tempo relaxando. Assim a influência do PAD é maior e é por isso que é considerada duas vezes na fórmula.

Então:
DC = PAM/RESISTENCIA

* se o DC aumentar, pelo aumento do DS ou da FC, e a resistência permanecer a mesma, a PAM aumenta
* se o DC diminuir, pela redução do DS ou da FC, e a resistência permanecer a mesma, a PAM diminui

Desejável
PA até 120:80 mmHg
De 120:80 a 140:90 tem risco de desenvolver hipertensão.
PA acima de 140:90 tem hipertensão tipo 1 (leve).

PA baixa --> resistência pequena, vasos dilatados. O sangue não vai ter força para circular, não chega nos tecidos. Desmaio (falta O2 para o cérebro).
Diminuição da perfusão tecidual pode levar a uma necrose das células no tecido.
Para o organismo a queda brusca é muito séria porque pode levar a morte.

PA alta --> coração fica sobrecarregado. Tem que trabalhar muito. Leva o infarto porque ele pode não conseguir bombear o sangue. A parede do vaso pode ficar lesado:

Aneurismas: dilatação do vaso, fica mais fraco e pode romper o vaso.
AVE hemorrágico --> se ocorre no cérebro. Sangue sai (hemorragia).

Doença crônica --> leva anos.

Na PA baixa --> pode matar em minutos. Fisiologicamente o organismo consegue aumentar a pressão arterial mas não consegue diminuir a pressão arterial.

DC aumenta = PAM aumenta --> ingestão de muito sal

DC diminui = PAM diminui --> perda de sangue, desidratação

R diminui = PAM diminui

R aumenta = PAM aumenta --> tem que fazer força

Quanto maior a R maior é a PAM

Quanto menor a R menor é a PAM


Quando está quente: o calor dilata o vaso, diminui a R e diminui a pressão arterial --> pode faltar O2.

No extress --> ativa o simpático --> contrai os vasos periféricos --> aumenta resistência --> aumenta a pressão arterial.



CONTROLE DA PA

Vários sistemas controlam a PA, ajustando a FC, DS, resistência vascular, volume sanguíneo, permitindo ajustes a curto e longo prazo


Mecanismos fisiológicos:

1) Mecanismos Neural (nervoso) de controle de pressão arterial.
2) Mecanismos Hormonal de controle da pressão arterial.


Influenciam nos fatores do PA


1) Mecanismo Neural

- Centro Nervoso de Controle Cardiovascular (no bulbo).
O bulbo recebe estímulos que vem do vaso sanguíneo e comanda respostas para o vaso.
Existem receptores (baroreceptor) na parede desses vasos.
Baroreceptor: receptor do SN que capta mudanças de pressão arterial.

Quando ele percebe aumento da pressão arterial neurônios sensoriais mandam essa informação para o CCC (para o bulbo). O bulbo então estimula o sistema nervoso parassimpático. Libera ACh --> liga-se no muscarínico --> diminui a frequencia e a força --> diminui o DC --> diminui a pressão arterial.

Quando ele percebe diminuição da pressão arterial libera adrenalina --> simpático --> aumenta a frequência cardíaca --> aumenta o DC --> aumenta a pressão arterial.

Também vai provocar vasoconstrição nos vasos periféricos aumentando a R aumentando a pressão arterial.

DC = PAM/R

DC aumenta PAM aumenta

Resistência aumenta PAM aumenta

Resistência diminui PAM diminui


Uma pessoa em choque:
PA diminui FC aumenta porque o sistema simpático está agindo.


2) Mecanismos Hormonais

2.1 - Sistema Renina
Redução do volume sanguíneo estimula as células justaglomerulares do rim a liberar renina - angiotensina I- angiotensina II, que eleva a PA de 2 formas:
- Vasoconstritor, aumenta a resistência vascular
- Estimula liberação de aldosterona que aumenta a reabsorção de sódio e água nos rins - aumenta o volume sanguíneo e PA

PA diminui, estimula células justaglomerulares dos rins a liberarem na corrente sanguínea renina. A presença de renina no sangue vai fazer ocorrer uma reação. No sangue existe uma proteína plasmática (angiotensinogênio) que está inativa. Quando tem renina ela se transforma em (angiotensina I) ativa, causa vasoconstrição, começa a aumentar a PA. Mas a angiotensina I rapidamente morre e então se transforma em angiotensina II através da enzima ECA (enzima conversora de angiotensina). ECA está presente no sangue (capilares dos pulmões).
A angiotensina II é mais importante porque tem capacidade 100x a mais de causar vasoconstrição (vasoconstrição potente) e então, aumenta muito a PA.
A angiotensina II vai também estimular a glândula supra renal liberar o hormônio aldosterona no sangue. A aldosterona atua nos rins aumentando a retenção de sódio e consequentemente de H2O no sangue. Eliminando na urina pouco sódio e pouca água, tendo como consequencia o aumento da PA.

2.2 - Adrenalina e Noradrenalina: liberados pela medula adrenal.
Ativa nos rins.


2.3 - ADH: vasoconstrição (Vasopressina) - Hormônio antidiurético
O ADH é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neura-hipófise, em resposta à desidratação ou ao volume sanguíneo diminuído. Entre outras ações, o ADH causa vasoconstrição, que aumenta a pressão sanguínea. Por isso o ADH é chamado também de vasopressina.
Toda vez que tem ADH no sangue vai aumentar nos rins a retenção de água no sangue. Diminui a quantidade de água na urina. Diminui a diurese. Aumentando então a PA porque o volume de sangue aumenta (tem mais água). Se o volume de sangue aumenta, a PA também aumenta.
ADH também se chama vasopressina. Ou seja, atua também nos vasos causando vasoconstrição aumentando a PA.
Os vasos mais importantes para controle da PA são os periféricos. Tem mais receptores para essas substâncias.
Quando a pressão diminui tudo ocorre ao mesmo tempo:
- vasoconstrição, libera ADH, libera adrenalina.

O ADH é produzido no Hipotálamo mas é armazenado na glândula hipófise.


2.4 - Peptídeo natriurético atrial (ANP): liberado por células nos átrios cardíacos quando estirados, reduz a pressão por causar vasodilatação e perda de água e sal na urina, o que reduz o volume sanguíneo.



OBS: Quando o volume sanguíneo cai ou o fluxo sanguíneo dos rins diminui, a pressão abaixa. Reabsorção de água aumentada, volume sanguíneo aumentado, eleva a pressão arterial.



DROGAS PARA TRATAR HIPERTENSÃO

1) Diuréticos: agem nos rins diminuindo a retenção de H2O e Na+ no sangue causando um aumento da eliminação na urina, diminuindo o volume sanguíneo e consequentemente diminuindo a PA. Se ingere sódio, ele fica no sangue aí acumula H2O no sangue, aumenta a PA.

2) Beta bloqueador: bloqueia o receptor beta1 do coração causando uma diminuição da FC, da força, diminui o DC, e diminui a PA. Ex: propranolol, atenalol.

3) Antagonistas de canais de cálcio: bloqueia os canais de cálcio diminuindo a entrada de cálcio no coração. Diminui a força do coração, diminui o DC e a PA. E nos vasos diminui a vasoconstrição, diminui a resistência e diminui a PA. Ex: nifedipina, verapamil.

4) Inibidores da ECA: inibe a ECA, inibe a angiotensina II e a aldosterona impedindo a vasoconstrição e retenção de urina. Ex: captopril, enalapril.

5) Vasodilatadores
São colocados debaixo da lingua. Não é usado para tratamento, não pode tomar todos os dias. É utilizado apenas para emergência. Estimulam a liberação de NO (óxido nítrico) substância mais potente de vasodilatação.
Diminui a resistência, diminui a PA
É colocado debaixo da língua porque dissolve muito rápido e também porque debaixo da lingua tem muitos vasos sanguíneos.
É usado em picos de PA e quando a pessoa está tendo angina (dor que está relacionado com a isquemia do miocardio - músculo cardíaco - antes do infarto).


PA BAIXA:
Sistema Renina...
Adrenalina e Noradrenalina
ADH


PA ALTA:

ANP


CHOQUE

Incapacidade do sistema circulatório levar O2 e nutrientes suficientes para suprir as demandas metabólicas. As causas se relacionam à perfusão inadequada para os tecidos.

TIPOS:
1- Choque hipovolêmico: redução do volume de sangue; pode ocorrer em hemorragias.
2- Choque cardiogênico: funcionamento inadequado do coração; parada cardíaca, infarto grave.
3- Choque vascular: pela vasodilatação inadequada; alguma vasodilatação exagerada.
4- Choque obstrutivo: bloqueio do fluxo de sangue; bloqueia a chegada de sangue nos tecidos

Ocorre por causa da diminuição da perfuração tecidual

Quando tem qualquer um desses choques, a PA diminui. Quando está em choque o organismo faz os mecanismos que vimos para PA baixa.
Coração acelerado --> porque induz taquicardia (reflexo).
Pele pálida e úmida --> o sistema nervoso simpático aumenta as glândulas sudoríparas.
O pulso é fraco mas é mais rápido
A FC é fraco mas é mais rápido

O organismo contém o líquido.
Todos os mecanismos do organismo ocorrem neste caso por causa da PA baixa.



Referências Bibliográficas:


CONTEÚDO DA PROFESSORA DANIELA dado na aula de Nutrição - 3 período - UNA em 2010. Sobre Fisiologia.

TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. 718p.